segunda-feira, 30 de março de 2009

saudade da isa.

Eu to com saudade de tanta coisa, saudade daquilo que eu nem vivi ainda.
Mas tem uma saudade que ai, ta dificil de aguentar.
Quando ela retornar, ela vai escutar, escutar todas as minhas preocupações para com ela e responder todas as perguntas, rir comigo e me falar se está tomando os remédios ¬¬, quando ela retornar eu só quero que seja muito bem e feliz. Porque eu poderia escrever textos e mais textos falando da personalidade, da pessoa única, do que significa pra mim, mas nem de longe chegaria a ser suficiente ou próximo do que é ela.
Então eu só vou dizer que eu estou com saudade da minha amiga-irmã e que ela é simplesmente inexplicável, impossível de colocar em palavras.

amo tu, sumida.
Ta tudo escuro no vermelho do meu 'eu'.

Lind tem sentimentos -_-


Dúvidas no meu nada. O medo sempre vem a tona mesmo que não estejamos querendo ou o esperando. Nasce, brota, aparece medo de todos os lados, por motivos concretos e outros tão abstratos que quando se pára para pensar, chega a soar como lixo sonoro aos ouvidos.
É isso, o medo infundado que é como poluição sonora aos meus ouvidos, visual e mental.
Medo de magoar, medo de não ser, medo que seja, medo, medo, medo...
que droga de sentimento mais ruim e por muitas vezes, muito necessário. Embora eu pense,acredite que o meu acovarda, impede que venhamos a tentar, faz o que poderia ser, se tornar uma mera lembrança de que não foi no vão entre tempo, espaço. Penso também que por vezes é tão necessário para que não venhamos a meter os pés pelas mãos.
Contraditório? Talvez, mas é mais entendível que muito, pelo menos ao meu ver.
Não gosto do medo, no entanto, o considero de importante, por vezes.
Receio, reserva, talvez sejam esses os nomes.
E medo alegre? bom... é bom ser um tanto utópico, lúdico, vezenquando.

estalo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Reencontro.


Era uma tarde comu, com um clima comum, daqueles que não auteram em nada o seu sentir, e ela veio caminhando e parou na minha frente. Em seguida um longo abraço, alguns comentários e conversas durante mais ou menos duas horas, e como foi/é bom ve-la. É tão particularmente ótimo, quando podemos estar com amigos, com aqueles que significam muito, que fazem parte do nosso "mundo " interior. Todos os risos, as "fofocas" em dia, e como é bom o reencontro, depois de dias e dias.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Nostalgia, só isso!

Por um momento eu quis voltar a viver tudo que vivera a um tempo atrás.
Quis tanto dizer que te amo, mas tanto que chegou a doer... mas eu não o fiz, não devo
e não farei, pelo menos não como os romanticos costumam.
É tão perturbador pensar que algo ainda está presente aqui. Já comecei e terminei com alguns,
ja quis amar tanto, ja dei o primeiro passo para um novo começar tantas vezes e ainda assim você está aqui, ainda hoje eu tenho vontade de retomar, reviver o passado.
Minto! não é vontade de reviver o passado, é a vontade, implicita vontade de construir o novo,
ser algo partindo do zero. A diferença cruscial é que se trata de algo novo, com uma pessoa ja "velha" com o peso de uma certa história... Temos uma bagagem e não é fácil, simples, simplesmente abandona-la em qualquer rodovíaria, esquina.
O amor é tão grandiozamente desagradável por vezes que só sabe deixar dor e lagrimas nos pobre/ricos seres que amam. blá, que festival grandioso de asneiras num escrito só.

- Burra! burra! tens tudo pra caminhar sem olhar para trás e continua olhando.
- como pode deixar as emoções tomarem conta dessa forma, mesmo sabendo que não vai dar em nada, além de posts melancólicos e pseudo apaixonados em porcarias de blogs e flogs, aquelas merdas que vc usa para expor o minimo do que vc sente?
- Eu não sei, eu só o fiz. sim tens toda razão.

Easy to please ainda faz pensar. Estalos.

Fragmentos de perda.


