domingo, 6 de dezembro de 2009

Me rasga com o fio das suas palavras, me mastiga macilenta, saborosa e pré-cozida, na boca suja da sua indiferênça, me engole ligeira, me digere lentamente no quente, aconchegante do seu estômago e me elimina fácil, pelo seu modo afável de desprezar.
E assim, prossiga me consumindo outra e outra vez, fazendo de mim, a salvação da sua fome de vida.

Um ano, onze meses e vinte seis dias.

Foi esse o tempo que durou. Levando em consideração que as coisas na minha vida são deveras efêmeras, eu não deveria me espantar com esse termino, já que esse tempo não me parece tão pouco assim.
Acendo um incenso com fragância de Lírio, para me trazer paz, tranquilidade, felicidade. Lírios são as flores preferidas dela. Enquanto esse cheiro adentra as minhas narinas e é absorvido pela minha pele porosa, eu consigo lembrar de mais e mais cenas, dentro delas, muito choro, mas, muito mais alegria, risos. Num piscar de olhos mais prolongado, me pergunto: - será que eu fiz algo errado? Milhares de respostas me vem de imediato e, em nenhuma delas me encontro, nenhuma delas me responde. Durante toda a nossa extensão de dias , semenas, meses e anos, natural mesmo é pessoas se encontrarem e como num passe de mágica, se perderem, mas.. há aquelas que, nunca mais se perdem, independente do tempo que passaram junto a nós e, você é uma dessas. Embora não aja mais conversas, risos, lácrimas talvez, há ainda muitas lembranças, muita presença aqui dentro, muita preocupação, um importar único. Lamento a importância absurda que eu dei, os "não se vá" que eu falei, as desculpas que desculpei, só para ter perto, para que no fim eu não fosse simplesmente esquecida, mais uma que passou pela sua vida. Me irrito com o fato de me ver tão irritada por perceber que, se não fosse por mim, não seria possível nem um ano e alguns meses. Me chateio visualizando o tanto que fiz questão, que briguei, numa tentativa inútil e desesperada, de te fazer enxergar certas coisas e de ter a sua atenção, mesmo que por meios maus e, finalmente me lamento e me entristeço, por constatar que tudo o que sinto e penso hoje, não são frutos da minha imaginação pouco fértil ou de um pré-julgamento, uma conclusão precipitada,mas sim verdades e fatos tão explicitos desde o segundo momento. O ruim não é ter sido simplesmente "deixada de lado" , mas sim, enxergar o quão insistente e doadora eu fui, perceber que foi tudo em vão e no fim, repetir internamente, sem medo "eu faria tudo outra vez." Em momentos de revolta, eu choro, me irrito, ou simplesmente não esboço sentimento, pensamento, indignação ou lamento algum. Me contento, porque hoje, eu já não mais me irrito e choro, eu simplesmente escrevo.

sábado, 5 de dezembro de 2009

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...e me vem esse gosto amargo, dessa coisa densa que, aos poucos vai descendo pela garganta e embrulhando o estômago. Fico horas sentada tentado digerir aquilo que vai me corroendo por dentro. E como se não bastasse o defectivo do meu ser, ainda tenho que ser complemento do outro.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

'eu finjo ter paciência.'

A tristeza me abraçou, beijou demorado, me tomou para ela, me usou, fez de mim o que bem quis. Agora ela está aqui, junto a mim, dentro de mim e, como deve ser, somos, eu e ela, uma só carne, num só corpo.

Sugarland de novo.

No play, Sugarland começa a tocar. Tomo um gole de água que é para descer todas aquela dor e palavras que não foram ditas, expostas. O meu coração bate mais forte a cada lembrança que me da boas vindas. Olho ao meu redor, observo se somente as formigas do meu quarto me observam e ao constatar, me deito na cama, olhando agora para as aranhas pequeninas do teto. Minha cabeça gira, na orbita louca que me possui, meus pensamentos sem controle nem definições. Num piscar de olhos mais longo, tento fazer com que a dor de cabeça melhore. Olho para o telefone que está do lado, na cama. Não, ninguém me ligou. Volto a posição anterior, a cabeça dói fortemente. Decido então dormir. Por favor, alguém me dê um sonífero poderoso. Numa súplica muda eu me ajoelhei aos pés do sono, desejando que ele me desejasse muito naquele momento. Num pensamento claro, a menina me apareceu, e eu que ja não governava os mesmos, me vi rente, ao desejo de estar longe de tudo, de todos. Exceto dela. Sái em busca.

'Saiba que você vai evidentemente passar por algumas rejeições,'

Meus olhos condenam o meu estado de espírito, por mais que eu queira mentir sobre ele.
Olhando pro nada, numa tentativa louca de não derramar água pelos olhos, eu ia dizendo o que vinha a cabeça.
Não pensando muito em nada, em dado momento pude perceber que era a hora de parar, de me calar, de fechar os olhos e sair dalí. Continuei sentada, dessa vez, calada.
É uma dor que não se pode dimensionar, consome, corrói de tal modo que eu não consigo respirar. Enquanto sentada na cadeira branca, ela me falava coisas que pensava a meu respeito e a respeito dela própria, engraçado, aquilo que ela proferia sobre mim, não me atingia, mas quando ela começou a falar da culpa que senti, da dor que tem, de imediato respirei fundo e num suspiro mais longo, as águas brotaram. Peculiar, perceber como me dói quando se trata dela, quando se trata do outro, do sentimento do outro, da dor do outro. Então, num golpe de coragem em meio a engasgos, eu disse como é ruim sentir como me sinto e observar como o outro sente, sem poder fazer nada, como é díficil saber que sou o maior causador da dor dela. Quando eu ja não conseguia por para fora, sequer uma palavra, eu engasguei no meu lexo e me levantei daquela cadeira. Ela me observou chorando e foi quando não pude mais respirar, começava alí, a perca de todos os meus sentidos. Perdi a noção do tempo, assim como a noção de para onde ia e, ou queria ir. Cheguei no banheiro mais próximo sem saber como, o chão ja inexistia na construção da casa grande. Sentei-me ao chão e podia ouvir ela pedindo para que eu abrisse, enquanto do lado de fora, chorando também. Engoli meu choro, como sempre fiz, quando criança. Limpei a água que invadíra a minha face. Abri a porta. Ela começou a falar de sua culpa e seu sentimento de infelicidade, por crêr que ela é quem é, foi culpada tudo, um tudo existente somenta na cabeça dela, naquele momento, o bem estar dela era o único tudo que eu tinha em mente. Eu a abracei. - shiiiiu, acalme-se, está tudo bem, você não tem culpa de nada, entendeu, nada. Só quero ve-la bem, feliz e por não ver isso, algumas vezes, eu sofro. Mas vou te ajudar, ficará bem, ficaremos. Eu estou bem.
Ela falava e falava, primeiro o soluço falava por ela, depois ela foi se acalmando. Naquele momento eu não conseguia mais chorar e nem sentir nada, era o bem estar dela, a calma dela que me importava dalí em diante, e foi se acalmando aos poucos, entre lamentações e confisões de culpa, que eu rebatia com veemencia. No fim? Bom, eu limpei o rosto dela e ela acariciou o meu. - Como se sente? penguntei com a face languida.
- Bem. ela disse com um olhar vermelho. - Você só se preocupa com os outros, não é.
- Nem sempre.
Saiu.
Minha alma dói nesse momento e até ousei derramar água, pela funte negra que são meus olhos, depois que ela se foi. Mas, logo a fonte secou. A dor é permanente e a culpa também, e, embora a fonte tenha secado, eu ainda sinto, água escorrer por dentro de mim, como se os gritos abafados, que não dei, o silêncio, que silênciei sem querer, os cortes que me foram feitos e não sangraram, tivessem resolvido, de uma hora para outra, se transformar em água jorando de alguma parte da minha alma. do meu corpo, por dentro dói, lá dentro a fonte está como nova, mas, por fora, só resta um rosto seco e lívido.
Eu amo você.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sentada no lado de dentro da minha bolha, eu pude ver todos os males la fora. Vítimas e agressores. O destino, acaso, coincidência? me pergunto.
E as lácrimas vão escorrendo pelo meu rosto cansado, esse que você tanto ama e diz ter uma beleza tão angelical, por conta dessa minha pele branca e bem cuidada, esquecendo-se de que a portadora é velha e cansada. E ser um espectador das dores alheias me dói mais que a minha própria dor já existente.

'Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.' cfa.
...Vem como um furacão, me toma, me invade. Agora. Faz de mim uma hospedeira do seu ser.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

To sentindo tanto a sua falta, hoje.
(captou?)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Eu só gostaria de pedir perdão e, dizer que, a culpa não é sua.

sorry for the mess

E foi assim que começou, mais uma vez. Enquanto sentado na cadeira apoiando seu braços na mesa, de fronte para mim. Tragava mais uma vez, e soltava pela boca, a fumaça que dominava o recinto, enquanto proferia as palavras que me encontravam de frente, ecoando em meus ouvidos, latejando dentro da minha cabeça. Como numa conversa normal, de um pai preocupado com a saúde da filha, começou a falar sobre alimentação e, logo na terceira frase, eu ouvi o primeiro "idiota" não diretamente, mas, aquela coisa de "isso é coisa de gente idiota". Percebi no ato, que a "conversa" seria longa. Não parava de falar, ia me atorpelando, me massacrando sem um pingo de dó, com ar de superioridade, enquanto olhava atravéz do vidro da mesa. A vontade de ir embora dalí era tão latente e grande que, eu mal conseguia me mexer. Evitando olha-lo e as pontadas de suas palavras dentro da minha cabeça, comecei a enrolar o elastico nos meus dedos, com uma força já conhecida, a medida que meus dedos iam ficando roxos, gelados e doídos, eu podia sentir, ainda, com um pesar, que as palavras não haviam sessado e que era só o começo. Eu que logo de início, encarei com um certo "q" de esperanças, entendendo que o que ele estava falando, era para o meu bem, fui logo percebendo o tom de crítica em sua voz. Os dedos roxos, mas, não conseguia me concentrar naquela cor que me trazia dor. Minha vondade de correr ia aumentando a medida que o tom de voz dele ia se elevando. E num gesto covarde e silencioso, permaneci, tentando pensar sobre o que ele estava falando, sobre o que eu gostaria de falar, mas, nada, em nenhum momento me pareceu o suficiente para faze-lo parar ou refletir. Mesmo com a minha ostensiva negação, eu não pude ignorar os fatos: não era preocupação comigo, era crítica, era preocupação com ele e com a sua imagem. Comecei a gritar por dentro, enquando da minha boca saiam grunhidos que indicavam minha falta de lexo e argumentos tão presentes e tão escassos, ao mesmo tempo.
Entre críticas, palavras depressiativas e golpes invisíveis, eu soltei a resposta impensada: - Quem usa drogas faz mal para si e para os que estão ao seu redor, mas esse não é condenável para você, e se a grande maioria fala que é errado, eles estão errados. já um homossexual é abominação e fraco da cabeça, só porque gosta de uma pessoa do mesmo sexo e se a grande maioria critícia, a grande maioria é certa, porque é aberração, vai contra o curso natural da vida.
Foi então que ele explodiu, levantou da mesa e num tom mais alto, me falou sobre o meu "não sofrer" depressiação e ser vítima de piadinhas, por ter um menbro da família usuário de droga, mas que, ele, por ter um filho como eu, é apontado e motivo de chacota pela grande maioria normal, da siciedade. Falou sobre a minha capacidade de apontar e dizer que ele não era digno de falar nada, só porque é dependente.
- não, eu não disse que você não é digno. Eu só indaguei o porque de um ser abomiação para grande maioria e estes estão certos por pensarem assim e o outro ser algo normal, mas, condenado pela grande massa e esses estão errados, por pensarem assim.
- Isso que você falou não tem nada ver, eu não faço mal a ninguém, não interfiro na vida de ninguém e, se faço, é para a minha família, e mesmo assim não faço, vocês não estão raquiticos e sequelados. Você faz mal para sua familia e quer esfregar na cara de todos, obrigar que aceitem.
- Tem que procurar viver uma vida normal, condizente com a sociedade, se não, vai viver uma vida de sequelado, se intupir de remédios e morrer cedo. Vai ser que nem cássia eller, que morreu com trinta e poucos anos.
- Cássia Eller não morreu porque era lesbica, morreu porque era dependente química.
Ele desceu as escadas. Assim que falei o arrependimento me invadiu. O medo de chatea-lo, magoa-lo, a vontade de pedir desculpas por ter citado as drogas, a dor por ter usado exemplos, por ter causado uma chateação. Não, eu nada fiz, nada mais falei. Então me recolhi na minha covardia tão assistida e vivida e entrei para o quarto. Foi quando ouvi a porta do quarto ao lado, bater. Minha cabeça girou e eu me vi no meio de uma guerra, meus pensamentos em combate, minha vontade de fguir dalí, gritando dentro de mim e eu nada fiz. Tomei uma posição covarde, mais uma vez, aquela mesma, que tanto criticava na minha mãe. Sentei-me na ponta daquela cama e, de imediato a dor de todos os golpes recebidos, mais ainda dos que dei, me invadiu de uma forma única. Derramei lácrimas sem conseguir parar e, ao sessá-las, pensei: Foi só mais uma vez.
Se rasgar-me feito um porco no abate te faz feliz, então, que eu veja no seu rosto, o sorriso do gozo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

memórias


Num dia cinzento de frio, vou caminhar até o boteco mais próximo, sentar naquele banco alto frente ao balcão, pedir uma xícara de café requentado e ler o jornal. Em seguida eu percebo olhos me olhando e, por cima do jornal, dou um espiada, não é ninguém, então vou me recordar que, ultimamente eu tenho visto coisas que não são, ouvido aquilo que cala. E, num longo e demorado piscar de olhos, vou abaixar a cabeça para tentar raciocinar com clareza. Passado um tempo, me levanto dalí, pago o centavo pelo café e caminho de volta para casa. Dentro de mim, aquela sensação de que eu tentei, que eu fiz algo diferente e por onde encontrar na esquina, um sentido para o meu existir. Ainda que esse algo diferente seja a mesma coisa, durante meses e meses. Na solidão do meu apto vazio, vou encontrar com o cheiro de mofo, de coisa velha, sentar na poltrona da sala e tentar ler um capítulo daquele livro tantas vezes aberto, nunca terminado, enquanto fumo um cigarro, sujando o cinzeiro limpo, que acabara de limpar, pouco antes de sair para "ver gente" as 6 da manhã, numa manhã de inverno, no boteco mais próximo.
E essa dor, essa angustia que perdura, sempre nas madrugadas, aparecendo com uma intensidade maior e eu..
eu? Bom, eu só sinto. E mais uma vez a dor me consome, o sentimento de solidão, a sensação de estar surtando no meio dos loucos. Não aguento mais, não tenho mais forças. Esses barulhos que não sessão, escuto por todos os lados, essas falta-de-não-sei-o-que, que não somem e não são definidas. O tempo ta passando, eu estou ficando, ficando, ficando, essa vontade de nada.

Lind não sabe mais o que fazer, os calmantes e os antidepressivos ja não fazem mais efeito. Lind está tão perdida no meio de tudo o todos.
Nesse momento, sentir é o que lind mais odeia, odeia ser sensível e se deixar afetar por tudo, até pelo fato de que aquela babaca faz distinção, porém, nem percebe, tamanha a falta de noção dela. Ah, e mais uma vez ela se encontra sentada naquela cadeira branca, ouvindo música e pensando em sumir, desaparecer de tudo e de todos. Merda! merda! lind exclama no seu intimo, gritando o suficiente para um estádio inteiro lotado, a ouvir. "Tem sido tão difícil" pensa ela, em meio as lácrimas que brotaram sem ela perceber.

...


- droga, to me sentindo mal, irritada, com vontade de chorar, ja estou chorando. Que saco !
- Se quiser falar, estou aqui para ouvir.
- que droga =[
- Então ta bom, eu vou dormir.
Boa noite, amo vc.

- não...

(ela se foi)

- não me deixe aqui sozinha, por favor.
(Não deu tempo, ela já havia ido.)


Estou perdendo os poucos e bom, pouquíssimos e sei, sinto que, a culpa é única e excluisavamente minha.

sábado, 7 de novembro de 2009


Enquanto sentada naquele banco de pedra, lind observava os pingos de ouro chorarem as folhas que acabaram de perder, na poda fresca.
Um turbilhão de pensamentos soltos, correndo por sua cabeça. -Droga, que droga, porque isso não sai?
Lind pode respirar o ar que fresco e sentir o sol das 8, queimarem lentamente sua pele branca, enquanto observava as formigas tão incansáveis.
Com riqueza de detalhes, lind observou cada milimetro daquele espaço que a envolvia, e ela só conseguia pedir em meio a tantos pensamentos, que aquilo passasse, que aquela vontade de não mais existir a deixasse, para que enfim, ela pudesse retornar para dentro de casa e encarar seus pais, falando alto na sala de jantar. O sol queimava a pele de lind, coisa essa que a incomoda muito, sua cabeça doia agudo e os olhos ardiam com toda aquela claridade, mas, de tudo, de todos aqueles detalhes, ela só conseguia pensar em como parar tudo aquilo, em como fugir dalí, de si mesma. Lind sabe que não pode fugir de si mesma, se lamenta por isso, essa garota patética. Lind enfim entrou, foi de encontro com o espelho, mesmo não gostando, ela tem que encara-lo, muito mais do que sua cabeça consegue calcular e suportar, então ela observou aquela face lânguida que apresentava o espelho. Então lind pensou: Vou tomar um banho, vestir uma roupa e ficar apresentável.
Lind sabe que a mãe dela se estristece de ve-la daquele jeito deplorável e, como uma boa menina, ela foi pro banho...

É tão difícil, as vezes.


