terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sorria Emanuelle


Os galos cantavam enquanto os olhos ensaiavam o descanso amanhecido. Sentia o cansaço afagar-lhe as costas. A comunidade se movimentava de forma indireta enquanto recordava o gosto cítrico da partida, as cores do fim correndo suas veias tantas vezes violadas por sensações ainda desconhecidas. O sol se fez imperador, chegando com força de batalhões e pedante diante dos seus súditos. Não menos admirado. Desejado. Conquistador como poucos, Dom Juan fez-se aprendiz.
As últimas horas de verde e cheiro frio invadindo seus corpos.
As conversas como murmúrios rasteiros externavam aquela ansiedade tola de tantas idas e vindas. Despedidas de encontros desencontrados pela geografia, possibilitados pela liberdade daqueles que só querem sentir, sem fronteiras
...
A tarde veio agitando os ânimos, a distância começava a causar confusão em mentes expandidas, livres. a caminhada é para ser apreciada.
O pico mais alto, os barrancos mais apreciados, as vistas mais esperadas. Corriam águas verdes cristal por toda a extensão dos corpos presentes. Beijava-os o sol rei. A temperatura na pele, no espírito livre, na alma bonita. As energias invadindo cada morada ali presente. Os sorrisos. O som da água limpando tudo que chegava no caminho somente dela. Sons'
Sentiam a vida os invadir de forma visceral.
....
As notas musicais correram os tímpanos. Toda a sinestesia da troca, da soma. Do entorno.
Enfim vieram os primeiros abraços, os primeiros 'até breve' seja em qual tempo espaço. Breve.
Riram os dentes, acarinhado os espíritos de luz dessa e das próximas dimensões. Era o fim do novo colocando dentro deles a agitação certa do começo, dos encontros e reencontros. Recomeçaram. A expectativa, as certezas incertas dentro da matéria pungente de surpresas vivas e vividas que somos nós.