É tão ruim, amargo e doloroso o sentimento de perda, perder. Eu tenho sentido e perdido desde que eu nasci, e a partir do momento que passei a me dar conta disso, não há picadeiro que me encante, nem pahaço que me alegre. Você nasce e perde o conforto do ultero de sua mãe, lhe roubado o escuro que tanto te agrada, tanto que quando aquela luz invado o ser, nem os olhos consegui abrir. Demorei, demoramos dias... Logo mais tarde me foi roubada a visão lúdica e utópica do mundo, onde todos "eram" bons, amigos e o bem comum estava acima de tudo. Me foi roubado o silencio, quando os gritos invadiram os cômodos de minha casa, logo em seguida os meus ouvidos e eles, os gritos, permaneceram dias e dias na minha mente, sem me deixar dormir. Perdi o silêncio. Logo em seguida me tiraram a liberdade, aquela que eu pensei que tinha, porque na verdade eu não tinha nada, e andar na escadaria do prédio, brincando já não era mais permitido, assim como falar "certas coisas" ou coisas "erradas", assim como expor, querer, insistir, ou rabiscar as paredes, bem naquela fase que a criança descobre as cores e passa a se sentir um verdadeiro artista, pintando tudo o que ve pela frente. Perdi minha liberdade. Mais tarde foi a minha inoscência, aaaah, essa foi a pior, quando algo te fere não só psicologicamente mas também fisicamente, você passa a ver tudo em tom cinza, e a graça de tudo se reduziu a metade. De todas as lágrimas derramadas, as dores sentidas, nada nem de longe chegou a ser tão doido e brutal, nada me fez sentir tanto. Sentir nojo, raiva, asco de mim mesma, culpa, vontade de morrer, de matar.Eu perdi o brilho dos olhos. Grando os grandes acham que podem te tirar além de liberdade, silêncio, alegria e palavras, você se sente oprimido, triste, um pó, grão de areia. Eu perdi a minha inocência e credo nas pessoas. Mais tarde eu perdi oportunidades, perdi olhares, perdi verdades... Fiquei só com o sentimento amargo, com os pensamentos em constante fervilhar e as palavras guardadas numa caixa que só eu tinha o poder de abrí-la.
Eu perdi a minha essência,não, eu não perdi minha essência e depois recuperei, eu simplesmente descobri que eu possuia uma. Todos possuem. Perdi o certo contentamento, aquilo que eu não sei o que é, mas que deixava eu pensar que era "completa" talvez essa tal coisa seja a cegueira intima. Quando fechamos os olhos para olhar pra dentro de nós mesmo, pra não vir a enxergar, descobrir o que é desagradável. Eu perdi, eu perdi, eu perdi... o colorido, a alegria de estar vivo, amor, fala, silêncio, paz... Perdi minha paz quando eu percebi o quão horrível algumas pessoas, acontecimentos e afins, podem ser.
E hoje, depois de uma grande história de perdas e mais perdas, com recuperação quase nula. Eu percebo que perdi não só um, mas vários alguéns, e esses ainda me doem. Doe muito nos dias de inverno.

Não deixar nunca que tirem algo de nós, ou por nós mesmos. Não fazer com que queiram se perder, porque é fato que todos eram, magoam e ninguém é perfeito, mas pode se evitar muitas coisas.

"- Percebi que você não tem saído muito.
- Eu realmente não tenho saído nada.
- E por que?
- Porque eu perdi a vontade de viver, fico só com o existir.
- Isso te mostra o que?
- Mostra que eu discorro.
- É?
- É."

Scientist, pela décima primeira vez, desde ontem e, eu nem ao menos sei o porque.


Pode demorar três horas e vinte e dois minutos, mas hora ou outra o sentimento vem, ou a falta dele. Pode demorar pra "cair a ficha" mas ninguém escapa de senti-la cair na hora que resolve. Eu não escapo, não escapei. Deve ser porque eu não gosto de chatear ninguém, deve ser por isso que eu sempre o faço. Eu ja disse tanto que não, não valho a pena, não mereço, não sou, não posso, não quero, não acredite. Mas quem é que me ouve? No final só fica um descontentamento mais que abrangente e enorme, que suga não só a mim, mas outros pro seu núcleo, fazendo com que nada faça sentido ou tenha um porque de ser.No final eu fico sentada naquele mesmo banco de praça, jaz sozinha.

e é tão urgente o que digo...


"Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal -, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas." [C.F.A]

só.

Vontade de fechar os olhos.
estalos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

é fato!


Estive constatando, se você não tem internet, você ainda tem o 'bloco de notas' do seu computador, é só sentar-se, abrí-lo e se deixar.

Blá blá blá!

