Eu me sinto às vezes tão frágil,
queria me debruçar em alguém, em alguma coisa.
Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo,
o tempo todo, me conformo, me dou força.
Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave.
O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada.
Estou todo sensível, as coisas me comovem.
Tenho regressões a estados antigos, às vezes, mas reajo,
procuro me manter ligado às coisas novas que descobri.
Mas tudo fica e se sucede — quase nunca dá tempo de você se orientar, escolher
— não gosto de me sentir levado. [C.F.A]