domingo, 19 de dezembro de 2010

Leviatã.

Então ele julgará, condenará e ainda se aachará no direito de espalhar por ai o crime não cometido. Hipocrisia? Talvez. Dirá ele 'ela está errada, ela fez, ela magoou' Eu me pergunto: Quem és tu? Qual vale menos.. aquele que entra dentra da sua casa, que você acolhe e reconhece e em seguida te apunhala sem motivo e sem conhecimento algum de causa alguma, ou a hipocrisia daquele que julga o ato alheio mas faz ainda pior? Eu não sei. Jogar com a emoção alheia, persuadir e se sentir o rei, julgando ser melhor que os outros, ser maior que os outros, porque consegue, sem medir esforços, sem usar de ética e moral, o que quer. Pode-se dizer que esse alguém é maduro, dá o direito de apontar o semelhante julgar seus atos? Creio eu que não. Não cabe a ninguém julgar, condenar. Não é humano ferir quem te quer bem, ferir o seu semelhante por prazer ou bem próprio, esquecendo-se que ele sente e tem necessidades, esquecendo-se que também é um ser errôneo e falho. Não há ninguém perfeito. Há sim, aqueles que não saem cuidando da vida do outro ou julgando os seus atos, ferindo por puro prazer e auto afirmação de grandeza e poder. Crueldade! É cruel quando o outro fere por puro prazer de ferir, não medindo consequência dos seus atos só para conseguir o que quer, só para mostrar o seu poder de destruição e capacidade de persuasão. O que dizer então, daquele que faz isso com alguém que tanto confiou e apoiou?
Falar é fácil, julgar é mais fácil ainda. Tão feio, tão fétido e pequenino. Com tantos problemas e situações, ir cuidar da vida alheia. Tão mesquinho. Pior do que sair falando, é falar do que não sabe se julgando sabio.
Covarde! Covardia... falar pelas costas, mas ao te ver, não ter coragem de falar o quão errada ele julga que você é. Falsidade! Anda lado a lado com o dissimulado, e quando te vê... beija e abraça, te sorri um sorriso falso, te fala palavras esquivas.
Não tenho raiva, não tenho mágoa, e no auge da minha pequenês de ser imaturo, errôneo e aprendiz, eu só consigo sentir pena. Pena de ver alguém com tanto potêncial desperdiçando seu tempo cuidando da vida alheia, mentindo, levando a discordia. Num mundo tão marcado de impunidade, desamor e falta de compaixão, ainda existem aqueles que ao invés de emanar paz e empatia, disseminam o que é mau. Sem mais delongas, eu não vou extender o assunto e dizer o quanto certas atitudes me causam asco. Se para bom entendedor um pingo é um 'i'...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sufoca essa dor. Arranca, mata, tira de mim!
Me faz movediça, rasteira, refem, mas me tira de mim!
Eu quero agora, eu preciso logo, eu não aguento mais. A solidão devora, esse vazio ja consumiu e eu preciso respirar.
Me come, me cospe, mas me tira do foco de mim.

Sinto que minha capacidade de escrita está tão comprometida ultimamente. Não sei mais traduzir o que sinto, não sei expor, não sei nem sequer compreender.
Me traga um cigarro, por favor. Mais um trago, maconha, base, nocotina. Qualquer coisa que sufoque a multidão dentro de mim, que abafe os gritos mudos. Um filme sujo, romantico, alegre, pornô. O que for, o que quer que seja que dê para me tirar da lama de mim mesmo. Que me tire do foco da dor, dela, de mim, de um nós não existente mais. Um trago a mais, uns goles a mais, café, água, vinho, alcool 70, qualquer coisa que me tire os pensamentos, que afogue a dor.

18/12/10 Hoje eu menti pra você.

De todas.. talvez essa tenha a sido a pior, a mais dolorosa, a mais massacrante e cruel.
Já usei todos os termos 'encerrando ciclos' 'fim do nada' e por ai vai, mas nunca havia sentido como tal e talvez seja isso que doa, hoje. Dói saber que não existirá um amanhã e dói perceber que erroneamente deixei chegar a esse ponto. Esse em que se perde quase tudo, respeito principalmente. Fica só aquele vazio, quem sabe uma saudade no fundo, no superficial, em todo o ser. Todas as constatações. Todas as vezes que quis enxergar amor e não enxerguei nada além de um egoísmo cruel, as vezes nem isso. Foram um ano e oite meses de história. Parece tão pouco ao mesmo tempo que se torna tão grande, extenso. Ainda lembro do primeiro dia em que nos falamos, assim como o primeiro encontro, o primeiro beijo e todas essas bobeiras romanticas, barrocas quiçá até piegas.
É engano pensar que tudo foram flores, mas é um engano maior ainda concluir que foram só espinhos. O tanto que amei, o tanto que quis e esperei. Todo aquele resto também.. aqueles sentimentos diversos que acompanham o amor, a primeira, segunda, terceira desilusão. O tanto que fiz sofrer e sofri. E eu te me pergunto, me pergunto. Até onde devemos levar uma história quando ela está fadada ao fracasso? Existe sim o 'recomeço', mudar aquilo que está quase que pré-destinado ao pranto?
Ainda não sei a resposta, quiçá nunca saberei. As vezes sinto tanta falta do que um dia fui com ela, do que um dia chegamos a ser. Noutras duvido e sinto indiferença diante de tanta dor que passei. Um texto de amor ou desamor? Não posso dizer que não amo, mas também não posso dizer que sou amada. Isso faz algum sentido?
Esquivar-se do futuro, barrar possibilidades, impedir a caminhada... por feridas ainda tão abertas, por lembranças ruins tão permanentes, por não conseguir se esquivar da sujeira nossa. Quem sabe.
O choro insiste em cair, meu consciente ainda se importa com tudo. Eu não quero, mas não consigo fugir.
Tou sentindo saudade nesse momento e sabendo que ela vai parmanecer até ser esquecida. Sinto vontades que nunca se realizaram, nem irão. Não sei o que faz, para onde fugir, mas eu sei que fiz, farei e irei, mas essa vontade de continuar sentada no meio do meu choro que não sessa nunca. Perdi a fé e, não tem nada pior. Não crer, querendo crer, não conseguir.
Amar tem doido tanto e isso não é o certo, então, se algo estava errada, por mais que doa agora, essa foi a decisão certa. Eu quero acreditar que sim.
Deitar junto, acordar junto, crescer junto. Coisas que não conseguimos, ao menos por um tempo considerável. Mas foi tudo tão real, ruim, bom.
Sinto que uma parte de mim foi embora e dessa vez eu arraquei e a dor que se instalou é tamanha que não consigo ignora-la. Mesmo sabendo que eu lutei até não poder mais para que viesse a acontecer, eu nunca saberei dizer se lutei o suficiente, se deveria ter dado um ultimo golpe(...)