domingo, 19 de julho de 2015
São vinte três horas e cinqüenta e cinco minutos. Me ocorre e corre por mim a falta que a morte traz em vida, a dor que vem nos momentos mais inoportunos como se não tivesse respeito, sei lá quem, pelo nosso momento atual, sem perceber que tudo pode piorar dentro e fora. É quase meia noite e nesse momento morre a vida de alguns e renasce n'outros a dor da saudade que não vai cessar. Agora na chegada de outro dia ainda na escuridão me ocorre também a dor dela. Encontram-se quem sabe os três em algum canto da morte Sentados conversando no refrigério de suas almas enquanto nós aqui lamentamos sentadas no amargor salgado da nossa tristeza.
Eu não sei como demonstrar empatia. É um dos males da humanidade, Mas eu sei da dor que dói em você. Eu sei do amargo na sua alma. Do cheiro doloroso que exala dos seus poros. Eu sei da ferida visível no invisível do seu ser que não cura com merthiolate. Deixamos ir fragmentos de nossas almas, mas resta em você todas aquelas outras coisas que te fazem alguém grande e forte. Alguém que eu e eles amamos.
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