terça-feira, 19 de maio de 2009

TJ-RJ libera heteros considerarem LGBT doença!


Hoje tive o desprazer de ler um artigo sobre um assunto que muito me interessa e muito me revoltou, não só a mim, não só a comunina GLBT, mas todos aqueles que tem o mínimo de respeito pelo ser humano, o mínimo de consciência. Foi aprovada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, uma lei amparando, dando vez aqueles que olham e consideram homossexuais, como doentes. Que ampara a manifestação contra a homossexualidade "a luz dos valores morais, éticos e religiosos, no que diz respeito a entenderem ser a homossexualidade um desvio de conduta, uma doença, algo que cause mal à sociedade humana, devendo tal comportamento ser reprimido e não apoiado pela sociedade." É revoltante tal ato, fazendo com que venhamos a pensar 'esse é nosso Brasil' aquele que apoia a discriminação, a falta de respeito com aqueles que amam de maneira diferente. Onde homossexuais são proibidos de entrar em certos locais e agirem como casais heteros "normais", impedidos de ser quem são, para se colocar e ter o mínimo de respeito dentro de uma sociedade hipócrita e preconceituosa. Esse tipo de acontecimento me tráz tanta aversão que penso que estar longe daqui, seria bom. Porém, temos um motivo, mais um motivo para irmos além, em busca dos nossos direitos, lutando por uma igualdade que deveria ser verídica, por espaço para sermos quem somos. Uma lei que está do lado daqueles que são "normais", "de condulta integra dotados de moral e ética", fazendo-os dignos, dando-lhes o direito de julgar, apontar, discriminar, aqueles são "doentes, amorais e anormais". Então, aonde vamos parar?com uma "justiça" tão liberal e acertada, apoiando o opressor e desamparando o oprimido. Tosco, contraditório e revoltante. Sem mais...


'O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro ao julgar uma apelação em Ação Popular proposta pelo cidadão Eduardo Banks contra o Estado do Rio de Janeiro, no ano de 2002, com intuito de anular o repasse de recursos que financiavam a “VII Parada de Orgulho Gay” em 30/06/2002, no então governo da Sra. Benedita da Silva, decidiu ser legitima manifestação pública contra o incentivo a homossexualidade..A Justiça decidiu entre outras coisas em 01/04/2009, que é legítimo aos cidadãos heterossexuais, o direito de expressarem o seu pensamento a luz dos valores morais, éticos e religiosos, no que diz respeito a entenderem ser a homossexualidade um desvio de conduta, uma doença, algo que cause mal à sociedade humana, devendo tal comportamento ser reprimido e não apoiado pela sociedade..Tal conduta não pode ser entendida como é crime ou ato discriminatório, pois é legítimo o direito de expressão de ambos os lados no sistema jurídico vigente..O acórdão faz uma abordagem do legítimo direito das pessoas, com base nas garantias constitucionais (art. 5º) de liberdade religiosa de crença, consciência e culto, e liberdade de expressão de emitir suas opiniões, de forma pacífica, sem sofrer QUALQUER TIPO DE RESTRIÇÃO por parte do Estado ou grupo de minorias..O Acórdão do Tribunal do Rio de Janeiro de forma direta é totalmente contrário à instituição de uma mordaça gay, pois os cidadãos são livres no seu pensar e agir, com base em sua fé e valores..Assim, esta decisão judicial reforça mais uma vez as graves inconstitucionalida des que o PLC 122/06 (lei da homofobia) tenta inserir no sistema jurídico brasileiro, criminalizando opiniões em benefício de um grupo de interesses, com ofensas à lei maior..A decisão é atual e coerente com os valores constitucionais da liberdade de expressão e consciência. '

Tudo passa.


- Abra a porta !
- não posso, eu não quero te-lo aqui dentro
- Me deixe entrar e mostrar-lhe mais uma vez, que estás só, que precisa aprender a caminhar como tal e não sofrerpor isso.
- quem foi que te disse que sofro por estar só?
- aliás, quem foi que te disse que eu não sei que estou só, ao ponto de precisar que tu venhas me dizer?
- Quem foi que te disse que não posso saber, mesmo sem que alguém venha me dizer?
- gostaria de ir embora daqui!
- Não resolveria, não quando o problema está em nós e, vai junto conosco, pro lugar que seja.
- faço mal a tantas pessoas...
- gostaria de me isolar, quem sabe assim...
- Faz tão mal a você mesma. não percebes isso?
- Você ja quis morrer?
- vez enquando.
- Talvez seja a hora de se levantar e querer viver, apenas viver, sem olhar para o que faz parte do passado,não ficar trazendo o mesmo, contigoeternamente.

