sexta-feira, 17 de julho de 2009

" Aprendi com a primavera; a deixar-me cortar e voltar sempre inteira." [C.M]

Eu não moro mais em mim.

Estou perdendo a capacidade de me expressar através das letras.. e o que vai sobrar(?)
o que fica de mim? Não sei fazer de outra forma, e estou desaprendendo antes mesmo de aprender, como colocar nas letras, pensamentos sentidos. Eu não moro mais em mim.

"Não consegui. Do grande esforço através dos doze meses, doze signos, doze faces, só guardo essa certeza. Que tonta travessia. Tudo bem, descansa. Faz parte não conseguir." [c.f.a]

"dezenove formas de "esconder" a covardia"


Uma das piores coisas que existe, é dar de cara, de fronte com a sua fraqueza, com a incapacidade própria... Sim, eu passei meses, anos, falando e desejando uma coisa, todas as vezes que tive a oportunidade de realizar, eu dizia "mas agora não dá" "eles precisam de mim" "eu não tenho como, não é tão simples assim" hoje, mais do que nunca, percebo que sou eu, quem coloca impecilios, quem dá pequenas desculpas, por querer estar perto, por achar que vou conseguir resolver alguma coisa. Triste ilusão. A covardia é minha, a dependencia também. Não sou capaz de fazer aquilo que desejo, por pura covardia, dependência, que tem me afundado cada dia mais.