quinta-feira, 26 de junho de 2014

os gatos estão no porão

Então toda aquela paz fingida se esgota no momento que há a percepção do nada. Do tudo. Do tudo que não é feito, que não lhe é elevado. Toda essa porcaria rançosa que amarra a boca que sente necessidade de vomitar. Vomitar a raiva, o asco, o perecível. Todo esse cuidado inexistente que falha nas madrugadas em que o portão fica aberto. Essa falta de compromisso e comprometimento, como se ambos tivessem morrido junto com aquela matéria nata de 'homem da casa'. Nada mais restou. E o que somos nós diante da morte.. Sentiria eu fome ou necessidade de ajuda? Pra quem pedir. Os almoços não vem, os cuidados não vem, os favores são delegados e não feitos, as conversas não são claras. E a idiota vem. Fica. Faz. E tenta, sempre tenta. O 'homem da casa não vem' Ta tudo morto. Putrefado.