Pensei também, logo em seguida, que a felicidade,está diretamente relacionada com a sua necessecidade naquete momento.
É feliz quem ganha uma aposta, apartir do momento que esse alguém deseja muitoganhar essa aposta.
e assim sucessivamente.
Por anosmeperguntei onde estava essa tal felicidade, e porque, porque eu não a sentia, por que eu não era feliz. Questionamentos, indagações, que todos, exatamente todos ja se fizeram ou vão fazer um dia. Foi então que, constatei quase por um acaso,no meio deum conversa casual e totalmente descompromissada, mas nunca, desinteressante que, a felicidade é sim, um sentimento que não perdura por muito tempo, de acordo com aquilo que você vive, deseja, anseia e busca. Totalmente clichê a frase "não existe felicidade plena e sim, momentos felizes." algo assim. Realmente, totalmente clichê, mas parando para pensar melhor, não só na frase, mas em tudo que tenho vivido até hoje, percebi que ela, a frase, é tão lindamente correta, verdadeira e real, que até me neguei a assumir essa veracidade num primeiro momento. Foi então que percebi que eu não posso e nem devo,me dizer uma possoa feliz, mas seria incorreto de igual, se não pior forma, se eu dissesse que sou triste. É fato que para alguém com problemas, é comum que ela se sinta infeliz na maiorparte do tempo. Pare para pensar, se você começou um dia com o pé esquedo, se na noite anterior você havia brigado com alguém querido, e ou perdido a oportunidade de fazer algo que muito desejava, é natural que se sinta um tanto chateado, infeliz. Acontece que é natural do ser humano, também, olhar para os problemas e esquecer de todo o resto que está a sua volta. Um pai depois de um dia estressante de trabalho, ele não chega em casa e diz pros seus filhos que os ama, ou abraça sua mulher falando carinhosamente com ela, é comum que ele adentre sua residencia, e em poucos minutos esteja gritando e descontando seu estresse todo em sua familia. Dificilmente ele se esquece dos problemas do trabalho, pra curtir o que é bom e está bem alí ao alcance dele. Assim é com muitos e muitos casos. E veja bem, eu ja estou fugindo do que gostaria de passar, e sinto até que, começo a divagar. A questão é, o ser humano sempre se atem naquilo que é ruim, e não, acredite, não é exagero. Se uma parede estiver com um ponto preto em seu centro, pra onde você vai deslocar sua maior atenção, pro ponto preto, ou pra todo aquele lindo, ofuscante e relusente, branco?
Sim, nós tendemos a colocar o que aconteceu de não tão bom assim no nosso dia, no foco, no centro de nossas atenções, deixando mesmo que inconscientemente, de perceber tanto do que poderia fazer bem, tanto do que fez bem e é bom, mas que com as emoções todas clicadas, voltadas ao que é mal, nem se quer percebemos o resto que estáa nossa volta, acontecendo, se manifestando.
Se o pai estrassado deixasse um pouco de lado os problemas, ele veria o leque de bons acontecimentos que se abre e se expoe bem na ponta do seu nariz, se o ser humano vivesse e desse valor nas pequeninas coisas, ele descobriria muitos mais motivos para sorrir do que para chorar, para falar, do que para se calar, para admirar do que para dispersar...
Agora voltando ao ponto de partida, sim, nossa felicidade, contentamento está diretamente ligada com o que desejamos, precisamos nesse ou naquele determinado momento. Aquele que está sem uma namorada, pode vir a se sentir infeliz por tal motivo, contentando-se e ficando feliz, quando finalmente encontra alguém para partilhar acontecimentos e voltar os melhores sentimentos. É assim com quem não come a alguns dias, ja parou para imaginar o quão feliz esse alguém se sente quando consegue se alimentar? É muita, tenho certeza. Sente-se feliz aquele que deseja dinheiro e consegue,ou até mesmo quem precisa muito ir ao banheiro e depois de um sufoco danado, encontra uma privada. Aquele que precisa de um emprego, a mais de dois anos desempregado e num determinado dia, consegue esse emprego, naquele momento, a felicidade dele será única, e transcederá para fora dele, contagiando quem está ao seu redor.
Felicidade, necessidade.
Se sente infeliz e chateado, aquele que deseja muito uma coisa e essa mesma não lhe consebida, conquistada, assegurada. Felicidade, diretamente relacionada, ligada com vontade, necessidade.
É evidente que se nós, seres que desejamos, queremos, almejamos, sonhamos, paracemos de desejar,não sentiríamos chateação e tristeza. Se você deseja muito uma viagem e não podefaze-la, vocêse sente mal, infeliz, se deseja muito uma roupa nova e não pode te-la, você se sente infeliz, se deseja um amigo e não tem, certamente se sentirá mal, infeliz. Pode-se constatar então, que, felicidade não está a penas diretamente ligada com necessidade, mas também, com vontade, desejo, querer. Buda disse "se o homem não desejasse, ele nunca se sentiria infeliz, incompleto, triste."
Foi então, que num momento de conversa descompromissada que eu pude perceber, que felicidade e necessidade, entre outros, estão tão diretamente ligadas, juntas e são inceparáveis.

Tenho andado tão cansada ultimamente.


Subindo a rua querendo descer, aquele cansaço estampado no rosto, o descontentamento tão evidente, a vida me sorriu muitas vezes, nas esquinas que cruzei entrei coisas boas, ruins... Tudo e nada.
Entro em casa pensando no meu melhor lugar, onde eu posso finalmente me refugiar de tudo, de todos, as vezes sinto a sombra do medo lá de fora, me rondando. Tenho medo de começar a ver o que não existe, ouvir quem ja se calou aqui dentro da minha mente. O fato é: eu ja cheguei a pensar que dentro da minha casa eu encontraria toda,mais toda a paz e aconchego que alguém pode ter em mente. Muito me enganei, eu tenho uma vida onde tudo eu possuo, onde nada me pertence. Seria ridículo culpar algumas pessoas, que não a mim mesma, jogar pros meus pais que brigam e se ofendem, toda a culpa pelo meu ser branco e preto que insiste em cair em meio ao vão, do tudo, do nada. Penso eu que os cômodos de minha casa não são os mais acolhedores, vozes me perseguem, mas o meu eu dentro de mim, me acolhe, me recepciona e eu me escondo nele, na tentaiva louca de fazer as vozes sessarem. É tão ruim não suportar brigas e ter por obrigação, aprender a lidar com elas, a presencia-las e nem ao menos poder fazer algo que mude tudo.
Estou cansada de mim, mas mais ainda, de tudo isso aqui. Vontade de sumir pra sempre.

