sexta-feira, 17 de julho de 2009

" Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira." [C.M]

Eu não moro mais em mim.

Estou perdendo a capacidade de me expressar através das letras.. e o que vai sobrar(?)
o que fica de mim? Não sei fazer de outra forma, e estou desaprendendo antes mesmo de aprender, como colocar nas letras, pensamentos sentidos. Eu não moro mais em mim.

"Não consegui. Do grande esforço através dos doze meses, doze signos, doze faces, só guardo essa certeza. Que tonta travessia. Tudo bem, descansa. Faz parte não conseguir." [c.f.a]

"dezenove formas de "esconder" a covardia"


Uma das piores coisas que existe, é dar de cara, de fronte com a sua fraqueza, com a incapacidade própria... Sim, eu passei meses, anos, falando e desejando uma coisa, todas as vezes que tive a oportunidade de realizar, eu dizia "mas agora não dá" "eles precisam de mim" "eu não tenho como, não é tão simples assim" hoje, mais do que nunca, percebo que sou eu, quem coloca impecilios, quem dá pequenas desculpas, por querer estar perto, por achar que vou conseguir resolver alguma coisa. Triste ilusão. A covardia é minha, a dependencia também. Não sou capaz de fazer aquilo que desejo, por pura covardia, dependência, que tem me afundado cada dia mais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

sucinto tempo de amar (?)


"Dos medos que eu nunca tive, alguns ainda guardo, talvez os silêncie sempre com sorrisos e talvez os deixem escapar no escuro
junto com algumas gotas tranparentes e salinas que escorrem pelo meu rosto. Essas mesmas que deixo ir junto com a chuva que bate na janela agora e mescla as nuvens carregadas com o colorido dos guarda-chuvas rua á fora.
Quando sento por aqui e vejo o ponteiro do relógio correr, penso que quase sempre, pensar muito faz mal, e que pensar pouco,
vai te matando devargazinho...
Sobre todas as imagens existe uma a qual não me esqueço, daquela que com a pele branca e com toque de veludo, ainda lembro. Daquela que com os labíos quentes toca e queima e leva e trás, mas não permanece nem se vai de um todo. Daquela que trás tranquilo pra sempre estar aos nervos e o colorido para o monocromatico, mas quase sempre me deixa em paz e que corre igual aos ponteiros do relógio(...)"

quinta-feira, 9 de julho de 2009

...porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém(...)"


- Sabe flor, só gostaria que soubesse que eu não sei pra onde vou, nem como tudo vai ficar, mas eu sei que eu quero estar perto de ti. Engraçado, criei uma espécie de dependência, como se meu mundo sem você, não fizesse muito sentido, sei que eu não fui uma perfeição como amiga, e por vezes fiz chorar, quem não devia. Mas eu não quero pagar pelos meus pecados, perdendo aquilo que eu tenho de melhor. Tenho medo que me seja cobrado dessa forma, perdendo aquilo, aquele, que eu mais temo perder. Quando olho para trás, vejo um passado cheio de manchas, de lacunas, mas quando olho para o lado e te enxergo, eu me sinto tão bem. Sei que errei muito, durante toda uma vida que ainda não existe a muito tempo, mas sei melhor ainda, que contigo eu não pretendo errar muito, pura e simplesmente porque o meu amor por você, excede todo entendimento. Sem medo de dizer que eu amo e preciso, sem medo de expor toda e qualquer coisa. Só porque tu tens a cura para todo mal, na sua companhia. E eu sou meio assim desse jeito sem definição imutável, e tu é, totalmente assim, desse jeito, uma luz na escuridão.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Era verdade. Ou quase (...)

Passaram-se dois anos, desde a ultiam vez que ela esteve sentada naquele banco sem encosto, numa tarde cinzenta. Naquela época tudo parecia tão mais fácil, simples, quiçá, seja pelo fato de que estava mais crédula, com relação a tudo, pelo fato de acreditar que tinha algo, alguém, alguma coisa. Ora, ora... quem é que em algum momento de sua vida, não parou e se percebeu num presente bom, e em dado momento, respirou aliviado. -Eu ja. Eu ja vivi dias onde tudo ao meu redor, parecia mais simples, bonito, colorido. Durou tão pouco, algumas horas, até onde sou capaz de me lembrar. Ela estava lá, sentada naquele banco, naquele dia cinzento, respirando com facilidade, mas seus olhos não sorriam, sua boca não falava. -E o que se deve fazer, quando tudo parece tão complicado, quando os olhos não expressam nada, além de um vazio interno? Ta tudo tão confuso...
Hoje eu ouvi "não adianta estar num show no meio de 100 amigos, se seu interior não está bom, se tu está só dentro de ti, vai se sentir só mesmo no meio dessas 100 pessoas" Me deparo refletindo sobre... tenho me sentido tão só, não adianta, não há aquilo que supra o vazio que eu sei que possuo, desde que tinha 13 anos de idade. Eu particularmente, gosto de dias cinzas, mas mais particularmente ainda, não gosto de viver sem cor alguma.

"Era frio...


Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração. Provavelmente competiam."[c.f.a]

Vivo em eterna conflitancia dentro de mim, uma parte quer muito, a outra acha que nada dará certo. Olho pra você e te vejo tão distante, seus interesses, suas preocupações, como se eu vivesse em marte e tu em plutão. Não vejo mais o colorido que eu via antes, não sei, mas algo esfriou, é um inverno constante dentro de mim e eu tento desesperadamente aquece-lo, mas é como se não tivesse como, alguma coisa aconteceu, não sei o que exatamente, só que desde então, faz frio, o o inverno dentro de mim, dura cada vez mais.
Gosto do jeito que me trata, mas não suporto o extremo de 'luxo ou lixo', as vezes penso que fiz a escolha errada, que estou me enforcando cada vez mais, e acredite, morrer enforcada nunca foi minha maior vontade. Vacilo vez ou outra, não sei como falar aquela chateação que é só minha, quando você pensa que está tudo uma maravilha. Fico me perguntando, o que exatamente me incomodou tanto hoje. Vejo uma futilidade que eu não gostaria para mim, mas o que eu posso dizer, se cada um tem um jeito próprio e a gente aceita e fica perto se quiser, caso contrario, distancia é uma opção muito válida. Tenho me sentido tão mal, como se eu quisesse demais, algo que não posso ter, uma "perfeição" que eu não possuo.
- Acho que eu estou em outro plano, entende? Como se eu não te entendesse, como se tu falasse russo e eu entendesse japonês. Só queria que isso acabasse logo, eu não quero me sentir assim, eu não quero te enxergar dessa forma.
Ta tudo tão difícil, o ceticismo ja esteve presente outras vezes, mas desde a ultima aparição, ele não quer mais ir embora, eu tento disfarça-lo, e as roupas cobertas de lantejolas, ajudam a deixa-lo mais bonito ao ponto d'eu até mesmo esquecer o que está por detrás do brilho. Óh minha querida, desculpa estar sendo tão cruel, mas acontece que eu não me vejo num mundo cor de rosa, nem nunca estive em um, e não quero, bem diferente de você. Será mesmo que estamos no caminho certo? ...
- Me desculpa se não é como você gostaria, mas eu estou dando o melhor de mim, para te ter do meu lado.

Silêncio[...]

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ta chovendo no seco do meu ser..

Caminhei durante 19 anos e no fim, meu destino de chegada era um absmo, cai. Não sei mais como sair, se devo, se quero, se posso.
"Alguma coisa explodiu. Partida em cacos. A partir de então, tudo ficou mais complicado. E mais real."

quinta-feira, 2 de julho de 2009

[C.F.A]

"Sim, tenho vontade de me jogar pela janela, mas nunca foi possível abri-la."

Veja bem, isso aqui não é uma espécie de pedido de desculpas, ou uma explicação por algo, é apenas uma exposição, na tentativa teimosa,de entrar em suas mentes, quiçá. Eu sei que sou muito distante e dou valor e importancia, para coisas que a maioria, talvez nem enxergue, eu sei que eu me fecho e que por conta disso, eu perco, creio que já falei de perda aqui. As pessoas se afastam, eu causo esse afastamento, (in)voluntariamente, eu acabo me fechando tanto, que elas passam a não me enxergar mais. Não, eu não estou querendo que tenham pena, que voltem ou que entendam, eu só gostaria de colocar aqui, que não é proposital, sei que o meu jeito não atrai e nem prende. Saibam, eu os vivo em mim.

Esquece, esquece.


Algo dentro dessa minha cabeça fundida em pensamentos vís,congela tudo, então imediatamente meu corpo responde aocomando e eu simplesmente prefiro ficar sentada, olhando uma tela de computador, a enfrentar gente real, que está alí, presente. Talvez eu creia que ao conversar olhando nos olhos, a pessoa adentrará pelo meu inter e então, tudo será revelado. Hoje eu passei uma hora de fronte para aquele médico, eu sei que ele me leu, eu o li. Sabe aquela expressão linda bem formulada que diz: 'os olhos são a janela da alma' eu acho que acredito nela, piamente.
- eu queria que vocês soubessem que eu gostaria tanto de ter pedido para que ficassem, quando falaram em ir embora, eu queria tanto poder conversar, e só conversar. Essa minha personalidade destrutiva, covarde, esse meu eu que pensa em muitas coisas em pouco tempo, e age pouquissimo, em muito tempo.
Quem sabe um dia, eu tenha coragem de abrir a minha boca e expor uma vontade que é minha. É,incrível como as vezes eu tenha essa dificuldade, para muitos, ridícula, de acabar no pensamento. Ação? - quase nula. Essa minha vontade tola, de só sentar e recostar a cabeça em algum lugar e para isso, esse, aquilo, aquele, falar o que vem a cabeça sem medo, sem medo, mas eu não consigo, é mais forte que eu.
Não entendo muito bem, não sei bem o porque, mas ta doendo. É, eu sinto, mas só de vez enquando.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Meu ser é de faca e não de flor..."

"Ela não é exatamente quem gostaria de ser, é mto daquiilo que pensa estar longe...Não é o retrato mais fiel da bondade, da sinceridade, da beleza e até msm da pureza, que sabe não pussir. Ela foge da efusão...em momentos diversos mistura sua fala descoordenada e sua raiva bem mal canalizada, faz daquele que é o retrato de um sonhador seu refugio sua força seu amor e desamor. Ela que em horas é a apessoa em simplicidade, em outras é o apogeu da complexidade. Ela que não sabe ser, mas sabe querer...é um poço de saudades, uma mistura de vontades, um livro entreaberto...
Andarilha não fotografável e talvez extremamente desvendavel. Tentando controlar a própria loucura,discretamente infeliz(...)"