quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lind quer crescer.

Sentada a tarde toda naquele banco, atrás daquele balcão bem arrumado e limpo. Ela pode constatar que tudo está em constante movimento, mudança, até mesmo aquela planta que fica decorando o canto uma vez vazio, do ambiente. Folhas caem, amarelam e logo nasce outra. Sempre assim, uma etrena e constante mudança, movimento, um girar mundo que não tem fim nem limites. É então que ela tem a certeza que de nada sabe, mas que ela também está em constante mudança e desenvolvimento.

Amizade é um amor que nunca morre.


Hoje eu percebi o quanto você ainda me dói e, não, hoje não é um dia de chuva, logo concluo que a sua presença está muito mais em mim do que eu possa imaginar, e imaginar que aqui tão pouco chove. Quisera eu, sentir só quando as gotas cristalinas caissem de um céu cinzento. De tudo o que eu perdi na minha vida,e acredite, eu ja perdi muito, escute bem, de tudo, você é o que mais me dói. Nem ao menos entendo como e quando aconteceu, talvez eu tente me convencer do porque, ou entender e enxergar um "porque" mas não consigo enxergar quando exatamente isso aconteceu, quando foi que você se pedeu de mim e permitiu que eu me perdesse de você. Pior do que perder amor, inocencia, coragem, liberdade, é perder uma amizade. Sabe por que?
Porque quando você tem uma amizade verdadeira, você encontra liberdade para falar, estar e sorrir, tudo isso, sem um pingo de medo. Você se ve encantado como uma criança inocente que se encanta com o girar do palito na máquina de fazer algodão doce. E é na amizade que você encontra um amor único, sim, um amor que nunca morre. Um amor corajoso, uma coragem para ser quem é você, sem medo de se "expor". Entre outros...
Então só por hoje, vindo aqui repetir a mesma idéia de muitas vezes, com palavras diferentes, eu digo que eu estou sentindo uma falta absurda do que eramos, daquela amizade.
Só por hoje, se eu pudesse, eu escolheria voltar a um tempo atrás e ter contigo, só mais uma vez.

Um café, bom papo e mera lembrança daquilo que não existe mais.


Chega a ser engraçado como as coisas são, como os sentimentos se manisfestão em nós. Vezes, de uma maneira tão abrupta e transparente, que nós até nos surpreendemos, achando que ele acabara de nascer, mas num pensamento errôneo, porque na verdade esse/esses sentimentos, ja existem em você, em mim, nela, a muito tempo.
Acordamos numa manhã de sábado ensolarado, tão bem e alegres, ja na manhã de domingo, tão melancólicos e murchos. Um dia levantamos nos sentindo a mais apaixonada das criaturas, no outro, não entendemos o porque de todo aquela paixão do dia anterior, ao ponto de nos fazer rir de nós mesmo. Um dia você deseja mais do que tudo, no outro tudo lhe parece tão indiferente, um dia você ama, no outro desgosta, e por ai vai, a inconstancia tão estranha e tão fundamental no ser humano.
Até que numa bela noite, você vai dormir sem muito pensar, e quando acorda, sente que deve expressar o seu respeito, carinho, amor, amizade e tudo quanto é sentimento, seja ele refreado ou pungente. Acorda com lágrimas nos olhos, querendo falar tudo que não falou até aquele presente momento, expressar tudo que não expressou, pedir perdão, se perdoar, abraçar, rir e pensar, numa utopia louca, que nunca vai perder aquela pessoa, que vai estar sempre ali, que ela ficará "para semente". Tão ilusório e tão quisto por tantos e tantos. Se deparar com a morte não dó, mas se deparar com a morte de quem amamos, nos rasga por dentro e, mesmo que tenha sido um sonho, um pensamento longincuo que passou pela nossa mente, ja nos faz querer as mil novecentas e cinquenta possibilidade criadas na nossa mente tão ilimitável, de dizer para aquela(as) pessoas, o quanto as amamos e o quanto desejamos te-las pra sempre, pensamos em várias formas de te-la para esse mesmo sempre, ignorando o fato de que um dia ela não vai estar mais. Morte não é só aquilo de umcorpo que não funciona mais, uma mente que não vai mais produzir, há vários tipos de morte, ja experimentei algumas delas... Morre uma amizade, morre um sentimento, morre um assunto, uma planta, uns pontos... Todas doem fundo, nos fazem pensar, sofrer e,não importa se pouco ou muito, de alguma ou todas as formas, sentimos.
Mas de todas, a morte carnal, aquela que leva a nossa matéria, é a mais doida, a mais temida a mais indesejada.
Não temo a minha morte, mas temo a morte dos que amo, porque os amo e não quero perder. Temo enlouquecer, até morrer, caso alguém se vá desse plano e me deixe aqui, 'alguém' que eu amo e prezo. Linhas sinuosas, nossa vida é feita de linhas lindas e sinuosas, mas uma hora ela se acaba, o novelo termina. O que fica?
Fica aquela base que o sustentava, uma base de historias, outros novelos, lembranças de que ali jas linhas tão belas e sinuosas, que com outros novelos, outras linhas, construiram um mundo próprio e nele, deixaram as melhores e as piores lembranças, recordações.
Me perco naquilo que penso, que sinto que vejo, me encontro em palavras misturadas, de um novelo que ainda possui metros de linha. Mas eu prefiro interromper a minha construção, o meu crochê, ao ver um novelo que eu amo, se acabar primeiro. Simplesmente, findar.
Morrer não dói, isso é fato, mas ver morrer, é absurdamente dilacerador, tétrico, fazendo com que o simples fato de que 'um dia vai acontecer' nos faça perder o controle e chorar por minutos tão longos, que mais parecem vidas.