domingo, 3 de janeiro de 2010

Ta frio nessa manhã de domingo.

Todos os dias os mesmos olhares de reprovação quando encontram a minha face, as mesmas palavras, ditas repetidamente sobre o meu comportamento, sobre minha falta disso e daquilo, sobre meu cabelo curto, minhas roupas grandes, meu aparente desanimo. Nesse verão massante e desgostoso, me olha com olhos vermelhos, me golpeia com a faca afiada do seu despreso, me alimenta pouco com a atenção que um dia eu fiz questão. Me olha de fronte, não encara meus olhos, me golpeia por trás, na forma mais covarde, mais indigna e suja. Toda essa dor que me paraliza, esse medo que me impede, esse silenciar que me enlouquece. Choro por dentro, ao ver a soberba e tirania dentro dos cômodos dividos, da casa deles. Neusea, asco, meu estomago se revira numa revolta louca, ao perceber tudo que está aqui e além. Respiro fundo, fecho os olhos, entro para o cômodo que tomei para mim, me deito. Não seguro, vomito ao lado toda a dor, os silêncios, as palavras, os olhares de cima abaixo. Merda! Saio em busca de um pano. Aquele cheiro toma conta, o ambiente parece mais vivo, agora ele cheira a algo, a desgosto, a dor a estomago revirado, revoltado, numa quase-obrigação de expor algo, já que o resto do meu ser se cala.

Que seja, se me reduzir a estomago revoltado e me ver sangrar como um porco ao levar o primeiro golpe na jogular, te faz feliz, então me jogue no seu matadolro e faça de mim a sua legria, o seu gozo..

Um comentário:

Joyce Conde disse...

me identifiquei demais com o inicio do texto !