sexta-feira, 29 de maio de 2009

O tempo é pó, na estrada da evolução.


TIc Tac, estou atrasada pro serviço.
tic tac, tic tac... o tempo passa tão rápido. Sexta passada inventei uma historia qualquer, para que pudesse ficar em casa, hoje não tem o que falar... menti que estava com dor, só para não dizer que na verdade, o que acontece da porta de casa pra fora, me venceu, me fez recuar e ficar dentro de um quarto o resto do dia. Tic tac, eu ando enxergando aquilo que não gostaria de ver.

Com as viceras expostas dentro do seu prato branco de porcela, me consuma inteira, mas não me mastigue assim. É podre, podre aquilo que se encontra no interno de um ser mal resolvido. Ainda sinto o cheiro fétido daquele lugar que me causava arrepios, deve ser urina amanhecida em colchão. não sei, lá, aqui tudo parece ir rápido demais, vontade grande de vomitar, ta tudo girando rápido demais, estou ficando nauseada, cada dia mais. Tempo, tempo, tempo, seres humanos com mente tão ilimitadas, se limitando as horas que um relógio indica.

e daí?

Dormi três dias seguidos, coma esperança de que quando acordasse, tudo estaria diferente, eu estaria diferente, as coisas, quiçá os lugares, a vida la fora... Mas não estava, acordei, depois escovei meus dentes, depois tomei água, depois enxerguei ele me olhando ereprovando, depois levantei da mesa e voltei pro quarto, deitei por mais três horas. Dessa vez, sem querer acordar e ver que tudo está diferente, dessa vez, simplesmente sem querer acordar e ver qualquer coisa que seja. Chafurdar na merda virou rotina, até isso me cansa. Rotinas me cansam, eu quero ir embora, tão grande e forte. Pego umas peças de roupa, coloco minha calça vaforita e saio por ai, pensando no destino de chegada (a próxima esquina) mas nunca em retornar pro ponto de partida.