segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Me pergunto: Por que você ainda ensiste em fazer sentido?

.. E o que fica é esse gosto agridoce, de solidão entrando e tomando conta de todo o meu ser, como se nada mais existisse, como se nada mais fizesse sentido suficiête. Essa amplitude do nada, do vazio, no inerte, abrangendo meu quarto, a minha sala e concentrando-se todo na pequena matéria que sou eu. Apendi mais um coisa de gente grande. Quando nada parece fazer sentido, tudo se torna dispensável.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

"- A sua vida estava funcionando quando deixou escapar pelos seus dedos?
- Quando vai parar de sugerir que eu sou suicida?
- Quando começar a agir como alguém que quer estar viva.
- Eu não sou suicida e se leu isso na minha ficha, está completamente errado.
- Não. O que aconteceu ano passado quando você caiu na água?
- Eu me afoguei, acha que fiz aquilo por diversão?
- Sabe as pessoas fogem da linha entre a morte a vida. Mas você parece ficar no meio esperando bater um vento para te jogar de um lado ou do outro. Você não cuida da sua vida. Não está cortando seus pulsos, mas é descuidada. Provavelmente porque sua mãe disse que você era um desperdicio de espaço na Terra e o problema é que você acreditou nela. Se não cuidar, um dia desses vai morrer por causa disso.
- Dê a minha ficha. Agora! E nunca mais fale de minha mãe da novo."

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ser ou Não ser?

...além de tudo, lind sempre teve que ser a garota perfeita, com condulta perfeita; aluna, filha, neta, sobrinha, ser humano. Perfeita. Uma menina perfeita não sofre abusos, nem reclama, nem tem vóz ativa para nada, ela simplesmente abaixa a cabeça, se cala, aceita o que lhe é imposto e segue sendo uma garota perfeita. Não. Não acredite nisso, não seja perfeito, ser perfeito não é o melhor a se fazer, e nunca, mesmo que queira, serás perfeito para todos, sempre, em algum momento algo fugirá do seu controle. Perfeição é uma mentira, um disfarce enganoso que só causa conflitos e frustrações, frustração por não ser quem ditam que deve ser, por não fazer como tem que ser, por ter tirado uma nota ruim ou falar algo que não lhe foi permitido. É não poder se expressar, se sua opinião for contraria e aceitar que lhe firam, sem poder chorar, porque, perfeitos não choram, eles se adaptam, não poder ser espontâneo, porque espontâneos hora ou outra cometem gafes, é não sorrir se alguém achar que isso é indevido para o momento ou local, é não ter expressão ou sentimentos. Perfeitos não fazem barraco na rua, não bebem muito e falam pelos cotovelos, não choram na frente dos outros, não se indignam, stressam, não vivem suas emoções como gostariam, são condicionados a viver como "deve" ser. Não, não seja perfeito. Ser perfeita fez lind se calar, aceitar e se adaptar, mentir estar adaptada e concordar com aquilo que não concordava, gostava, queria. Então, ser perfeito não existe, existe uma imposição; uma frustração, porque em algum momento ela vem a tona e dói. Se para você, perfeição é agradar tudo e todos, saiba que, em algum momento você vai se ver desagradando, ainda que não aos outros, mas, a você mesmo, isso lhe doerá, porque, frustração machuca e causa dor, sentir-se incapaz e inadequado mata a auto-estima, no fim o que fica são feridas na alma por não ter sido, conseguido que era esperado de você, que lhe impuseram que deveria ser e fazer.


Ser imperfeito não é feio, não denigre e depressia. Ser imperfeito é humano. Imperfeitos erram, com erros podemos aprender ainda mais que com acertos, aprender hoje para acertar amanhã. Imperfeitos cometem gafes, brigam, se alegram sem medo de parecerem bebos, falam, e falam mais um pouco, sem medo de estar sendo reparado, inconveniênte. É ir além dos pontos, das virgulas, é fazer sem medo que de errado, é expressar sem medo de ser reprovado. Imperferção é bonita, é carne e osso, é sentimento, é explosão, manifestação máxima do que é pensado, sentido, é a expressão real e corajosa, num gesto silêncioso ou não, de humanidade.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

na amplitude do tudo, me focando no ponto central.