Mais cansada ainda dessa repetição sem fim, dessa rotina de "exaustão"

Sim (F)


Começar. Difícil, não é? Mas quando penso em você, nem parece tanto assim. Daí, minha mente enche-se de coisas, e fico imaginando as diversas maneiras de dizer, de mostrar, de contar, mas todas me parecem tão pequenas. Pequenas, porque não sei qual seria sua maneira preferida. Como você quer? Pichado no muro, escrito em papel de pão, rabiscado numa folha de caderno, desenhado no ar? Ou você prefere falado baixinho no ouvido? Esse eu já pensei, mas a coragem não deixou. Ou melhor, a falta dela. Porque quando queremos dizer algo e não sabemos o outro lado, as cinco mil novecentas e sete possibilidades de dizer nos impedem de qualquer atitude possível. Dessas cinco mil e pouco, qual será a sua? Eu não sei. Nem imagino. Mas sei qual eu quero que seja. Será essa? A número dois. Conhece? É aquela que diz: eu também. Tantas pessoas dizem todos os dias e isso me enche de esperanças. Sabe o que é esperança? Está lado a lado com o esperar. Sabe o que é esperar? É o que faço todos os dias. Sim, eu espero. A Clarice Lispector falou sobre “o medo alegre de te esperar”. Eu sinto isso sempre. Senti hoje também. Você já percebeu, não percebeu? Não precisa ficar na dúvida. O medo alegre eu sinto em esperar por você.

"Estou indo te encontrar
Te dizer que eu sinto muito
Você não sabe quão adorável você é
Eu tive que encontrar você
Te dizer que eu preciso de você..."

quarta-feira, 18 de março de 2009

Perco. Só


O cansaço se instalo, alojou em mim e não quer mais sair.
De todos esses dias, eu só posso concluir que eu não sei nada, que eu deveria ter feito algo, e que eu perdi, e vou perdendo ao longo do tempo, tudo aquilo que eu gosto, que faz parte de mim.
"Vez enquando, tiro o telefone do gancho pra ver se a linha está cortada, não está."

"...Um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo." [Machado de Assis]

quarta-feira, 11 de março de 2009

Se o elo for forte, ele não se rompe.



"Então você vem, você me abraça, você me olha, você solta palavras formando frases. E eu sorrio e esqueço do meu mundo inter, particula."

Eu meu.

Aquieta-te não vês que seus pensamentos gritam como loucos, vais acordar toda a casa. Ja não basta eu, que não consigo dormir?!

*-*


"Não quero seduzir teu coração turista, não quero te vender o meu ponto de vista. Eu tive um sonho e há muito não sonhava, lembranças do futuro que a gente imaginava... Nem sempre foi assim, outro mundo é possível. Pode até ser o fim, mas será que é inevitável?
O tempo parou feito fotografia, amarelou tudo que não se movia. O tempo passou, claro que passaria... Como passam as vontades que voltam no outro dia.
Eu tive um sonho, o mesmo do outro dia: lembranças do futuro que a gente merecia.
Não vá dizer que eu estou ficando louco só por que não consigo odiar ninguém; do goleiro ao centroavante, do juiz ao presidente... eu não consigo odiar ninguém"

exceto a mim.
(Gessinger)

Só porque eu achei tão bonito.

Tô cansado!
to ápatica
to chateada, to sem graça, to monossilábica, to com saudade, to com medo, to , to, to e to...
Gostaria de não estar.

Acontece que uma palavra maldosa entranha de certa forma no nosso intimo, interior, que não adianta mil palavras bonitas virem logo depois, não adianta paparicação em demasia ou um certo cansaço de apontar e ferir. A palavra má ja foi dita, ja entranhou eu ja senti e toda vez que eu lembro, ela me dói, elas me doem.

Se isso é ser rancoroso. Tudo bem, eu sou só mais uma no meio de alguns.

