sábado, 3 de outubro de 2009

lind não quis ouvir os avisos que sua própria intuição dava a ela, decidiu seguir em frente, decidiu decidir continuar e esquecer um começo ruim. Mas, hoje, lind me confessou que deveria ter me ouvido, eu que tantas vezes tentei alerta-la. Digo a ela que: o arrependimento talvez seja uma dor que nunca passe, mas, é esquecida.
"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios." C.F.A

Tudo passa. [2]


Enquanto lia as palavras escritas, lind pensava o que estára fazendo alí, se expondo a dor e sofrimento, e pra que, por que?

A cada lácrima derramada um suspiro de vida me escapa, mas, o que somos, se não queda e superação. Agora, sentada de fronte para janela, vejo minha vida esvaindo-se um pouco mais. Lá fora a vida corre, aqui dentro eu morro aos poucos, lenta e compassadamente, como se fosse a única forma de sobrevivência que conheço. Me pergunto se as vozes são capazes de entender meu silêncio, mas, logo chego a resposta frivola, que na voz do mundo, meu silêncio não encontra muito espaço. Um pouco confusa, as emoções ainda a flor da péle, mas, com a certeza plena de que vai passar. Não há dor que perdure por uma vida inteira, o tempo se encarrega de tirar do centro das atenções, a mesma, e colocar novos pontos. Nos dias de sol eu ainda vou sentir agudo a dor da ferida que me foi aberta.

"Enterrado já está, agora é só esperar morrer."