4:07 am, Lindoméia alí sentada após quatro horas se sono mal dormido. No vazio de uma noite insone, ela percebe que sua existência e bem estar depende de tantos mais, mais exclusivamente dela, claro. Mais um ano se inicia e lind na condição mordaz de alguém que inoperante tenta loucamente melhorar tudo aquilo, dentro, fora, além.
Saiu para fora e sentou-se naquela cadeira de fios verdes claros, confortável, bem feita. A chuva temperava o chão de cimento batido, pintado ironicamente de cinza.Um vai e vem de pensamentos soltos. Decide pegar um guarda chuva e sair por ai madrugada a dentro, visando relaxar, espairecer, passar o seu tempo quase-inerte. Aquela angustia no peito, aquele estranho sentimento de estar fora de seu lugar, como uma estrangeira tanto tempo no mesmo país, cidade, mas reconhecendo em cada canteiro, esquina, arvoredo, a falta, a ausencia de conhecimento do mesmo.
Acende um cigarro, a rua tão deserta e escura, os pouquissimos passantes, na certa angustiados seres pela madrugada ou festeiros-felizes-freneticos, não iriam reparar seu pijama velho, o casaco que fora da avó o cigarro entre os dedos, contradizendo o que ela sempre diz sobre a dependência. Quanto mais rápido caminhava, mais tinha vontade de correr, como se tivesse fugindo de seus pensamentos, sentimentos, vida, corria com a esperança de algo passar pelo seu corpo e arrancar aquela angustia vivida, aquele comodismo indecente, preencher aquele vazio com adrenalina. O vento no rosto, os cabelos voando. Para onde estou indo. Se perguntou. Num rompante de lucidez, diminui os passos, os pensamentos a alcansaram. Então o dia começa a aparecer, a chuva começa a se condensar, virar neblina, no meio do dia que quer se mostrar. Os meus pais estão decepcionados comigo, lind pensa ao fazer o cruzamento mais próximo. Minha mãe sempre distante, meu pai sempre calado, eu fingindo dormir, deitada naquela cama dura, mentindo para eles e para mim mesma, querendo que o dia corra, que os pensamentos não se acheguem, que a vida passe ligeira e me carregue com ela até onde ela termina, fria no fim de um nada, no começo de outro. Já na rua de sua casa, lind decide, então, que aquele será um dia diferente, ela tentará resolver o que é mais urgente, encaminhar o que é preciso e acelerar o que está um tanto quanto parado. Entra em casa. Elabora uma resposta para quando sua mãe perguntar se ela anda deprimida ou gripada ou consumindo maconha.
- Não mãe, eu não ando deprimida nem consumindo maconha, maconha não me dá liga, não me tira da realidade fria, maconha nem sequer me retarda e faz rir. Eu uso mesmo é psicotrópicos com café preto e cigarros Free, mas, os cigarros só enquanto você desce para lavanderia.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Descobri que estar sozinho não significa estar só.

E é na ausencia que constatamos o real valor de uma pessoa para nós, a real importência. Sentir saudade nos possibilita entender e perceber o quão desejada e necessária aquela pessoa é. Fazer planos, querer perto, descobrir o amor já existente e, na ausência da saudade perceber que não há amor, quando se pensou haver. Ausência, tráz saudade, saudade tráz confirmações. Não sentir saudade é uma também. Eu, eu não sinto.

é um querer não fazendo questão, quiçá.

