quinta-feira, 5 de novembro de 2009

É só confusão.


As mesmas duas músicas a mais de 36 horas, das quais 5 lind dormiu e, nas outras restantes, pensou, pensou, pensou.
Uma angustia tomou conta de mim nessa manhã cinzenta de quinta-feira. Agora, aqui sentada nessa cadeira branca, uma parte de mim quer derramar lácrimas de não sei o que, nem porque, mas a dor me invadiu tão abrupta de tal forma que não consigo controlar. Controlo, controlo sim. Casa cheia, ouço passos e vozes o tempo todo e, enquanto a euforia toma conta dos passantes, a melancolia me consome, me resigna.
Lind não sabe o porque, o porque dessa irritação, dessa vontade de chorar que vem mais forte a cada palavra pensada. Lind sente numa intensidade absurda e isso faz mal, vezenquando. Tanto tempo se passou desde a ultima vez que ela não conseguira controlar a emoção. Dor de cabeça, e uma quase pré-disposição-para-algo-que-não-sei-o-que. Essa barra de cereal com gosto de nada, essa água que desce queimando e eu tendo de sentir e observar muda, indolor, insensível. Mas uma vez sentada nessa cadeira branca, de fronte a ela, ouvindo e ouvindo, agora quem tem o tom arrogante e a ignorancia aparente, é ela. Vai me reduzindo a cada palavra proferida e eu na máxima vontade de fugir dali, não consigo nada fazer, continuo, e a medida que os segundos vão passando e a voz dela vai em fim, se fazendo menos presente, vou observando com pesar, o que virára essa "familia" estruturada na areia. Minha cabeça dói e me dói a minha covardia, complacencia e o silêncio não quisto. Então, como quem nada sentiu, viro pro lado e observo o dia que começa triste lá fora, com uma cor que poucos gostam, mas, que me consola, me conforta e me alivia.

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