quarta-feira, 22 de outubro de 2014


- oi. Eu to afim de você.
- sério?
- não.
- ...

Chega ser ridículo a busca quase inconsciente do ser humano por aquilo que não pode ter. Ou pensa não poder. Histeria comprovada e provada. Te quero agora que você quer outro que não te quer justamente por você o querer. E assim caminha a humanidade grandiloquente nos seus casos e causos sentimentais cheios de drama e muito tempo perdido.
Ligado num ontem perdido, pensando com penar num amanhã quase morto. Sinto-me inteira na minha falta de. Sem fé alguma, porém, inteira. Sem meias verdades e 'mimimi' desnecessário. Noutra noite me veio falando de arrependimento. Arrepender-se é tão somente a sua pior escolha. Escolha. Jovens. Tolos.
Nem amor, nem amado.
Só tem querer, pressa, desesperados passam despercebidos por aquilo que lhes faria a diferença,  pouco percebem. Ele está ali, quase gritando na sua 'cara' e só você finge não perceber. Até quando não sei.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014


Dos almoços de domingo não me lembro. Dos momentos congelados para sempre em imagens não partilhei.
Quero aqueles dias de sol entre nuvens e muito lexo. Estou cansada de retóricas e joguinhos de sedução. Daqueles amores desesperados que com a força que chegam, também se afastam. Viram poeira até sumir por completo no ar de um dia qualquer.
Tenho necessidade de silêncios somados e dias de descanso a dois. Quero um chá bem quente mesmo  no verão, uns risos frouxos entre frase soltas e nosso completo estar dentro de um nada que nos torna mais preenchidos. Aquele café no fim do expediente. Que não haja mais excessos e que no caos  vestido de calmaria eu possa repousar meus sonhos e iniciar metas. Quero um riso surpreso teu de quem não espera mas se agrada. E que no quintal na minha morada você plante suas flores e colha sua paz. Um amor de fim de tarde onde tudo é mais brando e muito mais bonito. Rede, chá, café, bolo. 'Você e sua sinceridade, o resto a gente decide amanhã no café da manhã'

Não sou dada a amenidades mas sinto uma vontade enorme de chá com bolinhos e você no meu sofá.
Não que eu seja romântica contudo, nos dias nublados sinto mais vontade de te escrever. As horas vão engolindo os dias e no meu repouso eu tenho sentido falta de uns fios de cabelo dividindo comigo o travesseiro que é meu. E eu sou tão egoísta ao que se refere a travesseiros. Não que o amor esteja batendo a minha porta, mas ando cansada das ficadas de final de semana e beijos alcoolizados de bares quaisquer. Me dou o direito de rejeitar, ainda que isso implique em solidão todos os dias e horas da minha semana. As manhãs correm e no fim dela já são 17 hr e minha casa vazia me causa uma paz enorme. O incenso queimando na sala ao lado das plantas, assisto enfim, uma tranquilidade conquistada, e toda conquista, descoberta, tem mais graça e valia quando compartilhada com alguém, disse aquele cara naquele filme. Ando cansada de andar sozinha. Ir ao teatro sozinha, apreciar o silêncio no fim de tarde do meu quintal sozinha e na rede, sobra espaço. Não que eu seja carente mas o ser humano perde um pouco do viço quando não consegue sentir e canalizar esse sentimento para algo's e alguém em especial.
Então eu te busco nos pequenos detalhes e nas pequenas ansiedades do dia, afim de que você perceba e se aproxime num encontro casual de quem não quer nada. O show vai acontecer, as estréias cinematográficas serão apreciadas, mas eu confesso, eu prefiro o sofá e os incensos, só falta você.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

amenidades


Dos almoços de domingo não me lembro. Dos momentos congelados para sempre em imagens não partilhei.
Quero aqueles dias de sol entre nuvens e muito léxico. Estou cansada de retóricas e joguinhos de sedução. Daqueles amores desesperados que com a força que chegam, também se afastam. Viram poeira até sumir por completo no ar de um dia qualquer.
Tenho necessidade de silêncios somados e dias de descanso a dois. Quero um chá bem quente mesmo  no verão, uns risos frouxos entre frase soltas e nosso estar dentro de um nada que nos torna mais completos. Aquele café no fim do expediente. Que não haja mais excessos e que no caos  vestido de calmaria eu possa repousar meus sonhos e iniciar metas. Quero um riso surpreso teu de quem não espera mas se agrada. E que no quintal na minha morada você plante suas flores e colha sua paz. Um amor de fim de tarde onde tudo é mais brando e muito mais bonito. Rede, chá, café, bolo. 'Você e sua sinceridade, o resto a gente decide amanhã no café da manhã'