Troco a música da play list, enquanto ela falava sobre ser feliz e como as pessoas são preconceituosas.
Creio que ela tentou mais uma vez, arrancar de mim uma confissão, tentou me deixar o recado "se essa for sua opção, assuma e seja feliz"
enquanto dizia que só se importava com a minha felicidade e que ela aceitaria e passaria por cima de tudo, desde que eu fosse capaz de sorrir, eu segurei as lácrimas e engoli qualquer palavra que pudesse passar de um "aham, concordo"
Começa a tocar "samson" e eu senti um rio que brotava dentro de mim vir a tona, querendo sair pelos meus olhos já cansados depois de uma noite toda sem dormir. Então ela falou e eu no meu imaginário só conseguia pensar no ponto em que ela realmente queria chegar, o que estaria ela tentando me passar, me dizer indiretamente. Eu sei que falar diretamente não é o forte dela, ela não consegue, talvez por medo, talvez porque indiretamente, rodeando a borda das palavras, doa menos.
De imadiato senti uma faca cruzar a linha da minha epiderme, derme ,chegando enfim, na carne crua e me rasgando por dentro, me sangrando. Senti um frio repentino e uma vontade de fugir. Senti vergonha de mim, senti nojo por tudo que já a fiz passar e mais uma vez, sem conseguir evitar a fazer passar de novo. Gostaria de dizer a ela que a minha "infelicidade" não é causada por conta de uma sexualidade não assumida diretamente, ou só por isso. Queria ter coragem e espaço pra dizer que, é mais, muito mais, vai além. Expor que me dói e só dói e vezenquando, no auge dessa dor eu a deixo transbordar e agrido, agrido por não saber lidar com a minha dor e por não saber dizer que simplesmente está doento e que não consigo falar, só sentir. Agredi quando um dos poucos e bons que ainda se fazem presentes aqui, veio me perguntar o que havia. A pergunta que entrou pelos meus ouvidos fazendo minha cabeça doer. E eu nem sequer consegui ser sincera com ela, pelo contrario, fui rude, como de costume.
Gostaria de dizer pra ela tudo o que está aqui a mais ou menos vinte anos e que eu nunca, jamais tive coragem nem de ter vontade de dizer. Me vi muda, como é sempre de costume. Não consegui, mais uma vez, eu não consegui, não foi dessa vez e não espero a próxima.
Ouvi os passos da minha vó, vindo de encontro aos meus, e senti o abraço dela, assim, quase que tão repentino e inesperado que mais um pouco, eu teria me assustado. Então aquela face alva me olhou serena, e num sorriso doce, disse que me amava e queria o meu melhor, falou de amor, e disse que sem um amor, a gente não consegue ser feliz. Pediu que eu vivesse mais e que sorrisse. Pediu perdão por ter me batido quando era pequena, e por eu ter sido a única, pra quem ela levantou a mão.
Aaaah, como pode ser tão doce, essa senhora? Mal sabe ela que eu me lembrava sim, dos tapas que levei, mas agradecida. Mal sabe ela que, não é falta de amor que me faz ser/parecer "triste" mas é falta de algo que não sei, é excesso de muito que não gostaria, é esse vazio que não sai, essa eterna busca por um lembrete e não encontrar nada, tirar o telefone do gancho pra ver se ele não está desligado. Esse estar só, que não muda, nem no meio dos poucos e bons, que me rodeiam. Mas, se não fosse esses poucos e bons, eu não teria momentos de esquecimento, esquecer de pensar naquilo que inesiste para muitos, mas que é realidade pura aqui dentro.
E termina a música, eu termino o meu escrito. Mas o peso, a dor, o vazio, a solidão? Esses não me deixam, são os meus mais fiéis e presentes companheiros. Que assim seja.
Porque você passa anos conhecendo e tentando entender o outro, estando para o para outro e tentando ajuda-lo. Quando percebe, se esquecera de você mesmo, não se conhece e nem ao menos consegue se entender. Ajudar a si próprio? Como, se nem ao menos sabe se olhar?
E é ai que você percebe que algo não está certo, não está.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Eu hoje to no lado de cá.

Então, para disfarçar a minha dor, eu falo de amor, enquanto bebo essa água e dou um trago no cigarro barato. Falo sobre aquilo que não conheço, riu daquilo que não tem graça e, na deplorável condição de ser vivente, vou existindo. Nessa existência insistente, vou conhecendo um pouco daquilo e daquile outro, lentamente andam as horas e, quando uma lembrança boa me vem a mente, sorriu de imediato. -Eu sorri hoje, você percebeu?
Sorri quando o vento entrou pela janela e encontrou o meu rosto. - Não, você não percebeu. E como poderia? anos e anos aqui sozinha, como iria alguém, do outro lado, perceber um sorriso meu.

-Romantismo? Deves mesmo estar ébrio..


Darte-ei um beijo de boas vindas...
Sentirei-me mais leve,confortável a medida que o tempo passar e a música no nosso ambiente começar. Vou sorrindo com os olhos, na máxima expressão que sou capaz, e então, num abraço, eu vou te encontrar. Quando nada mais tiver importancia, eu vou congelar o momento, e o teu cheiro eu vou eternizar. Ao acordar e reconhecer o seu cheiro em algum ponto de mim, de cá, de lá, eu vou reviver o nosso encontro e vou sorrir serena, então eu vou olhar de lado e lá você vai estar. Fuuuu, um sopro de vida em nós, nessa manhã tão clara.

É só confusão.


As mesmas duas músicas a mais de 36 horas, das quais 5 lind dormiu e, nas outras restantes, pensou, pensou, pensou.
Uma angustia tomou conta de mim nessa manhã cinzenta de quinta-feira. Agora, aqui sentada nessa cadeira branca, uma parte de mim quer derramar lácrimas de não sei o que, nem porque, mas a dor me invadiu tão abrupta de tal forma que não consigo controlar. Controlo, controlo sim. Casa cheia, ouço passos e vozes o tempo todo e, enquanto a euforia toma conta dos passantes, a melancolia me consome, me resigna.
Lind não sabe o porque, o porque dessa irritação, dessa vontade de chorar que vem mais forte a cada palavra pensada. Lind sente numa intensidade absurda e isso faz mal, vezenquando. Tanto tempo se passou desde a ultima vez que ela não conseguira controlar a emoção. Dor de cabeça, e uma quase pré-disposição-para-algo-que-não-sei-o-que. Essa barra de cereal com gosto de nada, essa água que desce queimando e eu tendo de sentir e observar muda, indolor, insensível. Mas uma vez sentada nessa cadeira branca, de fronte a ela, ouvindo e ouvindo, agora quem tem o tom arrogante e a ignorancia aparente, é ela. Vai me reduzindo a cada palavra proferida e eu na máxima vontade de fugir dali, não consigo nada fazer, continuo, e a medida que os segundos vão passando e a voz dela vai em fim, se fazendo menos presente, vou observando com pesar, o que virára essa "familia" estruturada na areia. Minha cabeça dói e me dói a minha covardia, complacencia e o silêncio não quisto. Então, como quem nada sentiu, viro pro lado e observo o dia que começa triste lá fora, com uma cor que poucos gostam, mas, que me consola, me conforta e me alivia.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A nota mais bonita de uma melodia inteira.


Como explicar um encontro que nunca aconteceu, uma ligação que acontece quase que assim, puft. -oi.
Dispenso as palavras, quando o que quero dizer, é sentido, e só sentido. Então, eu sei que você pode ler meus sons. Ouvir minhas palavras. Você ouve minhas palavras, agora?
Amizade? Eu não sei, mas há, há algo em ti(seu, você) que eu somente não quero longe de mim. Você me entende? Eu sinto muito, por sentir mais ainda quando na poeira do tempo, a gente se encontra em um mundo nosso. Meu, seu e de quem quiser (?) talvez, a chuva ta caindo lá fora, na sequidão da minha calçada, então, eu quero sentir o cheiro, porque assim, eu guardo esse momento, as suas letras. Eu guardo.
Obrigada, o bem que me faz não tem som, tem sim, intensidade.

As notas de uma melodia.

chega ser engraçado pensar que eu pensei, lembrei do mesmo que você, lembrei você lembrei a nossa terra.
Evaporar, seria tão bom simplesmente evaporar...
E se eu aceitar, promete sempre me acompanhar, no lugar em que o vento nos levar?"
"Sim, eu não sei nada de você, talvez não saiba o convencional, mas sei o que me importa nesse momento, e ainda assim, eu aceito evaporar, contigo... posso bater pinos, mas eu adoraria que você estivesse comigo, se é que isso lhe mostra alguma importancia..
O desconhecido me atrai, me distrai, me prende e me deixa... quero o desconhecido, temo e anseio.
a desconhecida te atrai?"
"vejo tantos ao meu redor, tanto ao meu redor... eles vem e vão, eles permanecem, uns aqui, outros ali, eu aqui, querendo estar alí, ai, acolá.
Eu quero sumir de tantos, de muitas coisas... Mas eu não quero sumir de você, porque eu não quero que você suma de mim, eu não tenho vida, sem música, sem melodia... penso você, aguardo você, nós... gaita sem viola, não tem graça, e creio que logo em breve não terá também, mais sentido de ser.
Fujamos para longe... vem comigo?"
"pode ser verde ou vermelho, azul camaleão, um arcoíres universo, dentro da minha canção... então para acompanhar esse refrão, eu te componho uma canção.
penso em ti, quero em mim."

Ta calor, no frio do meu ser.

O calor é absurdo. Derrete um pouco de mim, na alta temperatura que faz aqui e lá. Me liquidifico sem o mínimo de vontade e escorre meu ser, como cera de vela queimando, no prato que a suporta. Assopro minhas idéias para tentar tocar nelas e coloca-las em seus devidos lugares.
Dois dias que mais parecem dois anos, nesse meu emaranhado de pensamentos frouxos,soltos, caídos em maio ao vão. Essa vontade mordaz de um vento refrescante no meu ser, mas não há, não há. Vou derretendo nos sentimentos que não controlo, nos pensamentos que não coordeno e então. Cadê? cadê a minha sanidade, o frio que eu gosto para me fazer sentir com mais complacência e calma.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A minha covardia me enoja.
Lind chora sem parar, desde a ultima vez que se deparou de fronte com o lado que ela mais odeia nela mesma. Ela se vê sozinha quase o tempo todo e então ela percebe o quão dispensável ela é, o quão desconhecida ela é e, não que isso a chateie, lind adora ser anônima, mas, o fato de ser tão pouco conhecida pelos que convivem com ela, a deixa sem chão, por vezes. Lind tem se sentido tão suja ultimamente, tão asquerosa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


No apogeu do meu egoísmo, eu me abstenho de tudo, pego meus fragmentos, e vou embora.

realidade "sonhada"



Dessa vez não era sonho, a madrugada do meu sono foi abruptamente interrompida pelo alto tom de voz que ecoava na casa jás vazia e, entrava no meu quarto pela fresta grotesca que há entre o piso e a minha porta. Eram exatas oito horas, quando o primeiro palavrão me acordou e eu não pude mais dormir. Odeio essas palavras de baixo escalão que eu tanto ouvi e, ainda ouço, direcionadas ou não, a minha pessoa. Não suporto perceber a complacência e o silêncio dela que assolam o ambiente de tal forma que sufoca, não consigo respirar. Todos os dias eu quero que isso seja só um sonho ruim, mas, como num delírio mudo, é tão real e doloroso. Ainda sinto o farfalhar daquelas palavras dentro dos meus ouvidos, dançando nos meus tímpanos e acabando com minha falsa paz. Todos os dias travo uma nova batalha, na guerrilha que há dentro da minha cabeça, dentro da minha casa, tentando por meio diversos, exterminar os meus inimigos, acabar com essa guerra que ja dura vinte anos. Não tenho mais forças para lutar, mas, continuo arduamente, não aceito a derrota, quando um dos meus homens morre todos os dias, gradativamente, sendo dolorosamente massacrado pelas armas invisíveis do inimigo que deveria ser nosso aliado. Eu acabara de perder uma batalha, e eu vi a minha melhor soldado ser fuzilada bem na minha frente, mas, eu nada pude fazer, nada, além de chorar e não dormir mais.

