quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A minha covardia me enoja.
Lind chora sem parar, desde a ultima vez que se deparou de fronte com o lado que ela mais odeia nela mesma. Ela se vê sozinha quase o tempo todo e então ela percebe o quão dispensável ela é, o quão desconhecida ela é e, não que isso a chateie, lind adora ser anônima, mas, o fato de ser tão pouco conhecida pelos que convivem com ela, a deixa sem chão, por vezes. Lind tem se sentido tão suja ultimamente, tão asquerosa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


No apogeu do meu egoísmo, eu me abstenho de tudo, pego meus fragmentos, e vou embora.

realidade "sonhada"



Dessa vez não era sonho, a madrugada do meu sono foi abruptamente interrompida pelo alto tom de voz que ecoava na casa jás vazia e, entrava no meu quarto pela fresta grotesca que há entre o piso e a minha porta. Eram exatas oito horas, quando o primeiro palavrão me acordou e eu não pude mais dormir. Odeio essas palavras de baixo escalão que eu tanto ouvi e, ainda ouço, direcionadas ou não, a minha pessoa. Não suporto perceber a complacência e o silêncio dela que assolam o ambiente de tal forma que sufoca, não consigo respirar. Todos os dias eu quero que isso seja só um sonho ruim, mas, como num delírio mudo, é tão real e doloroso. Ainda sinto o farfalhar daquelas palavras dentro dos meus ouvidos, dançando nos meus tímpanos e acabando com minha falsa paz. Todos os dias travo uma nova batalha, na guerrilha que há dentro da minha cabeça, dentro da minha casa, tentando por meio diversos, exterminar os meus inimigos, acabar com essa guerra que ja dura vinte anos. Não tenho mais forças para lutar, mas, continuo arduamente, não aceito a derrota, quando um dos meus homens morre todos os dias, gradativamente, sendo dolorosamente massacrado pelas armas invisíveis do inimigo que deveria ser nosso aliado. Eu acabara de perder uma batalha, e eu vi a minha melhor soldado ser fuzilada bem na minha frente, mas, eu nada pude fazer, nada, além de chorar e não dormir mais.

O que fazer, quando percebe que não é capaz de fazer nada? Quando aquela que você mais ama e deseja bom, está travando uma luta armada,contra ela e ela mesma?
Sinto uma incapacidade massacrante. Não consigo cuidar de quem gostaria, nem fazer com que algo seja diferente em suas vidas, pelo contrario, eu sou aquela que muito quer e nada consegue, observando de perto a queda dos meus personagens preferidos. Dói tanto essa impotência absurda, essa incapacidade tão visível. Gostaria de pedir perdão a aquela que tanto fez por mim e eu nada fiz por ela. mas, de que adianta? eu seria imediatamente perdoada, só que isso não tiraria de mim o peso da inutilidade, não faria de mim alguém mais capaz e menos inoperante.
Queria conseguir escrever romances, ou melhor, queria ter talento para não somente, me importar.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

"Loucura, penso eu, é um extremo de lucidez..."

já dizia um velho sábio.

"Deixar apodrecer a vida..."


Nas palmas das minhas mãos eu vejo as linhas da minha vida, sinuosas, dançantes, que a cada movimento tornan-se mais aparente, exibidas ou mais reclusas. Curtas, as linhas da minha vida, e a cada fumaça que a minha boca solta,me vem o pensamento latente e articulado, de como a vida escorre por entre os meus dedos, a cada manhã que chega, a cada suspiro que dou. Transcorre a minha vida, e vou perdendo o meu viver, além de uma existência maciça, ficam as linhas frágeis, quase apagadas, assim como a penumbra da minha existencia, como o odor do meu viver que existe na minha mente, entre um drink de água com limão, e outro. Passo horas sentada naquela cadeira branca, enquanto a vida passa e minhas mãos se movimentam involuntariamente, sem que eu premedite, observo uma vida que vai para fora da porta de casa e lambe os cabelos dos passantes, enquando o sorriso de gozo toma conta de rostos que não só existem, mas plenamente, abundantemente, transbordam a vida que lhes sorri serena. Eu aqui, sentada nessa cadeira, esperando um sopro de algo, qual o que, vem me salvar. Me pergunto quando é que essas linhas irão em fim se apagar, se vão se apagar, até que ponto a claridade do sol que bate nelas, cegará meus olhos desnudos de um sorrir sereno, uns risos seus.
A vida é tão frágil, mas tão dolorosamente insistente.
ou não.

Eu me esqueci de te esquecer.


