segunda-feira, 27 de julho de 2015

Nostalgia, só isso!

Por um momento eu quis voltar a viver tudo que vivera a um tempo atrás.
Quis tanto dizer que te amo, mas tanto que chegou a doer... mas eu não o fiz, não devo
e não farei, pelo menos não como os romanticos costumam.
É tão perturbador pensar que algo ainda está presente aqui. Já comecei e terminei com alguns,
ja quis amar tanto, ja dei o primeiro passo para um novo começar tantas vezes e ainda assim você está aqui, ainda hoje eu tenho vontade de retomar, reviver o passado.
Minto! não é vontade de reviver o passado, é a vontade, implicita vontade de construir o novo,
ser algo partindo do zero. A diferença cruscial é que se trata de algo novo, com uma pessoa ja "velha" com o peso de uma certa história... Temos uma bagagem e não é fácil, simples, simplesmente abandona-la em qualquer rodovíaria, esquina.
O amor é tão grandiozamente desagradável por vezes que só sabe deixar dor e lagrimas nos pobre/ricos seres que amam. blá, que festival grandioso de asneiras num escrito só.

- Burra! burra! tens tudo pra caminhar sem olhar para trás e continua olhando.
- como pode deixar as emoções tomarem conta dessa forma, mesmo sabendo que não vai dar em nada, além de posts melancólicos e pseudo apaixonados em porcarias de blogs e flogs, aquelas merdas que vc usa para expor o minimo do que vc sente?
- Eu não sei, eu só o fiz. sim tens toda razão.

Easy to please ainda faz pensar.

terça-feira, 21 de julho de 2015

cartas para além.

Tem sido difícil, as vezes parece que não houve progresso e que nem haverá.
As noites aqui são passadas em claro, pena que não contigo do meu lado. As vezes meu mundo cai, eu caio junto, me perco entre o tudo e o nada, o talvez, a certeza. Ouvi dizer que certeza é para quem não ama de verdade. Será? eu tenho tanta certeza quando se trata de 'nós', certeza de sentimentos, vontades, desejos.
Ultimamente eu me sinto tão sozinha, tão perdida, tão incrivelmente perdida, é estranho me sinto fragilizada. Não deveria estar monologando nada aqui.
É estranho não saber por onde ir, sabe, pra onde. E eu to te falando isso porque eu gosto de conversar qualquer coisa contigo, eu me sinto a vontade quase sempre. Ta certo que muita coisa eu guardo, mas com o tempo a gente aprende a expor de melhor maneira, sei que contigo deve ser mais ou menos assim também.
Todas as coisas que aconteceram continuarão ecoando dentro de mim, ao menos por um tempo, tudo me deixou muito descrente, perturbada.Tudo que não é bom nem pra mim, nem pra você.
Por mais que eu faça, eu sempre me sinto perdida, inútil, incapaz. Isso ocorro devido a minha total falta de auto-estima, eu sei, mas saber que você tem feito o que quer e precisa, é bom. Deixando a sessão "divã". Esses dias tem feito muito calor por aqui, sinto falta de reclamar e você me assoprar o rosto num gesto simples. Sinto falta do seu calor. Eu tenho tentado agir e não pensar muito, focando o que pode ser melhor não só para mim mas para nós, por mais que me doa certas atitudes minhas. Eu sei que muitas vezes eu provoco a minha própria dor. O ser humano tende a se enganar demais seguindo um caminho falho crendo que é o melhor para ele, o mais fácil ou o mais sintético.
Então brigue menos. Escute mais e assimile.
Eu vou tentar fazer isso por aqui também.
Seu cheiro de fumaça paira nos cômodos do meu espaço, principalmente no quarto, e enquanto eu fumava passivamente as palavras de Caio consolavam minha alma
Nesses dias tenho pensado muito em muitas coisas, percebi o quão somos fortes e não sabemos e o quanto eu preciso de alguns goles de vinho barato e sessões de terapia.
Conclui que ser algum é perfeito e isso me deu uma sensação tola de não estar de todo só, somos todos uma coleção de erros enquanto tentamos incansavelmente acertar. Não é tempo de permanecer na inercia, e eu vejo que você tem tentado ir além, e isso me deixa orgulhosa.
Depois daqueles dias contigo eu percebi que você é um ser de luz, mas perdido como eu. vamos nos encontrar, nos achar e você encontrará seu caminho.
Meu quarto roxo ta cheio de amarelo agora. Porque em cada mínimo detalhe dentro e fora de mim lá está você.
Eu não acredito em alma gêmea, para sempre, metade que encontra outra metade. Acredito no inteiro, na amplitude de um ser se dispondo para outro. Acredito que somos assim, tu e eu, somatória, descoberta, amplificadas, principalmente quando juntas. Sua essência soma com a minha e eu aprendo contigo. Para sempre não existe, mas existe o 'muito'. Eu quero muito estar por muito tempo ao seu lado. Namorada, amiga, cumplice. Qualquer um, ou todos, não importa bem os fatores, desde que o resultado final seja estar perto de você.
Você faz falta nos pequenos detalhes da minha sala monocromática, na imensidão de uma cidade com 1 milhão de habitantes onde, sem você, parece vazia, sem sentido, sem cor.
Perdoa os gritos e discussões, as falhas, mas, eu nunca disse que seria perfeita tão pouco te cobrei o mesmo, gosto mesmo é da imperfeição, é ela que dá cor e sabor.
Amo você pelo o que é, pelo o que somos juntas. Amo todos os carinhos q são só seus.
Bom estudo, sorte com trabalho.
Um abraço de minutos corridos. Uma paz que excede o entendimento.
Saudade. Espero vê-la aqui ou aí ou lá. Não importa.
Um zilhão de sorrisos pra você. Minha felicidade constante.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