Divagando - -


Sem nada a "dizer", ou talvez tanto que nem ao menos sei por onde começar, mesmas coisas de sempre, acréscimos tão bem elaborados e consumados. O problema está na indecisão, na falta dedecisões sólidas e bem consolidadas, onde se firma pensamentos, traça metas e as segue.
É ai que mora o problema, decidir de uma vez por todas levantar, sacodir a poeira e dar a volta por cima. Não olhar para trás querendo voltar, não se deixar levar por chantagens emocionais que funcionam tão bem, não deixar com que o medo ou a falta de vontade impeçam de ir além.
Nunca deixe de tentar por medo ou falta de animo, motivação, não importa, encontre uma motivação dentro de você, algo que te faça querer ir além, e acredite, você possui esse algo,só precisa descobri-lo, dosperta-lo, busca-lo e seguir, ir fazer aquilo que tem de ser feito, para o seu bem e o bem dos que estão a sua volta e te querem bem. Não pense que não deve olhar e se importar para o seu próprio bem estar, isso não é egoísmo, muito pelo contrario, é uma forma também, de ajudar aqueles que prezam por você. Então é hora do: 'levanta, sacode a poeira e da a volta por cima.' Seja, querer ser não é suficiente, busque ser, acredite que é e, seja!
Blá blá blá, quanto clichê e eu sei que você está cansado de ler e escutar isso, mas acredite, é verdade, é assim, de um jeito ou de outro, tem de partir de nós mesmo a mudança, a diferença, a vontade, o seguimento de uma linha, seja ela sinuosa, curva, reta, perpendicular, não importa, mais não fique parado no 0 não se contente com a inércia, não sente no ponto de partida, tenha pelo menos um ponto de partida, porque quando se tem um, também se tem uma noção da onde quer chegar, e se não sabe... como ja dizia um velho sábio: "se você não sabe para onde vai, qualquer caminho serve." Qualquer destino de chegada, mas vá, não fique ai parado, porque não ajudará em nada, não vai ser melhor e você vai se reparar com 20,30,60 anos, velho, sem ter feito aquilo que gostava, sem ter vivido nada, por medo, por falta disso ou daquilo que você mesmo tomou como verdade absoluta e tomou pra si.

sexta-feira, 6 de março de 2009

É amizade.


Acredito que amizade tem de vir acompanhada e muito mais muito bem recheada de respeito, confiança, bom seria se empatia também fizesse parte dos ingredientes.
Você ja se sentiu traído? - Ah, aposto que algumas vezes na sua vida, não é(?) mesmo que sua vida só tenha começado a 15, 16, 20 anos, em algum momento você sentiu o gostinho da traição, da falta de consideração, assim como sentiu também, claro, confiança no outro, respeito e até empatia, vindos bem temperados com carinho companherismo.
Bom seria se todos usassem desses pré-requisitos para consolidar suas amizades, fizessem deles requisitos fundamentais, sem os quais não seria possível manter uma proximidade.
Fico pensando então...se você tem isso com uma pessoa certamente ela é sua amiga e você amiga dela. Não que amizade seja só isso, ou que não exista outros tipos de amizades, de ser amigo. Mas esse tipo, onde conceitos são parecidos, compartilhados e debatidos, o respeito está presente a todo momento a confiança está acima de qualquer desconfiança e há sim, empatia. Aaaaah essa é a amizade da qual eu mais gosto. Talvez você também, ou talvez ainda não tenha descoberto um amigo assim, um alguém que lhe fizesse sentir assim, mais certamente, acredite que você vai encontrar e vai constatar que é a melhor coisa do mundo. Sim, é!



Amizade atende pelo nome 'Isabelle'.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Mi corazón desde entonces La llora diario.


E eu dispenso a sua frieza, a sua indiferença, e sua aciduidade.
e eu estou cansada das suas palavras mal polidas, da sua reprovação e até de toda essa sua falta de consideração.
E eu não vou mais aturar suas palavras ríspidas, seu jeito egocentrico e egoísta, sua falta de visão, essa porcaria toda de situação. De que adianta eu gostar e querer bem, se você não da valor naquilo que tem? Grande palhaçada, isso sim! Estou renunciando parte do meu viver, por você, e você ainda se junta para rir de mim.

Alí sentada a observar, ela escolhe o melhor dia, a hora e o lugar, aquele em que ela vai soltar deixar explodir toda a sua chateação e pra você expor toda aminha razão.

É de dar tristeza ficar aqui sentada observando essa insanidade toda fingindo ser sã e bem colocada, ver essas pessoas tão mal intencionadas o observador sem poder fazer nada, nada além de enxergar, desaprovar e lamentar. Eu, ela, ele, nós... nós lamentamos por ver que alguns são tão crueis sem motivos aparentes, tão frios com quem deveriam ser "quentes"
e que se dane o daqui pra frente... nós queremos é outono e primavera.

E no meio de tanta efusão, eu me encanto com a reclusão...
e também no meio dessa mesma efusão tem aqueles que são tão quietos e reservados, nem sabem que chamam a atenção, mas eu, nós, admiramos e nos interessamos pelo aparentemente, inóspito.

blá

Então eu pensei também, que a loucura está diretamente ligada com a sinceridade, com a ingenuidade. Louco pensar nisso, não é mesmo? - Eu não acho que seja.

E ela enxerga tudo com olhos bons, tão sincera ao dizer o que pensa, tão transparente... Ela não amedontra com as "caras" feias, ela até sorri para elas e é tão ingenua quando não percebe que as caras feias são feitas pra ela, destinadas a ela. De tão pura ela não vê o mal nisso, ela até acha graça, não liga pra reprovação e por vezes, se conclui que ela até é apegada a uma ilusão. Loucura, ingenuidade.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Ser cool está na moda.