Não saber o que fazer me dói um pouco todos os dias. Ou melhor, saber o que fazer, mas, não ter ânimo, forças, vontade, querer para fazer, concretizar, seguir em frente, tornar concreto, real. Gostaria de saber o porque dessa minha dificuldade tão visível de não conseguir seguir um objetivo, ter e cumprir uma meta. Não, a quatão não é que eu não faça por preguiça ou falta de sabedoria, é algo mais profundo, mais lá dentro, no fundo-do-fundo-de-algo-que-possuo-aqui-dentro. Um querer não querer querendo, não fazendo questão. E isso se da desde os meus tempos de pré-escola. Uma ausência de cor, de sabor. Judô, gaita, diversos tipos de dança, desenho. Nada, em nada eu fui até o fim, parece que algo vem e tira de mim a vontade o prazer, o querer seguir. Até que me vejo inoperante, entregue ao 'não-concluido', mais uma e outra e outra vez. Um gosto de derrota, fracasso. Não sei bem como definir, é como se me fosse roubada a vontade a capacidade de seguir, é isso. Não sinto mais que posso ou devo continuar. Paro. Sento e observo. O tempo vai correndo, os dias voando e meses chegam numa velocidade récorde, transbordam anos e eu alí, sentada, inerte. Tudo vai passando e eu ficando, observando, remoendo o que deveria ser e não foi.
Levanto. Decido seguir, mais, logo alí na frente sinto que devo sentar novamente. E quem foi que disse que eu não gostaria de não sentar?
Não, meu bem, não é comodismo ou falta de vergonha na cara. Simplesmente, de uma hora para outra, de um jeito ou de outro, tudo perde o sentido, o viço, nada mais me interessa.
Ou não.
Não sei, não sei, tudo me parece tão confuso agora, minha mente não quer alinhar-se.

- Não é. - É!

Pegou o maço de cigarros escondido na lata de xuxas dela, ligou o som, apertou o play, a música a distrai, caminhou até a janela a abriu. Acendeu o primeiro cigarro e o levou a boca, pensando que estava a um passo de se viciar e não conseguir mais largar, mas, o que poderia ela fazer. O primeiro trago, lento, compassado e bem desfrutado, aquele gosto amargo não mais ruim na boca, já acostumara, os lábios ficando rapidamente gélidos. De fronte a ela só luzes pequeninas, de casas já repousando na escura noite quente, um coqueiro não muito viçoso, com aparencia murcha, mas, não menos verde, aparecido, mamoeiro com os frutos brotando, como brota um bebê da vulva de sua mãe no momento certo.
Tanto para observar naquela noite de verão. O cigarro queimando em fumaça dentro da boca e em cinzas entre os dedos. Ali estava ele com ela, não ao lado, ele nunca se atrevera a ficar tão perto assim, não depois daquela noite fatídica. Ela podia senti-lo, ouvi-lo, como sentia o cheiro de nicotina e outros muitos componentes de um cigarro, queimando, esfumaceando o seu redor. Um pouco atrás dela. Ele sempre estava um pouco atrás. Respirou fundo. - Não passa de uma ilusão, estou só, na solidão do meu aposento.
Fechou os olhos, mais uma tragada, essa para espantar aquela presença insistente e não desejada, de sua mente. - Por que não sou a folha de um mamoeiro? Bonita, com tempo de vida determinado e utilidade real. Tão calma, tão em paz, tão inocente.
- Ser folha é privilégio. Pensou ela, num devaneio efemero.
E ele alí, um pouco atrás dela, dessa vez não sentiu o medo de sempre, estava mais calma, mais pensativa, embora a presença ainda a incomodasse e o olhar a perturbasse, ela estava calma. Um barulho na massaneta da porta de seu quarto, um arrepio subiu-lhe pela coluna, alastrando-se por cada vertebra e veias e cada milimitro do seu corpo alí de pé, olhando atravéz das grades. - Não vou olhar. O medo se mostrou mais firme. - Por Deus, é só alguém mexendo na massaneta, na certa é meu irmão tentando entrar sem ser convidado. Tentou se convencer.
- Você acredita mesmo nisso? seu irmão?
- Não, no fundo eu sei que não é ele, alguém quer entrar, não quero que entre.
Recobrou o juízo. Pensou em olhar para trás, caminhar até a porta e abrir, mas, algo a impedia, não conseguia se mover daquele canto. Consumiu o que restava do cigarro de uma forma rápida e indilor. - Vou até a porta e a abrirei. Sentarei na cadeira e escutarei um som.
Passaram-se alguns minutos até que a coragem a impulsionasse a concretizar seus planos.
Nada, ninguém na porta, ninguém acordado, nenhuma sombra ou som. Sentou-se.
Ligou a música e permaneceu ouvindo aquela música que não lhe dizia nada, som longincuo, no meio do que ela escutava, ele a chamava, de alguma forma, por algum nome, de algum jeito. Ela não compreendia, ele não conseguia emitir sons claros. Então ela pois-se a escrever, sabendo que ele estava ali, sentado um pouco atrás dela, esperando ela o olhar, mas, a coragem ainda não a visitara. - Não posso estar ficando louca, nada existe alí, não tem ninguém sentado perto de mim!
- Tem, eu sei que tem, eu sinto, eu vejo, eu escuto, e ainda que não visse, não escutasse, eu o sinto, se eu sinto, existe, é real, está alí. Não consigo olhar para trás. Por que raios eu não consigo olhar para trás?! Sua mente gritou, ela calou. Permaneceu sentada esperando o dia chegar.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Dormir não me parece atrativo.

