terça-feira, 14 de outubro de 2014

amenidades


Dos almoços de domingo não me lembro. Dos momentos congelados para sempre em imagens não partilhei.
Quero aqueles dias de sol entre nuvens e muito léxico. Estou cansada de retóricas e joguinhos de sedução. Daqueles amores desesperados que com a força que chegam, também se afastam. Viram poeira até sumir por completo no ar de um dia qualquer.
Tenho necessidade de silêncios somados e dias de descanso a dois. Quero um chá bem quente mesmo  no verão, uns risos frouxos entre frase soltas e nosso estar dentro de um nada que nos torna mais completos. Aquele café no fim do expediente. Que não haja mais excessos e que no caos  vestido de calmaria eu possa repousar meus sonhos e iniciar metas. Quero um riso surpreso teu de quem não espera mas se agrada. E que no quintal na minha morada você plante suas flores e colha sua paz. Um amor de fim de tarde onde tudo é mais brando e muito mais bonito. Rede, chá, café, bolo. 'Você e sua sinceridade, o resto a gente decide amanhã no café da manhã'