sexta-feira, 21 de agosto de 2009

I hurt myself today


Machuquei a mim mesmo hoje
Pra ver se eu ainda sinto
Eu focalizo a dor
É a única coisa real
A agulha abre um buraco
A velha picada familiar
Tento matá-la de todos os jeitos
Mas eu me lembro de tudo
O que eu me tornei?
Meu doce amigo
Todos que eu conheço vão embora
No final
E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira
Eu vou deixar você pra baixo
Eu vou fazer você sofrer
Eu uso essa coroa de espinhos
Sentando no meu trono de mentiras
Cheio de pensamentos quebrados
Que eu não posso consertar
Debaixo das manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Voce é outro alguém
Eu ainda estou bem aqui
...
Se eu pudesse começar de novo
A milhões de milhas daqui
Eu poderia me encontrar
Eu poderia achar um caminho
[Johnny Cash - Hurt]

Vai passar.

"Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como “estou contente outra vez”. Ou simplesmente “continuo”, porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como “sempre” ou “nunca”. Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como “não resistirei” por outras mais mansas, como “sei que vai passar”. Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência(...)" C.F.A

Lind, acorda !


Lind sai do quarto, ainda de pijamas e olhos baixos, olhando para todos os lados, procurando da onde vem os gritos, o choro. Mas ela não encontra, encontra sim, uma cena tão diferente da que tem em mente.Um olhar supostamente alegre e lind, não sabe nem sequer corresponder. Corre para o banheiro, como quem corre para chegar no seu local prefiro, o mais bonito, onde encontrará pessoas queridas e ter com as mesma. Lind chega no banheiro e fica durante minutos olhando sua imagem no espelho e querendo saber, o porque de tudo aquilo, o porque dessas vozes que falam ao ouvido dela e ainda, naquele momento na frente do espelho, não haviam sessado. - calem-se, calem-se! ela repete claramente, dentro do seu intimo. - Não posso e não quero mais isso, me deixem em paz! Lind quer entender, mas a sua mente anda perturbada, ela escuta coisas que não existem, ela vê aquilo que não está ali. Pensando bem, lind deveria estar bem, afinal, o que era trágico na visão dela, não existia, dava lugar a sorriso. Mas não, lind não está bem. Pobre garota que, no meio de tantos pensamentos, se deixa consumir por eles. No meio de um sonho bem sonhado, bom, ou mal encarado, lind acorda desesperada, ja sujeri diversas alternativas para melhor seu estado psiquico, mas lind se recusa a acreditar que precisa, lind pensa que pode com tudo sozinha, que consegue sozinha.

Loucura, penso eu, é um extremo de lucidez..


Um extremo de lucidez, um extremo de lucidez...
Os dias estão ficando cada vez mais curtos, não vejo as horas passarem, não vejo o sol se por, mas vejo a noite chegar. Na noite, é nela que tudo acontece. Tráz as lembranças mais dolorosas e as vontades mais esdruxulas.
É a sexta noite, madrugada, que sonho algo ruim, que me remete a coisas ruins. Tenho tentado desde então, abstrair o que me vem, passar um dia normal e caminhar por entre as ruas, sem pensar muito naquilo que perturba. Não gosto quando acordo assim. Vendo o que não tem, ouvindo o que não fala e pensando nas coisas fétidas que chegaram e chegam até hoje, as minhas narinas. Um copo de wisk, ou um copinho de leite fermentado adoçado, surtem o mesmo efito, assim que fecho os olhos, vejo coisas que não quero ver. Ja pensei em me deleitar na grama do meu nada, caminhar nas ruas da paz. Aonde estão? aonde estão as ruas da paz... Minha mente me trai, as vezes tenho a leve impressão de estar num sonho, quando na verdade, é tão real quanto a fumaça do cigarro, em outras, vivo o mais real, no sonho mais sonhado. Tenho tido momentos de confundão mental. Vivo o imaginário no mundo real. Por vezes o que se pode fazer, se não cair no "vai melhorar", "vai passar" e esperar. Tenho esperado, esperado, esperado.
Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, maluco que sou,acordei... no dia em sorriso reinou.