Insonia, cigarro, café e um bloco de notas bem branquinho. Não preciso de muito mais, nesse começo de manhã.
Pesos de todos os dias, minutos, horas, segundos, que eu tenho que parafrasear, se não, esse turbilhão de sentir e pensar, me consome e faz de mim o que bem quer.

Agora!


Me vem voraz, viva, avassaladora. Me prende na sua teia, me tira a vida por segundos e me devolve com o jeito que só você sabe fazer. Faça, aja, me mostre, me prove. Toma de mim a minha tristeza, joga na lata do lixo, me estende lânguida, no aconchego do seu corpo. Me da paz, cor e sentido, sorriso secreto, mesmo que só por algumas poucas horas.

Ta frio nessa manhã de domingo.

Todos os dias os mesmos olhares de reprovação quando encontram a minha face, as mesmas palavras, ditas repetidamente sobre o meu comportamento, sobre minha falta disso e daquilo, sobre meu cabelo curto, minhas roupas grandes, meu aparente desanimo. Nesse verão massante e desgostoso, me olha com olhos vermelhos, me golpeia com a faca afiada do seu despreso, me alimenta pouco com a atenção que um dia eu fiz questão. Me olha de fronte, não encara meus olhos, me golpeia por trás, na forma mais covarde, mais indigna e suja. Toda essa dor que me paraliza, esse medo que me impede, esse silenciar que me enlouquece. Choro por dentro, ao ver a soberba e tirania dentro dos cômodos dividos, da casa deles. Neusea, asco, meu estomago se revira numa revolta louca, ao perceber tudo que está aqui e além. Respiro fundo, fecho os olhos, entro para o cômodo que tomei para mim, me deito. Não seguro, vomito ao lado toda a dor, os silêncios, as palavras, os olhares de cima abaixo. Merda! Saio em busca de um pano. Aquele cheiro toma conta, o ambiente parece mais vivo, agora ele cheira a algo, a desgosto, a dor a estomago revirado, revoltado, numa quase-obrigação de expor algo, já que o resto do meu ser se cala.

Que seja, se me reduzir a estomago revoltado e me ver sangrar como um porco ao levar o primeiro golpe na jogular, te faz feliz, então me jogue no seu matadolro e faça de mim a sua legria, o seu gozo..

Chove la fora, chove aqui dentro.

-E quem é o maior culpado de tudo isso?
-Eu mesma.
-Por que?
-Porque eu me meti a besta, a querer existir, quando numa explosão de sentir, eu decidi correr para o óvulo dentro da barriga da minha mãe. Com isso, depois disso, a partir disso, eu só tenho colecionado destruição, desgostos, fracassos, perdas, frustração.
-Hmmm, me de licença, preciso me retirar minha cabeça dói e minhas tripas estão se revirando novamente.
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Que em 2010, você :

"Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com merda, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores..."
C.F.

"Se a realidade te alimenta com merda..."

