quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Game over.

Era ela. A mulher que ela tanto julgou. Tanto falou. No fundo eu sempre soube. No fundo a gente percebe mas não quer enxergar. A gente se faz de. Não consigo definir o que embarga minha voz, trava minha goela e deixa difícil respirar. Não é amor. Também não é ódio. Desgosto é o gosto podre que fica na boca depois daquela comida não quista. Sinto o meu ser em faca. Sou faca. Eu poderia acabar agora com a angústia pelas mentiras ditas, os planos frustrados e o respeito que eu dei e não recebi em troca. Eu poderia ser flor e ver tudo da janela. Não sou flor.
Eu sei da raiva que me consome em tripas retorcidas. Em traição da lealdade que nunca existiu.
Daqueles dias só o que me resta é o amargor por ter me permitido vivenciar toda essa podridão. Esse peso.
Não tenho mais idade pra extremismo mas eu quero deixar vivo em letras que não mais estarei. Não me cabe mais esse papel. Não me cabe mais essa exposição. Não me cabe mais no mesmo metro quadrado. .