O que fazer, quando percebe que não é capaz de fazer nada? Quando aquela que você mais ama e deseja bom, está travando uma luta armada,contra ela e ela mesma?
Sinto uma incapacidade massacrante. Não consigo cuidar de quem gostaria, nem fazer com que algo seja diferente em suas vidas, pelo contrario, eu sou aquela que muito quer e nada consegue, observando de perto a queda dos meus personagens preferidos. Dói tanto essa impotência absurda, essa incapacidade tão visível. Gostaria de pedir perdão a aquela que tanto fez por mim e eu nada fiz por ela. mas, de que adianta? eu seria imediatamente perdoada, só que isso não tiraria de mim o peso da inutilidade, não faria de mim alguém mais capaz e menos inoperante.
Queria conseguir escrever romances, ou melhor, queria ter talento para não somente, me importar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Loucura, penso eu, é um extremo de lucidez..."

já dizia um velho sábio.

"Deixar apodrecer a vida..."


Nas palmas das minhas mãos eu vejo as linhas da minha vida, sinuosas, dançantes, que a cada movimento tornan-se mais aparente, exibidas ou mais reclusas. Curtas, as linhas da minha vida, e a cada fumaça que a minha boca solta,me vem o pensamento latente e articulado, de como a vida escorre por entre os meus dedos, a cada manhã que chega, a cada suspiro que dou. Transcorre a minha vida, e vou perdendo o meu viver, além de uma existência maciça, ficam as linhas frágeis, quase apagadas, assim como a penumbra da minha existencia, como o odor do meu viver que existe na minha mente, entre um drink de água com limão, e outro. Passo horas sentada naquela cadeira branca, enquanto a vida passa e minhas mãos se movimentam involuntariamente, sem que eu premedite, observo uma vida que vai para fora da porta de casa e lambe os cabelos dos passantes, enquando o sorriso de gozo toma conta de rostos que não só existem, mas plenamente, abundantemente, transbordam a vida que lhes sorri serena. Eu aqui, sentada nessa cadeira, esperando um sopro de algo, qual o que, vem me salvar. Me pergunto quando é que essas linhas irão em fim se apagar, se vão se apagar, até que ponto a claridade do sol que bate nelas, cegará meus olhos desnudos de um sorrir sereno, uns risos seus.
A vida é tão frágil, mas tão dolorosamente insistente.
ou não.

Eu me esqueci de te esquecer.


Me esqueci de escrever e falar palavras bem elaboradas e confeitadas de amor. Me esqueci de dizer coisas que quis, mas que no fim, ficaram para depois. Me esqueci de correr mundos, nessa geografia louca que nos separa, para que enfim, no fim, eu a encontrasse pulsando pelo encontro ja tão esperado. Deixei que os medos tomassem conta e por vezes me senti incapaz de sentir com a intensidade de um apaixonado. Os ponteiros do relógio caminham lentamente, enquanto a chuva despenca a água ácidulada e,eu me esqueci de muitas coisas, essas mesmas que, na lenditão dos ponteiros, nos dias de chuva, eu me recordo claramente. As mesmas horas que passam tão rápidas e rasteiras, enquanto eu tento acompanhar os seus passos esquivos, num dia de sol amarelo e quente, exatamente como você gosta e eu detesto, exato momento, o qual eu aceitaria ser um raio desse mesmo sol, para que não mais veja as horas, e te perca por entre os ponteiros alucinados, mas, que assim, como o amarelo que te toca, eu te tocar também, de leve, sua pele é branca e sensível, não quero queima-la, pelo contraio, quero te expor ao calor que aquece o inverno da nossa distância. E eu deixei de dizer, que contigo eu me lembro do que é ecenssial para um dia de frio, de chuva e calor, a intensidade. Intensidade essa, que me faz suportar e quase definhar, na amargura do outuno que me visita todas as manhã quando acordo, e não enxergo meu verão ao lado. Intensidade que faz o inverno me causar hipotermia, na geada que invade dias maus. Intensidade da chuva que cai no deserto do nosso vazio.
Então, quando me levanto da cama e me prepraro para mais um dia cinza, depois de sentir o beijo frio do meu despertador, penso logo, com um sorriso de esperança, que o verão logo chegará, o cinza vai passar e contigo eu vou estar. Eu não escrevo o tanto que eu sinto, eu não sinto o tanto que digo, eu apenas sinto com a intensidade de todos as estações do ano, com o rítimo do meu piscar de olhos e com a frequencia da minha respiração. E embora eu tenha me esquecido de colocar no lembrete amarelo, da nossa geladeira grafite, eu não esqueço de pensar todos os minutos, que é são seus, os lembretes na geladeira, nos dias em que você está viajando, e que quando regrassar, talvez a geladeira não esteja coberta de papéis amarelos, mas meu coração vai estar transbordando calor, em cada "eu te amo" que incansávelmente não digo, mas, que permanentemente penso.

sábado, 3 de outubro de 2009

lind não quis ouvir os avisos que sua própria intuição dava a ela, decidiu seguir em frente, decidiu decidir continuar e esquecer um começo ruim. Mas, hoje, lind me confessou que deveria ter me ouvido, eu que tantas vezes tentei alerta-la. Digo a ela que: o arrependimento talvez seja uma dor que nunca passe, mas, é esquecida.
"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios." C.F.A

Tudo passa. [2]


Enquanto lia as palavras escritas, lind pensava o que estára fazendo alí, se expondo a dor e sofrimento, e pra que, por que?

A cada lácrima derramada um suspiro de vida me escapa, mas, o que somos, se não queda e superação. Agora, sentada de fronte para janela, vejo minha vida esvaindo-se um pouco mais. Lá fora a vida corre, aqui dentro eu morro aos poucos, lenta e compassadamente, como se fosse a única forma de sobrevivência que conheço. Me pergunto se as vozes são capazes de entender meu silêncio, mas, logo chego a resposta frivola, que na voz do mundo, meu silêncio não encontra muito espaço. Um pouco confusa, as emoções ainda a flor da péle, mas, com a certeza plena de que vai passar. Não há dor que perdure por uma vida inteira, o tempo se encarrega de tirar do centro das atenções, a mesma, e colocar novos pontos. Nos dias de sol eu ainda vou sentir agudo a dor da ferida que me foi aberta.

"Enterrado já está, agora é só esperar morrer."

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"E para que não doesse demais quando não era capaz de, apenas esperando, evitar o insuportável, fazia a si próprio perguntas como: se a vida é um circo, serei eu o palhaço?" C.F.A

Garden

Just me disse que na próxima esquina teria uma floricultura muito linda, a mais linda da cidade, precisando de alguém para cuidar, então caminhei, mas, quando cheguei no endereço que me fora passado, encontrei um jardim lindo, porém, abandonado.
Foi quando decidi tirar as ervas daninhas e molhar os lírios, quem sabe assim, a população não passa a frequentar e ter vontade de cuidar do lugar. Erva daninha espanta olhares, mas lírios são tão apreciados. Com dó das ervas daninhas, decidi desde então, planta-las no meu jardim e cuidar, assim, uma atrai a outra e com elas, eu aprendi valorizar o que é simples e não muito atrativo a olhos nús.

Não faz parte do meu show.

Se é verdade que o amor cura tudo e nos dá alegria de viver, então chego aconclusão de que o amor inexiste na minha vida.

Mais fragmentos de nada

Sentada nessa cadeira branca, de novo. Hoje me arrumei tanto, algo na minha cabeça dizia que seria diferente, que eu iria em algum lugar, ainda que só no meu imaginário. Mas, estou aqui, sentada, arrumada, esperando a utopia chegar. E no entanto, cadê?
Estive sentada durante tantos dias, pensando tantas coisas e hoje eu só sei me calar. Perdia a vontade de falar, de discutir, de indagar. Fiquei reparando no tempo lá fora, o sol quente, a suposta "vida" correndo e a maioria indo atrás. Agora me pergunto: deveria eu, fazer o mesmo, deveria eu, me expor ao sol, ou permanecer aqui sentada, esperando que algo, alguém, sopre um sopro de vida? Li uma letra que, em determinado trecho, dizia: "eu prefiro trabalhar por um salário, do que esperar ganhar na mega cena" Com o dispertador frio que me acorda, o céu cinza que eu enxergo quase sempe, e a vida não vivida que tenho levado, eu chego a conclusão de que quero muito trabalhar por um salário, mas não consigo, a vontade que faz ir além, não vem. Eu não tenho tido metas nem seguimento de nada, a dura e fria realidade do nada.

Odeio xixi.

