quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

é um querer não fazendo questão, quiçá.

Não saber o que fazer me dói um pouco todos os dias. Ou melhor, saber o que fazer, mas, não ter ânimo, forças, vontade, querer para fazer, concretizar, seguir em frente, tornar concreto, real. Gostaria de saber o porque dessa minha dificuldade tão visível de não conseguir seguir um objetivo, ter e cumprir uma meta. Não, a quatão não é que eu não faça por preguiça ou falta de sabedoria, é algo mais profundo, mais lá dentro, no fundo-do-fundo-de-algo-que-possuo-aqui-dentro. Um querer não querer querendo, não fazendo questão. E isso se da desde os meus tempos de pré-escola. Uma ausência de cor, de sabor. Judô, gaita, diversos tipos de dança, desenho. Nada, em nada eu fui até o fim, parece que algo vem e tira de mim a vontade o prazer, o querer seguir. Até que me vejo inoperante, entregue ao 'não-concluido', mais uma e outra e outra vez. Um gosto de derrota, fracasso. Não sei bem como definir, é como se me fosse roubada a vontade a capacidade de seguir, é isso. Não sinto mais que posso ou devo continuar. Paro. Sento e observo. O tempo vai correndo, os dias voando e meses chegam numa velocidade récorde, transbordam anos e eu alí, sentada, inerte. Tudo vai passando e eu ficando, observando, remoendo o que deveria ser e não foi.
Levanto. Decido seguir, mais, logo alí na frente sinto que devo sentar novamente. E quem foi que disse que eu não gostaria de não sentar?
Não, meu bem, não é comodismo ou falta de vergonha na cara. Simplesmente, de uma hora para outra, de um jeito ou de outro, tudo perde o sentido, o viço, nada mais me interessa.
Ou não.
Não sei, não sei, tudo me parece tão confuso agora, minha mente não quer alinhar-se.

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