Infelizmente as pessoas ainda fingem. Fingem que não se sentem sós, que não ligam,que não se importam.
É "cool" não ligar, é "cool" ter bom senso, auto-controle, humor negro.
Expressar sentimentos é coisa de gente boba, sentimentalóide, patética.
As pessoas machucam, e eu sinto muito por isso, mas vai ser sempre assim, e mesmo sabendo disso não vale a pena se afastar, abraçar ainda faz bem!
O problema é que não se tem tempo e preocupações demais.
Deixe de lado... Pelo menos por um momento. As pessoas sempre buscam respostas pras coisas, mas pelo caminho mais complexo.
Esquecem de olhar as coisas ínfimas, simples e que além de bonitas podem responder a várias perguntas. Não adianta se mascarar de preocupações e se esconder atrás de livros, em busca de respostas. Não adianta.
Pode parecer absurdo... Mas acredito que ler demais pode ser prejudicial. Pode-se passar a ver o mundo apenas pelos olhos de outros (filósofos, ou escritores, ou 'deus') e simplesmente se esquecer de ver o mundo por si mesmo, se esquece de descobrir.
Novos pontos de vista são importantes... Vamos parar de rever a mesma vista de um ponto.


"As respostas para as questões da 'vida' estarão dentro de você. Para isso você terá de 'olhar', 'ouvir' e 'confiar'. Não pergunte agora, você simplesmente saberá o que é isso."

Faz parte do meu show .


E você fica ai, atido nas pequenas coisas, nas grandes coisas, você quease não consegue perceber que tudo está acontecendo, que cada momento guarda uma surpresa, ainda que quase que imperceptivel... e você fala e cala também, sentada em um banco quaisquer, num lugar qualquer, você não pode fazer muita coisa, mas permanece com uma vontade intrínseca de fazer, de mudar de ir além, mas ao contrario disso, voc~e permanece ali sentada, com a vontade, mas sentada e inoperante. O que dizer para você? Levante, faça algo!
ou seria isso uma hipocrisia tão desmedida que nem cabe aqui, nessas linhas?
É tão fácil querer, mas fazer acontecer é por vezes tão difícil, neh? sim, eu sei que é.

E então eu permaneci ali sentada, querendo muito, agindo nada.
E o fazer acontecer? bom, ele ficou na mente, uma plena consciência de que eu poderia ter feito, mas não fiz.

Acho que você deveria parar de olhar, pensar, e até falar, expor idéias... deveria fazer acontecer, tudo isso e só isso. Fazer acontecer aquilo que acredita que deve explodir.

E nos dias que são de céu cinza eu fico sentada no mesmo lugar, quase sempre no mesmo banco, mas especialmente nesses dias, eu me levanto para ir até esse mesmo lugar e sentar nesse mesmo banco.

- Que há de errado com você?
- Comigo ? nada. Não há nada de errado.
- Então por que, por que isso de permanecer ai, de se mascarar quando os feriados chegam e você sai nas ruas, ou quando os fds chegam e você recebe visitas?
- Porque me sinto obrigada, por mim, só por isso, eu não sou explicita.
- E por que não se expõe um pouco, porque não se deixa simplesmente?
- Porque faz parte do meu show.

Uma criança que nasceu em 62, uma mulher que eu conheci em 43.

"O tempo pinga lento, dentro do meu talismã, nas estrelas de centauro, hoje é o ontem do amanhã.
No castelo dos destinos cruzados, o viajante que chegou pode ser você. Eu fiz de tudo que eu pude para te esquecer, a morte vive aqui do lado só que a gente não vê.
Uma pessoa que ficou perdida, uma pessoa que caiu do céu, uma pessoa que você já conhecia muito antes de nascer e que você perdeu..."

segunda-feira, 2 de março de 2009


Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade
está um pouco usado, meio calejado, muito machucado
e que teima em alimentar sonhos, e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente
que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado,
coração que acha que Tim Maia estava certo
quando escreveu... "não quero dinheiro,
eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece,
e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações
e emoções verdadeiras...

Clarice Lispector.

"...no fundo sempre sozinho, seguindo o meu caminho, ai de mim que sou assim..."

domingo, 1 de março de 2009

Cliché [2]


É tão difícil ver alguém que prezamos, num estado de tristeza tão grande. É tão ruim saber que você não pode fazer nada, quando o que você mais gostaria de fazer é poder tirar toda dor e todo sofrimento do outro. Mesmo que toda essa dor e esse sofrimento seja transferido para você. Você não se importa com isso, você só quer ver aquela pessoa bem. As vezes nada pode ajudar, só a pessoa a si mesmo, as suas decisões de se ajudar, de ficar bem, sim eu sei que é assim, sou a prova viva disso, embora não tenha decidido de fato me ajudar.
...

Se você ama e se você quer bem, não seja motivo de tristeza, não faça com que o outro chore. Causar, choro, magoa, chateação, prisão, cobranças... nada disso, faz parte do amor, seja ele qual for. Amor não aceita tudo, amor entra em concordancia, amor não é submisso, amor é parelalo, quem ama não precisa se renunciar, quem ama precisa respeitar e se felicitar com a felicidade do outro, mesmo que para ele felicidade seja um dia no mato e pra você um dia no shopping. Amor vai ao shopping e ao mato sem maiores reclamações, sem chatiações.
Amor é paciência e efusão, amor é diferença é igualdade, amor é ardido e suave, é risos e légrimas. Amor bomdade, é reciprocidade. Então se você ama você quer bem e se você quer bem você faz bem e não o mal.
E é como dizia um certo sábio... 'não é só porque a pessoa não demonstra da mesma forma que você, não ama da mesma forma que você, que ela não ama com tudo que pode, que consegue, que é capaz.'