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, maluca que sou, acordei no dia em que o xixi chegou. -Q
Tic tac, a bexiga da sinal de vida no meio de um sonho ótimo, embora tenha começado no show do fresno. O.O eu não sou emoxere, só para constar. Mas enfim, o sonho começou ruim e terminou pior ainda, mas,o que foi aquele meio... ai ai, eu ainda quis voltar e parar naquele meio de sonho, até o ponto em que minha bexiga da sinal de vida, no sonho e acaba com o meio bom de um sonho esquisito. Não sei, mas, até em sonho tem sido difícil, viu. Decreto o fim da bexiga, do copo de água depois das 22 horas. E tenho dito !

sábado, 26 de setembro de 2009

Porque comunidade é vida, GAROTA!

Prezados não leitores deste blog, depois de um bom tempo longe daqui, venho hoje, falar sobre uma coisa que To-do mundo que usa a interneta, ou quase todo... tem. Orkut! Mas, não,não é sobre ele exatamente que venho ressaltar, mas sim, sobre as tão úteis e queridas "comunidades" Qual é, quem nunca passou horas, madrugadas, lendo comunidades e rindo, atualizando sua página e se condenando por meio das mesmas que atire o primeiro modem. Hoje, depois de uma pesquisa muuuito extensa, com a ajuda essencial de minha amiga Isabelha, venho aqui, sugerir algumas pérolas, que tenho certeza, iriam bombar na rede orkutiana. Isa, nossa mente criativa, criou descrições ótimas, com minha pouca ajuda e muito riso,mas, ta valendo. Vamos ao que interessa.

E em quarto lugar, com a descrição mais hetero orkudada...
Seguindo a linha Rafa;
Descrição: De dia Rafael, de noite raphaelly.

Ocupando o terceiro lugar, com muito charme, estilo e um tanto de (666):
Fazeendo a tenc.i;
Descrição: terminando comigo, vadia?
estou sendo indiferente e vou "dar" pra tua melhor amiga. Passar bem!

E em segundo lugar, com a descrição nhéca "comosoucansativa" fica com Tay
Sou tay e faço a fofa;
Descrição: oun, florzinha-gut muitos dias felizes pra vc assim com o céuzinho roxo com nuvens amarelas de algodão que apeeeerta. isabelha rainha dos sete mares de água tudo roxinha, cheia de barquinho colorido. a chuvinha ácidinha que cai cai que nem balão aqui na minha mão deixa tudo colorido pelas paredes onde tu desenha um coração com o nome da florzinha. o mundo vai ficar todo bunitinho pra voce quando o tornadinho passar e o céu limpar e sol brilhar, brilhandinho que nem desenho de criança cheia de rabisco amarelo. as vaquinhas vão descer e a grama vai crescer. e as florzinhas vão ficar bunitas - aperta - nhoim ain uin - pra cumprimentar a florzinha roxa do meu jardim roxo mais doce que o mel, mais gotoso que o palmito. aí não vai ter mais menina má que vai brigar com minha florzinha, nem vai cagar cocô diarrento na graminha verde, e as vaquinhas vão viver felizes pra sempre junto com a florzinha. e a raposinha vai ficar feliz, vai soltar uma gargalhada docinha e suave e o menino príncipe vai virar menina boiolinha, beesha. e todos vão se abraçarzinho e tudo ficar tudilindu! Ai, to com vergonha :$

E finalmente, ocupando nossa primeirissima posição...
Faço a suwellen e dou piti;

Descrição: AI MEU DELLS DO CEUZINHO ROXO, TÔ MORRENDO!!!! *pausa* hey, olha lá um all star xadrez... digo AI MEU DELLS, INFARTEI!!!

Não se desespere, Se ainda não se encontrou por aqui, nas próximas, certamente se sentirá em casa.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói. Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê. "
[c.f.a]

"Deixar apodrecer a vida..."


Enquanto sentada em sua cadeira, pode perceber como é doído o corto ja supostamente cicatrizado. Cansada de um dia exaustivo, pensou que conseguiria enfim, descansar. Sem pensar que a perturbação está dentro de si mesma. O descaso machuca, mas não é o fim do mundo, quando se recebe em grandes proporções e frequentemente. Dói mais, quando se recebe daquele que não esperará jamais receber. Mas,alí, sentada naquela cadeira, percebeu que era assim mesmo, hora ou outra, a gente percebe que não é bem aquilo que pensamos que fosse. O tempo caminha lento na imensidão do meu vazio, e sentada alí naquela cadeira, pude perceber que o tempo é muito, quando se espera algo. O melhor é não esperar, não esperar telefonemas aos fins de semana, nem o chamado de alguém, não esperar que seja sempre lindo e perfeito, ou que no fim, tudo dará certo. Pode parecer triste, mas quem espera, corre o risco de não ver chegar, e aí que mora o perigo. Quando acontece, a ferida se abre, ou sai outra, para terminar de multilar aquilo que ja á só pedaços. Frustação, medo, insatisfação. Um misto de sentimentos que consomem, quase impossível expor, tamanha dor, tamanha intensidade.
Como quem não espera e não quer, mais nada da vida, permaneci sentada naquela cadeira, por horas, lendo e pensando "e agora, josé?" Sinto a minha capacidade de discernimento, comprometida. Já não sei compreender muitas coisas, e a grande parte, bóia no vazio da minha cabeça. Permaneço sentada na cadeira, pensando muito, entendendo pouco, compreendendo algo mais. As lácrimas ainda não secaram, não sei porque, eu tento esgotar a fonte, todos os dias, mas elas insistem em minar novamente.
Os medicamentos não estão mais ajudando, noites e mais noites de sono perdido, sentada na cadeira, olhando o nada, pensando em tudo, sentindo praticamente nada.

"Que seja doce."


“(...) e escapo brusco para que percebas que mal suporto a tua presença, veneno veneno, às vezes digo coisas ácidas e de alguma forma quero te fazer compreender que não é assim, que tenho um medo cada vez maior do que vou sentindo em todos esses meses, e não se soluciona, mas volto e volto sempre, então me invades outra vez com o mesmo jogo e embora supondo conhecer as regras, me deixo tomar inteiro por tuas estranhas liturgias, a compactuar com teus medos que não decifro, a aceitá-los como um cão faminto aceita um osso descarnado, essas migalhas que me vais jogando entre as palavras e os pratos vazios, torno sempre a voltar(...)” [c.f.a]

sexta-feira, 4 de setembro de 2009


Porque não existe nada maior, mais bonito e sincero, que uma vrdadeira amizade. Porque ter verdadeiros amigos, não se compara a nada. Só isso e tudo isso.

-N !


Alí sentada, naquela cadeira de estofado fofo e branco, com detalhes em bamboo, eu pude observar,durante alguns minútos, a garoa fina, caindo sobre as folhas frágeis, das plantas daquele pequeno jardim. As folhas dançando em cincronia perfeita, a medida que os pingos iam as tocando. Não sei o que tanto me prendeu naquela imagem tão linda e simplória, só sei que durante minutos, eu pude esquecer de tudo exatamente tudo que sempre tenho em mente, para observar e pensar, a penas na beleza que é, as gotas dechuva, caindo sobre as frágeis folhas. A imagém me lembrou planos com quem vale a pena, e cadeira de balanço em casinha longe da civilização, simples e aconchegante. A fragilidade daquelas folhas, beiram a fragilidade de toda uma vida, em que a força tinha que aparecer, ou então... o fim seria trágico, e não haveriam textos mal escritos. Como é frágil, a linha tênue, que separa a vida da existência, o meu ser, de um coquetel fatal. E as gotas de chuva não são de garoa fina, que faz dançar as folhas, mas de tempestade avassaladora, que leva consigo, folhas, plantas, vidas, almas. E quem diria, muitos sobreviveram e ainda sobrevivem, com a esperança incansável, de um dia, ver o sol brilhar.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

00:11 começo de madrugada, percebo como as coisas são tão passageiras e ao mesmo tempo, tão marcantes. Escorre por todo meu ser, uma vontade única de não ser. Como se eu pudesse mudar algo, como o nascimento, desejando a penas não estar, não ser, não fazer, uma vontade dilascerante de não ter nascido. Nos fim de semana sento de baixo daquela árvore e leio um pouco, fumo um cigarro e até me convenço de que em breve, vai passar.

Entre isso e aquilo


Não entendo o que acontece, é como se eu não estivesse em mim, estando. Eu enxergo, mas não posso me movimentar, eu penso, mas, não posso falar. O desespero tem tomado conta mais frequentemente do que deveria. Gostaria de conseguir uma aspirina, calmante, suco de maracujá, vodka bem gelada. Alguma coisa que me fizesse simplesmente me esquecer, alguma coisa que desse sentido ou acabasse todo e qualquer possibilidade de sentido.
Ultimamente o relógio corre tão lento e veloz, ao mesmo tempo, não consigo fazer sessar, nem os ponteiros, nem as vozes na minha mente. Tic tac, será essa a hora certa de findar?

Meu azar, minha sorte.