(silêncio)

- entre.
- Agradeço por me deixar entrar e ter contigo, por alguns minutos.
- não tem de quê.
- eu menti pra você... eutenho vontade de morrer..
- todos os dias.
- Pensou no que eu disse, sobre viver, sobre seguir em frente?
- quem é você?
- Sou quem você gostaria de ser.

- Venha logo pra casa, seus avós estão aqui.
Durante todas aqueles quarenta minutos de caminhada, pude pensar em tantas coisas, quase ao ponto de simplesmente não conseguir destinguir, definir o que foi pensado, analizado, elaborado. No percurso de volta para casa pude perceber que ainda não concetaram o sinaleiro de transito, coisa essa, que dificulta a visibilidade dos motoristas, em menos de dois minutos, presenciei um verdadeiro caos, pois ambos de ambos os sinais, não sabiam se iam ou se vinham, foram juntos e eu quase presencio um acidente. Ok, que importancia isso tem, não é mesmo(?) Chegando em casa, pude perceber aquelas pessoas(queridas pessoas) que nem ao menos me olharam nos olhos. Não sei, mas tenho a impressão que desde que passei de o modelo de "perfeição" para a "rebelde sem causa" eles não me olham mais nos olhos, nem se quer fazem questão.
Sabe como é, a vida toda de um jeito, sendo criada para ser a filha modelo, neta modelo, amiga, sobrinha.. no final, descobrem que não és nada disso, deve ter sido deveras frustante para eles, principalmente para aquele tio, aquele que soube que sou lesbica e desde então, só faz olhar para mim no meio de todos e dizer "fiquei sabendouma coisa sobre você, que meu Deus, ein taymara" fazendo com que os que ainda não sabem, ou fingem, fiquem se perguntando e me perguntando, sobre o que ele está falando. Engraçado como você passa a ser um estranho para sua família, a partir do momento em que se mostra para eles de uma forma "diferente" que a habitual, ainda que só em pensamentos, como deixam de te olhar e sorrir, porque você saiu de palco e arrancou as cordinhas que o prende e andou por si só, não sendo mais guiado. Me pergunto por vezes, se eles ainda me consideram e pensam bem de mim, como pensaram e consideraram, certa vez. (passado esse momento, esses minutos em que parei na cozinha e não fui percebida por ninguém, exceto aquele tio) Foi quando me vi sozinha, e covenhamos, quantas milhões de pessoas não se sentem, não são, nesse mundo de gente bacana. Especialmente hoje, o sentimento doeu, os questionamentos me confundiram e não obtive respostas. Hoje dei muitas risadas, apesar de tudo, e acredite, um bom amigo pode salvar o seu dia, pode salvar você. Especialmente hoje, eu lembrei de coisas que não gostaria, coisas passadas. Vamos lá, todos nós temos dias assim, nostalgicos, mas por favor, não caia num mar de lembranças passadas, caminhe para que contrua novas portas de entrada, para que entrem e deixem boas lembranças. Hoje eu fui indiferente, seca, com a pessoa que amo (sim, eu amo algumas pessoas) mas ela é o meu amor Eros. Por favor, não façam isso, não deixe que o que passou, venha e estrague o que tentas construir, te fazendo querer desistir do novo e bom, no enganoso pensamento que "foi assim, então será sempre assim" "sofri e semprevou sofrer" deixando de dar opotunidade ao que é bom e pode te tirar de um passado triste. Hoje, amanhã, depois, não sei se para mim, para você, como é que vai funcionar, mas essas coisas acontecem, familiares vão falar, ou simplesmente ignorar, vais entistecer, quem sabe, até chorar, pensar que tudo é uma merda e desejar 'sumir', 'morrer'. Mas a vida está ai para ser vivida,(escutei alguém dizendo isso, na certa, mais um filósofo de botiquim) e acho muito válido. Caminhe, erga-se e vá em busca do novo, do bom, do belo. Porque permancer no chão, pode ser mais fácil, mas ão é nem de longe, mais satisfatório. Se deixar é fácil, levantar-se e caminhar, é um ato de força, de coragem.


ps: a autora faz parte dos fracos e covardes, quiçá.