Sinto tudo, nada sinto.


As vezes sinto como não tivesse o porque de estar aqui, de estar viva, e até sinto vontade de acabar com essa existencia paticamente inutil e inoperante. Sinto que não deveria estar por aqui, que não deveria agir da forma como ajo, que não deveria falar as coisas que digo, e que talvez essa não seja a minha vez, a minha época. Sinto como se tivesse sido enviada para essa dimensão unica e exclusivamente para observar e aprender com o que eu vejo. Sinto vontade de fugir, sinto vontade de voltar, voltar ao ventre de minha mãe, a bolsa de espermas do meu pai. Não sei mais as vezes a gente sente tanta coisa, as vezes sente nada. Sinto o pouco que conquistei escorrendo pelos meus dedos como aguá, e eu não consigo pegar de volta, não tenho nenhum recipiente com funto para qu eu possa colocar o que escorre por entre meus dedos. Sinto essa solidão invadindo minha mente, meu corpo, meu quarto, minha casa. Sinto a indiferença com tudo, com nada. E as vezes só as vezes, eu sinto vontade de estar aqui, uma espécie de auto punição, não querendo sair daqui não querendo se "libertar" nem tão pouco viver, porque existir é o que me foi concedido e eu tenho de estar nessas condições. Vezenquando eu quero fugir, outras mais eu quero morrer, e esporadicamente eu sinto uma vontade avassaladora de simplesmente.. viver. Eu explodo.
Sinto tudo, nada sinto.

Destinos.