Existem muitosmitos a cerca de alguns números, existe número em tudo, excepcionalmente, em tudo. Uma palavra se dividida, forma números de letras, e assim é com publico, distancia, proximidade, tudo. O número 13 para alguns é da sorte, para outros é sinonimo de azar e mal agoro. O 7.. aaaa, esse sim, muitos mitos. Para oevangelho, o número da perfeição, um "demonio" entra por um canto e por 7 ele sai. Na bruxaria o 7 é a vibração da introspecção, da intuição, da análise, da sabedoria, da sensibilidade. São 7 casas mágicas. 7 nome de um "exu" na umbanda. Na popularmente conhecida, 'macumba' 7 é o número do denominado "Satã", um número que não tráz bons resultados. Por sua vez, 7 vem a ser o nome de um anjo. Enfim.. números e números. Eu particularmente não acredito nisso, em nada disso. Mas tem um numero que digamos assim, está sempre comigo. No dia 24 eu nasci, eu comecei meu primeiro relacionamento, eu terminei alguns, eu fui roubada, eu ganhei presente, aprendi o significado da palavra 'compromisso', descobri o que é sentir por alguém e receber reciprocidade. No dia 24 eu descobri o doce e o amargo, da saudade, eu chorei, eu sorri, eu tomei vinho ao som de blues e desisti de coisas, por amizade, que nem ao menos estava estabelecida. No dia 24 eu comecei amizades, e terminei também. No dia 24 eu fiz, deixei de fazer e fiz de novo. E em todos os dias 24, eu ganho os parabéns, por menos um ano de vida, por mais um ano de amizade e eu recordo de muito que ja nem sequer, existe.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

I hurt myself today


Machuquei a mim mesmo hoje
Pra ver se eu ainda sinto
Eu focalizo a dor
É a única coisa real
A agulha abre um buraco
A velha picada familiar
Tento matá-la de todos os jeitos
Mas eu me lembro de tudo
O que eu me tornei?
Meu doce amigo
Todos que eu conheço vão embora
No final
E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira
Eu vou deixar você pra baixo
Eu vou fazer você sofrer
Eu uso essa coroa de espinhos
Sentando no meu trono de mentiras
Cheio de pensamentos quebrados
Que eu não posso consertar
Debaixo das manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Voce é outro alguém
Eu ainda estou bem aqui
...
Se eu pudesse começar de novo
A milhões de milhas daqui
Eu poderia me encontrar
Eu poderia achar um caminho
[Johnny Cash - Hurt]

Vai passar.

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência(...)" C.F.A

Lind, acorda !


Lind sai do quarto, ainda de pijamas e olhos baixos, olhando para todos os lados, procurando da onde vem os gritos, o choro. Mas ela não encontra, encontra sim, uma cena tão diferente da que tem em mente.Um olhar supostamente alegre e lind, não sabe nem sequer corresponder. Corre para o banheiro, como quem corre para chegar no seu local prefiro, o mais bonito, onde encontrará pessoas queridas e ter com as mesma. Lind chega no banheiro e fica durante minutos olhando sua imagem no espelho e querendo saber, o porque de tudo aquilo, o porque dessas vozes que falam ao ouvido dela e ainda, naquele momento na frente do espelho, não haviam sessado. - calem-se, calem-se! ela repete claramente, dentro do seu intimo. - Não posso e não quero mais isso, me deixem em paz! Lind quer entender, mas a sua mente anda perturbada, ela escuta coisas que não existem, ela vê aquilo que não está ali. Pensando bem, lind deveria estar bem, afinal, o que era trágico na visão dela, não existia, dava lugar a sorriso. Mas não, lind não está bem. Pobre garota que, no meio de tantos pensamentos, se deixa consumir por eles. No meio de um sonho bem sonhado, bom, ou mal encarado, lind acorda desesperada, ja sujeri diversas alternativas para melhor seu estado psiquico, mas lind se recusa a acreditar que precisa, lind pensa que pode com tudo sozinha, que consegue sozinha.

Loucura, penso eu, é um extremo de lucidez..


Um extremo de lucidez, um extremo de lucidez...
Os dias estão ficando cada vez mais curtos, não vejo as horas passarem, não vejo o sol se por, mas vejo a noite chegar. Na noite, é nela que tudo acontece. Tráz as lembranças mais dolorosas e as vontades mais esdruxulas.
É a sexta noite, madrugada, que sonho algo ruim, que me remete a coisas ruins. Tenho tentado desde então, abstrair o que me vem, passar um dia normal e caminhar por entre as ruas, sem pensar muito naquilo que perturba. Não gosto quando acordo assim. Vendo o que não tem, ouvindo o que não fala e pensando nas coisas fétidas que chegaram e chegam até hoje, as minhas narinas. Um copo de wisk, ou um copinho de leite fermentado adoçado, surtem o mesmo efito, assim que fecho os olhos, vejo coisas que não quero ver. Ja pensei em me deleitar na grama do meu nada, caminhar nas ruas da paz. Aonde estão? aonde estão as ruas da paz... Minha mente me trai, as vezes tenho a leve impressão de estar num sonho, quando na verdade, é tão real quanto a fumaça do cigarro, em outras, vivo o mais real, no sonho mais sonhado. Tenho tido momentos de confundão mental. Vivo o imaginário no mundo real. Por vezes o que se pode fazer, se não cair no "vai melhorar", "vai passar" e esperar. Tenho esperado, esperado, esperado.
Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, maluco que sou,acordei... no dia em sorriso reinou.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

- Cadela! eu vou acabar com você !

Essas malditas palavras não saem da minha cabeça, não param de ecoar nas paredes dos meus ouvidos, ferem os tímpanos, a alma. Comprometem a capacidade de sorrir.

A rua 13 de junho.


É incrível como alguns objetos, lugares, sons, cores, fragancias são capazes de despertar do íntimo do nosso ser, as lembranças mais bem guardadas.
Ainda caminhando pela 13 de junho, descendo aquela calçada mal feita e cheia de ondulações, eu me deparei com a melhor das fragancias, o melhor cheiro, aquele que me lembra a minha infancia, ou parte dela. Lembrei-me de imediato, das nossas risadas e brincadeiras sujas, em tarde de casamento de viúva. Enquanto o cheiro de poeira, terra milhada, adentrava as minhas narinas invadindo todo o meu ser, as lembranças vieram todas a tona, como um filme, que está ali, passando na tv, bem na sua frente. Pude ouvir, ver e até sentir, como eram boas aquelas tardes contigo, como eramos inocentes e felizes no mais simples e estapafurdio. As idas a casa da tia.. as brincadeiras no playgroud do prédio, os gritos da tia ecoando em nossos ouvidos e a gente fingindo não ouvir nada, só para aproveitar mais um pouquinho a chuva e a sujeita que ela causava. Bolo de cenoura com cobertura de chocolate e água, a combinação que só nós duas considerávamos(consideramos) perfeita. Sinto tanto a sua falta, mas, sinto mais ainda.. falta de quando eramos crianças, quando eu não tinha com o que me preocupar, nada além das notas da escola ou não deixar a mãe ver o barro na roupa. Não me entenda mal, não sinto mais falta da infância do que sinto de você, tendo em vista, que a minha infância e você, andam juntas, e sei que é assim contigo também.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Meu amor, cuidado na estrada...


- Não, você não pode fazer isso comigo, eu te amo, e eu não sei viver sem você. Sei que você também me ama.
-Eu estou cansada do seu descaso, estou cansada de esperar pouco e receber menos ainda. Amar não é suficiente, se você soubesse o ponto em que estou,talvez não fizesse o que faz ou então, nem chegaria perto. Me recordo daquele dia, em que eu falei tantas coisas e você só a me escutar, para logo depois,dizer "por você, eu sou capaz de mudar". Mentiras... eu ja presenciei, contei, e ouvi tantas mentiras, mas,as suas, sim, as suas, são as que mais me doem, eu sempre descubro que você não falou a verdade, eu estou cansada de ser enganada, de me enganar! A minha mente em estado de calamidade, meu coração em putrefação, só consigo sentir o cheiro fétido, do que está morrendo,sendo jogado na lama, me fazendo abaixar e chafurdar na mesma, a procura de uma compreensão,um olhar seu. Que tola eu sou, que deprimente também, escrava de uma atenção que nunca foi minha. - Você está sendo ridpicula, isso não é verdade, desde quando você precisa fazer coisas, para ter minha atenção? Fala como se você fosse muito perfeita, né.
-Eu não quero mais ouvir nada que venha de você, não acredito em nada. Nada!
Tantas vezes eu me dou por inteira, eu escrevo shakespeare pra você, esquecendo-me, deixando de lado, a minha frieza de Lovelac e você não dá valor em nada. Cansei de esperar aquele escrito que você disse que havia feito para mim, e eu num delirio absurdo,fiquei feliz, esperando por dias e dias, naquela apreenssão, indo todos os dias olhar a caixado correio, e todos os outros meios possíveis e, nada, nada chegou, nem nunca chegará. Perdi a vontade, a cor, o sabor. Cansei de te esperar, de requerer atenção e esperar por demonstrações concretas, de algum sentimento seu. Cansei de dar e não receber. E eu que preciso e quero, tão pouco. ...
Hoje foi a gota d'agua, eu que tanto esperei pra te ver, hoje já não espero mais, ja não acredito mais, já não idealizo mais. Vocês está me reduzindo a pó, dias e dias a fio, matando as minhas esperanças,vontades, anseios, consequentemente matando o que é seu aqui dentro. Ta me fazendo sangrar. Você não percebe isso?
-não,você não percebe, afinal, quando é que você percebe alguma coisa?
Cansei da sua insensatez. Eu estou seguindo em frente, mas, sem esperar que no fim da estrada, eu encontre você, que me sorri serena e assim, eu possa sentir, que finalmente, estou em casa.
Eu só queria saber, o que me faz persistir tanto. Só gostaria de saber como eu me prendi e agora não consigo mais me soltar. Sabe... não é que você não me faça bem, mas, ultimamente, acho que eu criei uma espécie de idealização e nada corresponde. Partindo do nada, terminando no nada.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Isabellhão (aham, aham, o trocadilho)

Vamos, vamos, vamos, deixe uma palavrinha bonita para a pessoa mais importante na sua vida, ou uma das ! dás, dás, dás, ^.^ blé.
Isabellita do melado, eu te amo ao quadrado
sem tu eu não tenho cor
contigo eu eu riu até do fedor -Q
Tu é a geléia de uva da minha torrada
o verde da minha salada
a melhor amiga que alguém pode ter
e sem tu, eu não posso viver.
\o/

Sou piégas e poeta demais. *-*
"Quando secar o rio de minha infância
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos de meu ser secarem
minh'alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
- lá onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali erguerei uma tenda junto aos bosques.
Todas as tardes me deitarei na relva
e nos dias silenciosos farei minha oração.
Meu eterno canto de amor:
expressão pura de minha mais profunda angústia.
Nos dias primaverís, colherei flores
para meu jardim da saudade.
Assim, externarei a lembrança de um passado sombrio."