Ouviu um farfalhar das folhas do seu caderno posto sobre a mesa de compensado caprichosamente embalada por fórmica branca. Aproximou-se . Estava aberto na folha verde, a cor sobre a qual escrevia os textos e trechos mais positivos, esperançosos, curvou-se um pouco mais para enxergar as letras, pequeninas letras de forma " penso com certeza que, se você andar sempre pelo caminho de pedras, não encontrará flores, por mais que deseje isso. Porém, se, decidir mudar de rota, fazer diferente e andar no caminho de lá, pode descobrir um jardim inteiro, colorido e alegre, a espera do seu olhar..."
sentou-se de fronte para aquele caderno, pois-se a ler, na procura incessante de encontrar algo mais, que fizesse dela um ser vivente, com algum credo e cor, como aquelas folhas de caderno, aquelas letras mal desenhadas. E antes que pudesse se dar conta, lá estava ela, tendo com ela mesma, um encontro de ciclos, sentimentos, épocas. Percebeu então, que um dia já fora alguém verde, amarelo, vermelho, roxo, azul. Começou a buscar na mente e naquelas folhas, o momento em que passára a enxergar tudo de forma mais incolor e sombreada. Buscando explicações, porque's, sinais. Não encontrou. Mas o sentimento de um dia ter sido diferente, sentido diferente e sorrido em suas palavras, permaneceu insistente dentro dela, dando espaço para pequenos pontos de luz, como se fossem os raios de sol entrando pela janela, mas, o dela tinha cores, sabores, não queimava nem cegava por instantes. Desde então ela se alimenta de lembranças coloridas, tentando sem intimidar-se, não lembrar mais do cinza que reside nela, com ela.

"Quase sorriu, julgando entender"

Sobre tudo, eu só posso dizer que:
Enquanto eu estive sentada naquela cadeira branca, um tanto velha, ressequida que fica na varanda larga da minha casa, eu pensei muito em você. Assim se sussederam os dias, viraram semanas, formaram-se meses, e hoje, eu só tenho a agradecer. Essa sua pele clara tão inocente, o seu sorriso de encanto, esse seu perfil bem desenhado, expressivo e sossegado. O que dizer da boca? aaah, essa boca de frutas vermelhas, esses olhos de esperança. És não somente o retrato fiel de uma beleza rara, mas a marca voráz de uma personalidade enchente. Digo enchente porque é avassaladora, forte, destrói barreiras e arrasta os medos para longe. Refrescante, necessária, envolvente, perspicaz. Você me tráz paz, refrigério e amor. Um encanto, uma canção, uma nota, uma letra, um livro completo. Você para mim. Humana, sincera e saborosa, minha luz, minha graça, meu amor. Inteligente, aldaciosa, enigmática, minha ilha da fantasia, realidade sonhada. Falar de você, encher linhas de adjetivos, palavras bonitas. E o que tudo isso diz? nada, diante do que eu sinto a tantos meses, do que tu me faz sentir todos os dias, quando sorri pra mim. Cumplicidade, respeito, lealdade. Um mar de emoções. Ah cada dia mais essencial, indispensável, companheira, confidente. Meu porto seguro.
Enquanto o sete caminha em nossa direção, eu vivo contigo o encanto do seis. Multiplico o amor por seis a cada dia que passa, te quero seis vezes bem, mais, a cada palavra trocada; somo seis vezes mais carinho a cada olhar que podemos trocar; diminuo em seis a quantidade de desentendimentos nossos, a distância, a cada gesto hostil; divido em seis o meu tempo e que em todos eles, nossos olhos se encontrem. Chego num resultado que, para mim é exato. Amor que é só seu. Amo seu jeito, sua doçura e suas caretas de chata. Sua sutileza, sua beleza, sua humildade. Sua voz, seu sorriso secreto, sua cantiga de ninar, seu beijinho de bom dia, seu abrigo. Amo tudo, aquele tudo que só você possui e que só nós compartilhamos. Agradeço por ser para mim; prefácio, desenvolvimento sem fim.