Subiu aquelas escadas, e cada vez mais e mais escadas, ela não podia olhar pra baixo pois sentia vertingens, aqueles degraus que não lhe transmitiam nenhuma segurança. Chegando ao fim do trizégimo degrau ela se deu de frente com uma porta, uma pequenina porta de ferro, pintada de cinza claro, aquelas com alguns pinos de parafuso ao redor, como se fosse enfeites, adornos a posta simples, lisa e sem expressão. Abriu a porta, entrou... se deu conta de que estava em uma sala vazia, espera ai, nem tão vazia assim, nessa grande sala havia uma estante praticamente imperseptível e sem importância se não fosse pelo caderno, um pequeno caderno desses estilo escolar, com 96 folhas em branco e linhas azuis bem retinhas. Havia alí também, um lápis. Na hora ela pensou que deveria pegar aquele caderno e aquele lapis, pois assim ela poderia registrar tudo que veria dalí em diante. Logo viu uma abertura na parede, do tamanho de uma porta, só que sem a porta, passou por ela, descobriu mais escadas, desceu mais ou menos três degraus, quando se surpreendeu ao ver, ao se perceber dentro de uma gigantesca igraja, toda bem decorada, com santos e muitos santos, um altar bem aplumado, com toalha branca bordadas com fio dourado. Lá em cima do altar ela pode ver um padre, mas aquele padre não era comum, tinha uma cara intrigante, um ar de hipócrita, um olhar malicioso. Ou seria ela a de olhar maliciosa para enxergar isso no padre?
Logo mais abaixo do altar, umas muitas cadeira, uns poucos fiéis que nem perceberam a sua chegada. Ela subiu mais dois degraus, porque naquele lugar, parecido com uma sala escolar, mais sem crianças, com uma abertura enorme na parede que dava de fronte para o altar, ela avistou uma garotinha, uma garotinha que não havia percebido sua entrada, pois estava de cabeça baixa concentrada em seu caderno, escritos seus, talvez não fosse um caderno e sim uma bíblia, ela não conseguia destinguir daquela distância. Subiu os degraus e sentou-se na ultima carteira, perto da parede coberta de prateleiras bem torneadas assim como bem vazias, logo atrás da menina de cabelo escuro, pele branca, com uns 8 anos, era o que ela calculava ao ver a menina. Ela alí sentada sem saber muito o porque estava, só sabia que ao ver aquela grande igreja central se sentiu tão imensamente atraída por ela, que não pode se conter e não ir até lá. Não ouvia o que o padre dizia, o seu sermão tão pouco. Só conseguia prestar atenção em toda aquela imensidão, quase vazia, com aquelas poucas pessoas congeladas, inertes, pareciam não pensar, não sentir, não enxergar... ela acreditava e se perguntava ao mesmo tempo. Onde estão os sentidos dessas pessoas, por que elas estão aqui? De repente, ela reparou que a menina de cabelos escuro e estatura pequena, estava virada para trás olhando para sua face intrigada, intrigante.
- O que você faz aqui? perguntou a garotinha, que agora depois de soltar cinco palavras parecia tão mais real e meiga.
- bom, eu não sei o que faço, eu só estou. Não deveria?
- Não é lugar para adultos. Eu percebi que você nunca entrára num lugar como este. Seus olhos mostram.
- realmente, meus olhos me condenam.
- Acho que você deveria escrever tudo o que ve e pensa, nessas linhas ai. (disse a menina olhando fixamente para o caderno em cima da mesinha)
- é, eu tambpém acho.
- Foi pra isso que eu o deixei naquela estante, para que pegasse e fizesse uso, sei que você fará um bom trabalho.
- como sabia que eu estaria aqui, que encontraria o caderno e entraria até aqui?
- Eu não sabia.
A garotinha se virou para frente e imediatamente ela(a mulher do caderno começou a escrever, a pensar no que escrever) havia terminado a missa e ela saiu do grande salão sozinha, não enxergava mais ninguém. - Pra onde foi todo mundo? ela se perguntava.
desceu os degraus, ao passar pela porta que dava para dentro do templo, do grande salão, ela deu de cara com o padre que estava com uma sacola branca na mão direita. Ele a olhou fixamente, ela sentiu seus ossos doerem, um vento frio tomou conta deseu corpo ao ponto de faze-la se arrepiar por inteiro.
- Parecia perdida durante o sermão, filha. (disse o padre)
- Talvez estivesse um pouco. Não sei bem porque fui parar lá.
- Em tudo há um propósito.
Ela ficou quieta, enquento ele soutava as ultimas palavras e colocava a sacola num canto, ela pensava consigo mesma, com um medo aparente de que ele pudesse estar escutando. Será que esse homem é ex presidiário, um fugitivo se escondendo? Bobeira dela, ela estava surpreendida consigo mesma, com sua capacidade de perguntas tolas e sem sentido algum.
Saiu dali e antes que pudesse atravessar de vez a sala ela avistou no meio dela uma criança sentada, um menino loiro, mais precisamente, por volta de seus 9 anos, escrevendo em um caderno e ele disse olhando pra ela de baixo para cima.
- Você tem medo de descer a escadaria?
- Sim, eu tenho medo.
- Eu vou contigo para que não se sinta assustada.
- Você faria isso mesmo?
- Sim. E você deveria escrever nesse caderno aí, folhas em branco existem para serem preenchidas.
- Então vamos. (disse ela interrompendo um breve sorriso)
Ao chegar no fim daqueles muitos degraus, ela percebera que não havia menino algum, que estava só. Então ela saiu andando reparando ao seu redor. Um garoto negro e magricela, também de estatura pequena, olhos grandes e mal trapilho, se aproximou dela e disse: - Você tem que me ajudar, eu preciso que pegue o meu irmão, meu pai está levando ele de mim e eu não posso deixar. (apontando para um homem alto, que levava um bebê pelas mãos, como uma sacola, como aquele padre segurara aquela sacola.) Ela num impeto, sem pensar uma ou duas vezes, saiu correndo, e puxou o bebê das mãos daquele senhor. Viu sangue escorrer enquanto segurava o recem nascido em suas mãos. O bebê estava sangrando, havia um corte em sua testa. O senhor alto, logo se virou para trás e indagou o que estava acontecendo. Ele era feio, barbudo e também mal vestido. Ela disse que o bebê era dela, que a mãe o havia dado para ela, assim como o garotinho menor que ele, o pai estava deixando para trás. O homem riu de maneira assustadora, e disse que ela poderia ficar com as crianças. Bastou um piscar de olhos dela e o homem havia desaparecido. Voltou até onde estava o menino magriça, e perguntou se ele não tinha mãe, onde estava a mãe dele.
- Não sei onde está minha mãe, e eu devo cuidar do meu irmão.
Então ela pegou o garoto negro pela mão e disse para si mesma que a partir dalí, ela seria a mãe dos garotos. Abaixou-se e disse:
- Vocês vão para casa comigo, e eu serei a mãe de vocês.
o menino a olhava com aqueles olhos enormes, brilhantes e alegres.
O menino a abraçou e então eles caminharam em direção a roda gigante, onde estava a porta de saída daquele lugar.
E ela pensou, se eu não sabia o que vim fazer aqui, agora eu ja sei, e é sobre isso que eu vou escrever, é o presente, o novo presente dessas crianças que eu irei escrever, para que elas tenham um futuro.

(não sei se continua...)

I'm feeling rough I'm feeling raw I'm in the prime of my life


Então você para e respira fundo, com os olhos fechados, aquela trilha sonora que te faz ir além. É quando pensa em tudo, e ao mesmo tempo tenta simplesmente não pensar em nada. Os sentimentos de vazio e solidão tomam conta de todo o seu ser, você percebe que leva a vida, disfarça e até sorri. Mas quando para pra pensar, quando se pega sozinho dentro de um comodo qualquer, percebe que é vazio, que é só, e mesmo tendo muitos ao redor, você se sente tão nada, oco. Tem a comprovação empírica de que nada nem ninguém o preenche. Então você desliga o som, respira fundo novamente, recolhe os cacos espalhados pelo chão, coloca a máscara sorridente e vai ter com outros.