Me esqueci de escrever e falar palavras bem elaboradas e confeitadas de amor. Me esqueci de dizer coisas que quis, mas que no fim, ficaram para depois. Me esqueci de correr mundos, nessa geografia louca que nos separa, para que enfim, no fim, eu a encontrasse pulsando pelo encontro ja tão esperado. Deixei que os medos tomassem conta e por vezes me senti incapaz de sentir com a intensidade de um apaixonado. Os ponteiros do relógio caminham lentamente, enquanto a chuva despenca a água ácidulada e,eu me esqueci de muitas coisas, essas mesmas que, na lenditão dos ponteiros, nos dias de chuva, eu me recordo claramente. As mesmas horas que passam tão rápidas e rasteiras, enquanto eu tento acompanhar os seus passos esquivos, num dia de sol amarelo e quente, exatamente como você gosta e eu detesto, exato momento, o qual eu aceitaria ser um raio desse mesmo sol, para que não mais veja as horas, e te perca por entre os ponteiros alucinados, mas, que assim, como o amarelo que te toca, eu te tocar também, de leve, sua pele é branca e sensível, não quero queima-la, pelo contraio, quero te expor ao calor que aquece o inverno da nossa distância. E eu deixei de dizer, que contigo eu me lembro do que é ecenssial para um dia de frio, de chuva e calor, a intensidade. Intensidade essa, que me faz suportar e quase definhar, na amargura do outuno que me visita todas as manhã quando acordo, e não enxergo meu verão ao lado. Intensidade que faz o inverno me causar hipotermia, na geada que invade dias maus. Intensidade da chuva que cai no deserto do nosso vazio.
Então, quando me levanto da cama e me prepraro para mais um dia cinza, depois de sentir o beijo frio do meu despertador, penso logo, com um sorriso de esperança, que o verão logo chegará, o cinza vai passar e contigo eu vou estar. Eu não escrevo o tanto que eu sinto, eu não sinto o tanto que digo, eu apenas sinto com a intensidade de todos as estações do ano, com o rítimo do meu piscar de olhos e com a frequencia da minha respiração. E embora eu tenha me esquecido de colocar no lembrete amarelo, da nossa geladeira grafite, eu não esqueço de pensar todos os minutos, que é são seus, os lembretes na geladeira, nos dias em que você está viajando, e que quando regrassar, talvez a geladeira não esteja coberta de papéis amarelos, mas meu coração vai estar transbordando calor, em cada "eu te amo" que incansávelmente não digo, mas, que permanentemente penso.

sábado, 3 de outubro de 2009

lind não quis ouvir os avisos que sua própria intuição dava a ela, decidiu seguir em frente, decidiu decidir continuar e esquecer um começo ruim. Mas, hoje, lind me confessou que deveria ter me ouvido, eu que tantas vezes tentei alerta-la. Digo a ela que: o arrependimento talvez seja uma dor que nunca passe, mas, é esquecida.
"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios." C.F.A

Tudo passa. [2]


Enquanto lia as palavras escritas, lind pensava o que estára fazendo alí, se expondo a dor e sofrimento, e pra que, por que?

A cada lácrima derramada um suspiro de vida me escapa, mas, o que somos, se não queda e superação. Agora, sentada de fronte para janela, vejo minha vida esvaindo-se um pouco mais. Lá fora a vida corre, aqui dentro eu morro aos poucos, lenta e compassadamente, como se fosse a única forma de sobrevivência que conheço. Me pergunto se as vozes são capazes de entender meu silêncio, mas, logo chego a resposta frivola, que na voz do mundo, meu silêncio não encontra muito espaço. Um pouco confusa, as emoções ainda a flor da péle, mas, com a certeza plena de que vai passar. Não há dor que perdure por uma vida inteira, o tempo se encarrega de tirar do centro das atenções, a mesma, e colocar novos pontos. Nos dias de sol eu ainda vou sentir agudo a dor da ferida que me foi aberta.

"Enterrado já está, agora é só esperar morrer."

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"E para que não doesse demais quando não era capaz de, apenas esperando, evitar o insuportável, fazia a si próprio perguntas como: se a vida é um circo, serei eu o palhaço?" C.F.A

Garden

Just me disse que na próxima esquina teria uma floricultura muito linda, a mais linda da cidade, precisando de alguém para cuidar, então caminhei, mas, quando cheguei no endereço que me fora passado, encontrei um jardim lindo, porém, abandonado.
Foi quando decidi tirar as ervas daninhas e molhar os lírios, quem sabe assim, a população não passa a frequentar e ter vontade de cuidar do lugar. Erva daninha espanta olhares, mas lírios são tão apreciados. Com dó das ervas daninhas, decidi desde então, planta-las no meu jardim e cuidar, assim, uma atrai a outra e com elas, eu aprendi valorizar o que é simples e não muito atrativo a olhos nús.

Não faz parte do meu show.

Se é verdade que o amor cura tudo e nos dá alegria de viver, então chego aconclusão de que o amor inexiste na minha vida.

Mais fragmentos de nada

Sentada nessa cadeira branca, de novo. Hoje me arrumei tanto, algo na minha cabeça dizia que seria diferente, que eu iria em algum lugar, ainda que só no meu imaginário. Mas, estou aqui, sentada, arrumada, esperando a utopia chegar. E no entanto, cadê?
Estive sentada durante tantos dias, pensando tantas coisas e hoje eu só sei me calar. Perdia a vontade de falar, de discutir, de indagar. Fiquei reparando no tempo lá fora, o sol quente, a suposta "vida" correndo e a maioria indo atrás. Agora me pergunto: deveria eu, fazer o mesmo, deveria eu, me expor ao sol, ou permanecer aqui sentada, esperando que algo, alguém, sopre um sopro de vida? Li uma letra que, em determinado trecho, dizia: "eu prefiro trabalhar por um salário, do que esperar ganhar na mega cena" Com o dispertador frio que me acorda, o céu cinza que eu enxergo quase sempe, e a vida não vivida que tenho levado, eu chego a conclusão de que quero muito trabalhar por um salário, mas não consigo, a vontade que faz ir além, não vem. Eu não tenho tido metas nem seguimento de nada, a dura e fria realidade do nada.

Odeio xixi.

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, maluca que sou, acordei no dia em que o xixi chegou. -Q
Tic tac, a bexiga da sinal de vida no meio de um sonho ótimo, embora tenha começado no show do fresno. O.O eu não sou emoxere, só para constar. Mas enfim, o sonho começou ruim e terminou pior ainda, mas,o que foi aquele meio... ai ai, eu ainda quis voltar e parar naquele meio de sonho, até o ponto em que minha bexiga da sinal de vida, no sonho e acaba com o meio bom de um sonho esquisito. Não sei, mas, até em sonho tem sido difícil, viu. Decreto o fim da bexiga, do copo de água depois das 22 horas. E tenho dito !