Frei Tito.

No espelho, essa cara ja não é minha.


Não sei explicar, lind, é algo como " não-estar-em-mim-estando"
Ultimamente não tenho conseguido processar muito bem, nada, nada do que me chega. Tenho me sentido tão só, tão vazia. Os dias primaverís não me encantam mais, ela não me faz bem, pelo contrario, e eu nem sequer sei o porque de ainda permanecer. Para lhe ser bem sincera, primavera não está acontecendo no ciclo do meu ser, elesó gira em inverno e outono, o ano inteiro. Não sei porque, mas tudo parece fazer muito sentido aqui, embora, eu ainda engatinhando no meio de gigantes, não saiba compreender muito bem, explicar, entender.

- Ein?

Ja dizia meu avô,'não é possivel viver só de emoção, assim como também não é possivel viver a penas da razão'. Um precisa do outro, um complementa o outro, levando assim, a um equilibrio. Uma pessoa precisa da razão, tanto quanto da emoção. Os dois caminhando juntos, se dão muito bem. Ela ria tão lindamente, porém, sabia a hora de parar, o tom até onde deveria ser elevado e com isso, ela conseguia satisfazer a sua vontade. Razão, emoção. De que me adianta chorar pelo leite derramado, ou correr mundos(?) somos donos de nossos caminhos, são nossas escolhas que determinam tudo na nossa vida, a nossa volta. Direi ao amigo "é engano, desde a época dos primordios, que é a vida quem nos leva, e não nós quem a conduzimos" é engano! Se eu escolher permanecer na merda, eu vou feder cada dia mais, para mudar minha posição basta que eu mesma dê o primeiro passo. Ainda que feda um pouco, que esteja proxima da merda, não estarei dentro dela e aos poucos, passarei a exalar o perfume mais suave. Eu diria que "o homem é fruto do meio", copiando Rousseau, mas não sei, para toda regra há excessões e eu não acredito muito no que é absoluto e toda forma de generalização, para mim, é burra. Mas creio sim, que nós somos aquilo que nós queremos ser e de nada adianta eu fazer a Gretchen(a rainha do rebolado) num dia e no outro chorar porque rebolei para quem quisesse ver. Fazer,assumir, e seguir em frente sem ficar se lamuriando, acho que é isso que deve ser regra, que deve ser feito valer, analizar e pesar consequencias, se preparar para elas e se não estiver disposto a isso, ou achar que pode com as mesmas, é ir, fazer e gozar a vida, afinal, é tudo uma grande orgia. -Q. -N(eeer, me perdi). E eu ainda vou aprender a ser assim.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

"Precário, provisório, perecível;
Falível, transitório, transitivo;
Efêmero, fugaz e passageiro
Impuro, imperfeito, impermanente;
Incerto, incompleto, inconstante;
Instável, variável, defectivo
Não feito, não perfeito, não completo;
Não satisfeito nunca, não contente;
Não acabado, não definitivo
Eis-me aqui.
Vivo."
[C.F.A]
Cansei de palavrinhas lindas, doces e apaixonadas. Cansei de ler, ler e ler, ouvir e, ver que é bom, nada! Não ver atitude de quem gosta, não ver atitude de quem se importa ou se preocupa,não ver atitude de quem se importa com o bem estar do outro, não perceber atitude de quem gosta e quer bem. Faça um favor enorme pra mim, Cale a boca! fique na sua, aquieta-te no seu meio e me deixa quieta no meu.
Não finja sentir o que não sentes, não se force a isso. Quando os ponteiros do relógio, marcarem a hora exata, vai-te embora , com suas palavras embebidas de mel e, não volte mais. Palavras são só palavras, e eu não acredito mais nas suas. Ação? aquilo que você desconhece, aquilo que eu não vou tentar mais lhemostrar e explicar. Ja me expuz demais na sua tijelinha de barro, cansei de tentar explicar e conversar aquilo que até um cego, enxergaria. Aliás, falando em hora exata, meu relógio marca que ja passou da sua hora. Ja passou da hora.

Deves mesmo estar ébrio.


Descobri por meios nada convencionais, que quando lhe falam "estou aqui para você, sempre que precisari" na maior parte das vezes, é mentira, enganação. A pessoa que diz, numa tentativa louca de se enganar, se convencer de que realmente está, ou estará, e você carente e crente, acreditando e se enganando, para mais na frente, perceber que não era bem aquilo, que na verdade é a solidão a única que te acompanha e que não te deixa. Que está sempre alí, pra você, pra mim. Então vem o vazio, a frustração o pingo preto na parede branca, e é só nele que consigo me focar. Não sei porque, mas não me convenço mais de que realmente, que "estarão"para mim, não acredito em lorota de "estou contigo" nem tão pouco, me comovo com palavras bonitas e dotadas de boas intenções.

It hurts my stomach.

"Amor é ilusão com prazo de validade bem estipulado, que enquanto ainda está na validade, proporciona certo conforto e bom gosto, depois que começa chegar a data do vencimento, vai ficando cada vez mais ruim, fétido, ferindo quem continua consumindo, causando mal estar, até o ponto que se percebe que foi um erro, que o produto tem prazo de validade como qualquer outro, é peressível e não dura pra sempre, como os shakespearianos teimam."

Há uma luz no fim túnel dos desesperados.


Lá estava ela, mendigando uma certa atenção, mas, que infelizmente não podia ser dirigida a ela. -Diga lind, é ruim ser deixada de lado?
- não, eu não acho que seja, o que é uma gota, pra quem ja está molhada, não é mesmo. O que me mata,o que me mata mesmo, é perceber que tudo aquilo que eu tento passar, dar, sem cobrar recompensa, ninguém, absolutamente ninguém percebe.
Não que eu queria que perceba e me eleve por isso, mas é algo como : "querer que me enxergue, ao ponto de ver que eu também sinto." Entende?
- Quiçá...
Estou farta de acordar todos os dias no mesmo horário, de fazer as obrigações e de tentar encontrar em ti, algo bom que me faça ir além desse meu mundo transitório e rotineiro. Veja bem, dias e dias tu é apenas mais uma rotina, mais uma obrigação, a diferença cruscial é que de ti, eu posso me desfazer a hora que eu bem entender. -Eu realmente gostaria de acreditar nisso e fazer valer.
Estou cansada de procuras afetivas, inúteis e insaciáveis. Resolvi que vou mudar meu roteiro, como protagonista/autor e direto da minha história, que penso ser. Cansei de esperar por palavras e gestos que nunca irão chegar, cansei de querer o melhor para todos mesmo que o melhor seja me ver reduzida a pó. -Pena que disso, eu não vou abrir mão.
Ainda que estar sozinho seja uma das piores coisas, ser sozinho de fato, é melhor do que sentir-se só no meio de alguns, então, prefiro estar só de fato. Meu telefone nãotoca, meu coração não pulsa como de adolescente feliz e apaixonado, nem tão pouco meus olhos brilham como os de criança, quando ganha aquele sorvete preferido. O colirido não tem mais graça, e eu dou risada, de grandes histórias de amor, é essa a realidade minha, nua e crua. Palhaços são deprimentes e sua presença não causa alarde ou emoção alguma.

(ps: foto da dih.)

domingo, 2 de agosto de 2009

Uma noite curta, uma vida longa.


-eu só queria te dizer que eu não sei como agir em dados momentos...
Algo dentro dessa minha cabeça fundida em pensamentos vís,congela tudo, então imediatamente meu corpo responde ao comando e eu simplesmente prefiro ficar sentada, olhando uma tela de computador, a enfrentar gente real, que está alí, presente. Talvez eu creia que ao conversar olhando nos olhos, a pessoa adentrará pelo meu inter e então, tudo será revelado. Hoje eu passei uma hora de fronte para aquele médico, eu sei que ele me leu, eu o li. Sabe aquela expressão linda bem formulada que diz: 'os olhos são a janela da alma' eu acredito nela, piamente.
- eu queria que vocês soubessem que eu gostaria tanto de ter pedido para que ficassem, quando falaram em ir embora, eu queria tanto poder conversar, e só conversar. Essa minha personalidade destrutiva, covarde, esse meu eu que pensa em muitas coisas em pouco tempo, e age pouquissimo, em muito tempo.
Quem sabe um dia, eu tenha coragem de abrir a minha boca e expor uma vontade que é minha. É,incrível como as vezes eu tenha essa dificuldade, para muitos, ridícula, de acabar no pensamento. Ação? - quase nula. Essa minha vontade tola, de só sentar e recostar a cabeça em algum lugar e para isso, esse, aquilo, aquele, falar o que vem a cabeça sem medo, sem medo, mas eu não consigo.
Não entendo muito bem, não sei bem o porque, mas ta doendo. É, eu não sinto, mas só de vez enquando.

-Então me diz, o que te faz feliz?


-Então me diz, o que faz feliz?
... ... ... ...

