quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A moça do olhar triste.


Aquele clima de simpatia e risos no ar. Eu não sabia bem como agir, eu não sabia o que falar, eu não queria falar, tão pouco sorrir, fingir ser algo que naquele momento eu não estava conseguindo ser, talvez que eu não seja, realmente não. Mas ela entrou porta a dentro, e naquele momento eu percebi que não estava sózinha, mesmo no meio de todas aquelas pessoas, como costumo me sentir. Naquele momento eu vi, eu percebi alguém que falava com a mal, eu pude escutar o silêncio dela, eu ouvi as lágrimas caindo dentro do peito dela. Aquele olhar longínquo, o sorriso tão comedido, se falou muito, foram a penas duas palavras, mas eu ouvi tanto eu percebi tanto, só em olhar pra ela, e sei que ela tbm me percebeu nos momentos que me olhou também. Aquela face lânguida, os olhos baixos, talves eu esteja engana, mas eu senti que toda aquela educação, ponderação que ela demonstrava era a penas um disfarce do sofrimento, ela assim como eu, gritava por dentro e não sentia vontade de estar ali, estava por obrigação, devoção. E quatro horas depois, quando ela me olhou pla ultima vez, eu escutei o silêncio dela, e ele dizia: não seja o que querem, seja você. Vai-te embora, porque você, diferente de mim, tem o privilégio da escolha. E ela sorrio.
Como uma sombra no escuro eu fiquei, ela saiu e ali eu fiquei, procurando no ar algo pra me tirar um suspiro, a coragem. Então eu levantei e sai.