segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sei que não da para mudar o começo, mas vai dar para mudar o final...


Por vezes tudo que precisamos é de uma palavra, um ombro, aquele em que podemos confiar, conversar... de um ouvido. Não sei o que é pior, ter e não querer oferecer, por puro egoismo e orgulho ou ter e não saber oferecer, pra quem e quando. Ultimamente a confusão que paira sobre minha cabeça começa a se desfazer, se dissipa com o passar dos dias, conforme eu vou enxergando que não é bem assim, que pode ser de outro jeito, que eu... eu posso ser de outro jeito. Me pergunto como pude ser tão imensamente egoísta e despercebida com tantas pessoas, circunstancias. É lastimável ver o quão pobre e miserável podemos ser quando com nossas cabeças tomadas por confusões e lamentos estamos. Hoje percebo o mal que fiz e ainda faço a quem eu amo, prezo, isso é tão desolador, doloroso. Somos mutáveis e por isso eu me vejo com uma ponta de esperança (aquela que nos faz acreditar que podemos ser algo melhor, fazer melhor, viver melhor) que eu também sou capaz. Descobri que de tantos sentimentos que carregava aqui muitos deles eram engano, engano e engano. Percebi que meus sentimentos não são desesperados e conturbados, aqueles que são verdadeiros e imateriais são também de uma leveza tão surpreendente, de uma clareza tão ofuscante. Percebi que o meu amor por você é urgente e ao mesmo tempo paciente, controlado e um tanto maluco, apetitoso quiçá, poetico. Descobri amizade aonde não achei que fosse encontrar, carinho e afeto aonde nunca pensei buscar, e aqui estou eu, descobrindo cada vez mais, me certificando cada vez mais de que eu tenho muito pra aprender, a desvendar a doar e a receber.
E que se dane a porcaria da moral e dos bons costumes, eu quero mesmo é...

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