- Ora, vamos, há de ter algo que te faça feliz, impossível que nada lhe de prazer, que nada te cause bem estar, vontade de sorrir, mesmo que sem que perceba. Deixe-me pensar.. encontrar uma privada, quando estou apertada para urinar, me deixa feliz, encontrar os amigos, os poucos e bons, sentar na praça e observar, pura e simplesmente, ler um livro, ouvir boa música,até que tem bastante coisas.
- É, isso sim, eu também gosto de observar pessoas de estar com os amigos, alguns me fazem bem sim.
- Então.. bom, se bem que tudo isso que eu falei, não me faz feliz. Eu tenho compulsão por mentira, percebeu? Eu ja estava te dizendo que essas coisas me fazem feliz, quando na verdade, na maioria das vezes, ela me são indiferentes, como se em nada, nem nas coisas mais genuínas e simples, eu encontrasse um prazer maior, um contentamento mais aparente.
- Não é que você seja mentirosa. As vezes a gente sente como diz, mas em outras, simplesmente não sente nada.
- Você também sente-se indiferente a maioria das coisas, por vezes?
-Sim, eu também me sinto.
- É tão ruim quando nada tem cor, tudo me parece tão cinza agora.
Eu gostaria de poder mudar algo, me mudar. Acontece que eu tenho uma vontade sem fim, mas uma capacidade de agir, muito falha. Sabe, eu acho mesmo que está me faltando disposição somado a coragem, com uma dose cavalar de perseverança.
-Fazer o que, caiu a noite e, eu ja posso chorar.

-Então me diz, o que te faz feliz?[2]

- Você.

- de fazer o café fraco, parei.


Queria saber, porque é tão difícil para mima, agir, não que eu não tenha vontade e nem como, eu simplesmente não entendo como é tão passageira a atitude. Sim, falta atitude em mim, como se aquilo que eu desejo, deixasse de ser quisto, a partir do momento em que eu tenho que medir grandes esforços para conseguir. Não, não é falta de disposição, teço em mente, todas as noites, aquilo que quero pro dia seguinte, tento planejar, impor a mim mesma, aquilo que ao menos, deveria me ser importante, mas nunca consigo agir como gostaria, como planejado. É uma dificuldade implicita, bem disfarçada, que eu tenho, de seguir objetivos, de agir para que algo aconteça. Percebi em meio ao caos, que eu não consigo me levantar do chão, cai e alí fiquei, permaneci, permaneço, com uma vontade enorme de levantar e outra vontade besta, de a penas fechar os olhos e retornar pro mundo das maravilhas, onde eu não sou Alice, mas tudo parece mais colorido e fascinante e dentro da minha xícara não falta capuccino com canela.

Direi a você, ainda que mil vezes, se preciso for.

Era como se ja não tivesse jeito. Um sentimento efemero, uma visão profana.
Tudo naquele lugar fedia a urina, não sei dizer se era o lugar demais fétido, ou minhas narinas ja muito polúidas.

-Como você pode me dizer isso? Por acaso eu tenho cara de quem teme ficar só?
Ora, oras, estais muito enganado. Não temo a solidão, não temo nada e se quiser, vai-te embora, porque tão pouco, temo precisar e não ter.
Ja dizia aquela menina dos cabelos cacheados, uma mentira repetida mil vezes, torna-se verdade.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

" Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira." [C.M]

Eu não moro mais em mim.

Estou perdendo a capacidade de me expressar através das letras.. e o que vai sobrar(?)
o que fica de mim? Não sei fazer de outra forma, e estou desaprendendo antes mesmo de aprender, como colocar nas letras, pensamentos sentidos. Eu não moro mais em mim.

"Não consegui. Do grande esforço através dos doze meses, doze signos, doze faces, só guardo essa certeza. Que tonta travessia. Tudo bem, descansa. Faz parte não conseguir." [c.f.a]

"dezenove formas de "esconder" a covardia"


Uma das piores coisas que existe, é dar de cara, de fronte com a sua fraqueza, com a incapacidade própria... Sim, eu passei meses, anos, falando e desejando uma coisa, todas as vezes que tive a oportunidade de realizar, eu dizia "mas agora não dá" "eles precisam de mim" "eu não tenho como, não é tão simples assim" hoje, mais do que nunca, percebo que sou eu, quem coloca impecilios, quem dá pequenas desculpas, por querer estar perto, por achar que vou conseguir resolver alguma coisa. Triste ilusão. A covardia é minha, a dependencia também. Não sou capaz de fazer aquilo que desejo, por pura covardia, dependência, que tem me afundado cada dia mais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

sucinto tempo de amar (?)


"Dos medos que eu nunca tive, alguns ainda guardo, talvez os silêncie sempre com sorrisos e talvez os deixem escapar no escuro
junto com algumas gotas tranparentes e salinas que escorrem pelo meu rosto. Essas mesmas que deixo ir junto com a chuva que bate na janela agora e mescla as nuvens carregadas com o colorido dos guarda-chuvas rua á fora.
Quando sento por aqui e vejo o ponteiro do relógio correr, penso que quase sempre, pensar muito faz mal, e que pensar pouco,
vai te matando devargazinho...
Sobre todas as imagens existe uma a qual não me esqueço, daquela que com a pele branca e com toque de veludo, ainda lembro. Daquela que com os labíos quentes toca e queima e leva e trás, mas não permanece nem se vai de um todo. Daquela que trás tranquilo pra sempre estar aos nervos e o colorido para o monocromatico, mas quase sempre me deixa em paz e que corre igual aos ponteiros do relógio(...)"

quinta-feira, 9 de julho de 2009

...porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém(...)"


- Sabe flor, só gostaria que soubesse que eu não sei pra onde vou, nem como tudo vai ficar, mas eu sei que eu quero estar perto de ti. Engraçado, criei uma espécie de dependência, como se meu mundo sem você, não fizesse muito sentido, sei que eu não fui uma perfeição como amiga, e por vezes fiz chorar, quem não devia. Mas eu não quero pagar pelos meus pecados, perdendo aquilo que eu tenho de melhor. Tenho medo que me seja cobrado dessa forma, perdendo aquilo, aquele, que eu mais temo perder. Quando olho para trás, vejo um passado cheio de manchas, de lacunas, mas quando olho para o lado e te enxergo, eu me sinto tão bem. Sei que errei muito, durante toda uma vida que ainda não existe a muito tempo, mas sei melhor ainda, que contigo eu não pretendo errar muito, pura e simplesmente porque o meu amor por você, excede todo entendimento. Sem medo de dizer que eu amo e preciso, sem medo de expor toda e qualquer coisa. Só porque tu tens a cura para todo mal, na sua companhia. E eu sou meio assim desse jeito sem definição imutável, e tu é, totalmente assim, desse jeito, uma luz na escuridão.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Era verdade. Ou quase (...)

Passaram-se dois anos, desde a ultiam vez que ela esteve sentada naquele banco sem encosto, numa tarde cinzenta. Naquela época tudo parecia tão mais fácil, simples, quiçá, seja pelo fato de que estava mais crédula, com relação a tudo, pelo fato de acreditar que tinha algo, alguém, alguma coisa. Ora, ora... quem é que em algum momento de sua vida, não parou e se percebeu num presente bom, e em dado momento, respirou aliviado. -Eu ja. Eu ja vivi dias onde tudo ao meu redor, parecia mais simples, bonito, colorido. Durou tão pouco, algumas horas, até onde sou capaz de me lembrar. Ela estava lá, sentada naquele banco, naquele dia cinzento, respirando com facilidade, mas seus olhos não sorriam, sua boca não falava. -E o que se deve fazer, quando tudo parece tão complicado, quando os olhos não expressam nada, além de um vazio interno? Ta tudo tão confuso...
Hoje eu ouvi "não adianta estar num show no meio de 100 amigos, se seu interior não está bom, se tu está só dentro de ti, vai se sentir só mesmo no meio dessas 100 pessoas" Me deparo refletindo sobre... tenho me sentido tão só, não adianta, não há aquilo que supra o vazio que eu sei que possuo, desde que tinha 13 anos de idade. Eu particularmente, gosto de dias cinzas, mas mais particularmente ainda, não gosto de viver sem cor alguma.

"Era frio...


Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração. Provavelmente competiam."[c.f.a]

Vivo em eterna conflitancia dentro de mim, uma parte quer muito, a outra acha que nada dará certo. Olho pra você e te vejo tão distante, seus interesses, suas preocupações, como se eu vivesse em marte e tu em plutão. Não vejo mais o colorido que eu via antes, não sei, mas algo esfriou, é um inverno constante dentro de mim e eu tento desesperadamente aquece-lo, mas é como se não tivesse como, alguma coisa aconteceu, não sei o que exatamente, só que desde então, faz frio, o o inverno dentro de mim, dura cada vez mais.
Gosto do jeito que me trata, mas não suporto o extremo de 'luxo ou lixo', as vezes penso que fiz a escolha errada, que estou me enforcando cada vez mais, e acredite, morrer enforcada nunca foi minha maior vontade. Vacilo vez ou outra, não sei como falar aquela chateação que é só minha, quando você pensa que está tudo uma maravilha. Fico me perguntando, o que exatamente me incomodou tanto hoje. Vejo uma futilidade que eu não gostaria para mim, mas o que eu posso dizer, se cada um tem um jeito próprio e a gente aceita e fica perto se quiser, caso contrario, distancia é uma opção muito válida. Tenho me sentido tão mal, como se eu quisesse demais, algo que não posso ter, uma "perfeição" que eu não possuo.
- Acho que eu estou em outro plano, entende? Como se eu não te entendesse, como se tu falasse russo e eu entendesse japonês. Só queria que isso acabasse logo, eu não quero me sentir assim, eu não quero te enxergar dessa forma.
Ta tudo tão difícil, o ceticismo ja esteve presente outras vezes, mas desde a ultima aparição, ele não quer mais ir embora, eu tento disfarça-lo, e as roupas cobertas de lantejolas, ajudam a deixa-lo mais bonito ao ponto d'eu até mesmo esquecer o que está por detrás do brilho. Óh minha querida, desculpa estar sendo tão cruel, mas acontece que eu não me vejo num mundo cor de rosa, nem nunca estive em um, e não quero, bem diferente de você. Será mesmo que estamos no caminho certo? ...
- Me desculpa se não é como você gostaria, mas eu estou dando o melhor de mim, para te ter do meu lado.

Silêncio[...]