quarta-feira, 25 de março de 2009

Sim (F)


Começar. Difícil, não é? Mas quando penso em você, nem parece tanto assim. Daí, minha mente enche-se de coisas, e fico imaginando as diversas maneiras de dizer, de mostrar, de contar, mas todas me parecem tão pequenas. Pequenas, porque não sei qual seria sua maneira preferida. Como você quer? Pichado no muro, escrito em papel de pão, rabiscado numa folha de caderno, desenhado no ar? Ou você prefere falado baixinho no ouvido? Esse eu já pensei, mas a coragem não deixou. Ou melhor, a falta dela. Porque quando queremos dizer algo e não sabemos o outro lado, as cinco mil novecentas e sete possibilidades de dizer nos impedem de qualquer atitude possível. Dessas cinco mil e pouco, qual será a sua? Eu não sei. Nem imagino. Mas sei qual eu quero que seja. Será essa? A número dois. Conhece? É aquela que diz: eu também. Tantas pessoas dizem todos os dias e isso me enche de esperanças. Sabe o que é esperança? Está lado a lado com o esperar. Sabe o que é esperar? É o que faço todos os dias. Sim, eu espero. A Clarice Lispector falou sobre “o medo alegre de te esperar”. Eu sinto isso sempre. Senti hoje também. Você já percebeu, não percebeu? Não precisa ficar na dúvida. O medo alegre eu sinto em esperar por você.

"Estou indo te encontrar
Te dizer que eu sinto muito
Você não sabe quão adorável você é
Eu tive que encontrar você
Te dizer que eu preciso de você..."

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