sábado, 13 de agosto de 2011

"guardava dentro de si um pensamento intenso..."

Penso que durante o caminhar nessa estrada longa e cheia de curvas perigosas nós fomos nos perdendo.
Meus olhos não querem fechar, mas a cabeça dói pedindo descanso. Todos os dias que vomito na privada uma podridão que não consigo deixar permanecer, sinto um alívio porque é alí que deixo também todas essas coisas pueris, essa banalidade tola, esse amargo, ácido, quente e fétido das palavras que farfalham nos meus tímpanos, aquelas que você emite tentando me convencer com mentiras crédulas. Enquanto minha mente está cheia e contaminada, sinto meu estômago esvaziando o que não posso fazer parar.
É tétrico ver o quão escravo de mim consigo ser, enquanto o outro está lá fora gozando de liberdade e sorrindo.

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