domingo, 19 de julho de 2015

em memória


Penso que diante da morte a voz se cala e o corpo fala por si derramando a salubridade ou camuflando tudo o que a mente insiste em dizer.
Estaria mentindo se soubesse qual a sua idade, se vê-la finalmente descansar me soa tristeza profunda e imediata. Embora seja minha vó, tenho pra mim que agora ela está melhor, haja vista que uma mãe que perde o seu filho morre em vida e perece na existência do ser. Não quero com isso compartilhar a minha dor ou amor, sei que ela sabia do amor por conta das minhas atitudes e sei que nesse momento não há mais dor ou um existir vago. Ontem foi meu pai, aos quarenta anos no auge da sua vida e intelecto intacto. Foi deixando um rastro de dor que jamais ousei parafrasear pelo simples fato de não haver palavras que se aproximem do sentimento que fixou em mim. Ontem minha vó juntou-se a seu filho caçula para enfim ama-lo de perto. Seja na imensidão do nada ou nos arredores do ''paraíso''
Em memória.

São vinte três horas e cinqüenta e cinco minutos. Me ocorre e corre por mim a falta que a morte traz em vida, a dor que vem nos momentos mais inoportunos como se não tivesse respeito, sei lá quem, pelo nosso momento atual, sem perceber que tudo pode piorar dentro e fora. É quase meia noite e nesse momento morre a vida de alguns e renasce n'outros a dor da saudade que não vai cessar. Agora na chegada de outro dia ainda na escuridão me ocorre também a dor dela. Encontram-se quem sabe os três em algum canto da morte Sentados conversando no refrigério de suas almas enquanto nós aqui lamentamos sentadas no amargor salgado da nossa tristeza.
Eu não sei como demonstrar empatia. É um dos males da humanidade, Mas eu sei da dor que dói em você. Eu sei do amargo na sua alma. Do cheiro doloroso que exala dos seus poros. Eu sei da ferida visível no invisível do seu ser que não cura com merthiolate. Deixamos ir fragmentos de nossas almas, mas resta em você todas aquelas outras coisas que te fazem alguém grande e forte. Alguém que eu e eles amamos.